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PP, UNIÃO, PSC, NOVO surpreendem e com 29 candidatos PL mostra força com candidatos transgêneros
A inclusão de candidatos trans no PL destaca uma mudança significativa, a inclusão é notável não apenas pelo contraste com a postura conservadora do partido

Bandeira trans simbolizando a histórica inclusão de candidatos trans no Partido Liberal/Foto: Reprodução
Nas eleições municipais de 2024, o Partido Liberal (PL), associado à direita Brasileira e conhecido por suas posições rígidas em questões sociais, surpreendeu ao registrar 29 candidatos transgêneros. Esse número representa uma significativa quebra de expectativa, dada a reputação do PL como um partido com um perfil conservador em relação à diversidade de gênero.
A inclusão de candidatos trans no PL é notável não apenas pelo contraste com a postura conservadora do partido, mas também pela sua relevância dentro do contexto mais amplo das eleições deste ano.
O PT, por exemplo, lidera com 121 candidatos transgêneros, refletindo sua postura e ideologias. Em comparação, o PL demonstra uma abordagem mais equilibrada, sendo direita é uma palavra usada para representar um posicionamento político, partidário e ideológico, conforme conceito das Ciências Políticas, o posicionamento político de direita é marcado por características conservadoras em relação aos aspectos sociais e liberais na economia.
Isso que dizer, que esse espectro político apoia preceitos ligados a família tradicional e as igrejas cristãs, que consideram fundamentais para a sociedade, prezam pelo estado mínimo, sendo a economia livre e regulada pelo próprio mercado, sem qualquer intervenção estatal.
Outra característica importante direitista é a priorização dos direitos individuais sobre os direitos coletivos. Valorizando a propriedade privada e a meritocracia, os partidos políticos de direita mais conhecidos no Brasil são o Partido Progressistas (PP), União Brasil (UNIÃO), Partido Liberal (PL), Partido Social Cristão (PSC) e o Partido Novo (NOVO).
O que defende a direita
A ideologia política de direita entende que a sociedade será melhor organizada se os direitos individuais tiverem prioridade sobre os direitos de todos, ou seja, da coletividade. É um posicionamento considerado conservador. A direita também defende que o poder do Estado seja limitado, que os governos não tenham tanto poder sobre o funcionamento e a regulamentação dos setores da sociedade e das empresas.
Isso significa que algumas esferas, como educação e saúde, por exemplo, passariam a ser da responsabilidade dos cidadãos individualmente e não do Estado.
A direita também acredita no conceito de livre mercado, em que as empresas tenham liberdade para agir e se regulamentar por conta própria, sem sofrer intervenção estatal. Pode-se dizer que os principais valores direitistas são: sobreposição dos direitos individuais aos coletivos, defesa dos valores tradicionais e religiosos, liberdade econômica e a propriedade privada.
O que é ser de direita
Para que alguém seja de direita basta se identificar com os valores desse espectro político. Geralmente, pessoas de direita votam em candidatos direitistas durante as eleições.
Pessoas que integram a direita prezam pela individualidade. Para elas, suas ações e interesses privados devem estar acima dos interesses coletivos.
Números
A Justiça Eleitoral tornou obrigatória a inclusão de informações sobre identidade de gênero no registro de candidatos nesta eleição 2024, o que trouxe à tona a diversidade dos candidatos em vários partidos.
Além do PL, outros partidos também apresentaram números significativos de candidatos transgêneros. O PSD, com 97 candidatos, e o PSol, com 63, seguem na dianteira, refletindo o crescente reconhecimento e inclusão de diversas identidades de gênero na política.
O número total de candidatos transgêneros para as eleições municipais deste ano, segundo informações obtidas no Metrópoles, é de 963, representando 0,21% do total de 455.752 candidatos para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador.
Este dado sublinha a crescente visibilidade e representação política de pessoas trans, que foram historicamente sub-representadas.

O Programa Voto Com Orgulho e outras iniciativas de mapeamento têm documentado e celebrado o aumento das candidaturas LGBTQIA+ Foto: internet
Mudanças
Além de representar uma mudança na composição política do PL, a inclusão de candidatos trans também pode sinalizar um movimento mais amplo dentro da política brasileira. A presença de candidatos trans em um partido com uma base conservadora indica uma diversificação que pode refletir esforços para engajar um eleitorado mais amplo e diversificado.
A participação crescente de pessoas trans nas eleições municipais de 2024 é uma vitória significativa para a comunidade LGBTQIA+ e um passo importante em direção a uma maior representação e inclusão política.
Embora a motivação para essa inclusão possa variar, o impacto positivo é inegável, promovendo uma maior diversidade de vozes e perspectivas na política nacional.
O Programa Voto Com Orgulho e outras iniciativas de mapeamento têm documentado e celebrado o aumento das candidaturas LGBTQIA+, com destaque para o papel crescente das pessoas trans na política.
A inclusão de candidatos trans no PL, portanto, não é apenas uma questão de estratégia partidária, mas um reflexo de uma sociedade em transformação que está cada vez mais reconhecendo e valorizando a diversidade.
Este fenômeno sugere uma dinâmica política em evolução no Brasil, onde a diversidade é gradualmente sendo integrada nas esferas de poder, desafiando as expectativas e promovendo uma maior representação de todas as identidades na arena política.
Embora a inclusão de candidatos trans possa ser uma vitória para a comunidade trans, também levanta questões sobre a sinceridade do compromisso do PL com a inclusão.
A divergência entre a inclusão de candidatos trans e o histórico de posturas conservadoras do partido pode levar a debates sobre a verdadeira motivação por trás dessa decisão e como esses candidatos serão apoiados e representados dentro do partido.
Em resumo, a surpresa com a inclusão de candidatos transgêneros pelo PL é alimentada pela discrepância entre a identidade histórica do partido e a nova abordagem representada por esses candidatos.
Essa mudança pode refletir uma tentativa de o partido se adaptar às novas demandas políticas e sociais, mesmo que isso desafie suas tradições e posturas anteriores.
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Com CPI do INSS, oposição mantém pressão contra governo Lula mesmo sem Lupi

Edfício sede do INSS, em Brasília • Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O escândalo das fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) derrubou o ministro da Previdência, Carlos Lupi, na sexta-feira (2). Mesmo assim, a oposição mantém a pressão contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao seguir com o plano de implementar uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para apurar os descontos indevidos de aposentadorias.
A saída de Carlos Lupi marca a 11ª mudança ministerial no terceiro mandato de Lula. O pedetista deixou o cargo após investigações da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) apontarem fraudes de R$ 6,3 bilhões no INSS — autarquia vinculada à pasta da Previdência.
Apesar da troca no comando do ministério, a oposição não recua. Parlamentares afirmam já ter coletado assinaturas suficientes para criar a CPI mista, que conta com representantes da Câmara e do Senado. A comissão é vista como uma alternativa para “furar a fila” de CPIs na Câmara, dependendo apenas da leitura do requerimento de instalação por parte do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em sessão conjunta do Congresso.
“Nós vamos trabalhar para só haver sessão congressual se for instalada a CPMI”, afirmou o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), um dos articuladores da iniciativa, ao WW na quinta-feira (1º).
Governo age e aposta em novo ministro
Pouco depois demissão de Lupi, o presidente Lula oficializou o convite para que Wolney Queiroz, secretário-executivo da Previdência e número 2 de Lupi, assumisse o ministério. Horas depois, o próprio Wolney postou uma foto ao lado de Lula sendo empossado no gabinete presidencial.
A escolha de Wolney, ex-deputado federal por Pernambuco e filiado ao PDT, busca manter o apoio do partido ao governo e, ao mesmo tempo, dar uma resposta política à crise. O Planalto aposta na capacidade de articulação de Wolney no Congresso para tentar barrar o avanço da CPMI e conter o desgaste da imagem do presidente.
Pesquisa recente da AtlasIntel revela a dimensão do problema: 85% dos entrevistados disseram apoiar a saída de Lupi. A pesquisa foi a campo antes da demissão do ministro. A percepção popular e o potencial eleitoral do caso colocaram o governo em alerta, fazendo com que o Palácio do Planalto agisse rapidamente para substituir o ministro.
Além de lidar com a articulação política, caberá a Wolney trabalhar em conjunto com o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Jr., e com a Advocacia-Geral da União (AGU) para acelerar o ressarcimento das vítimas das fraudes — o que Lula considera essencial para conter a crise.
Wolney estava na reunião do Conselho Nacional do INSS em que a conselheira Tonia Galleti alertou sobre os descontos indevidos em mensalidades de aposentados e pensionistas, em 12 de junho de 2023, segundo ata do encontro.
O documento registra que, na ocasião, Wolney sugeriu acionar o “responsável pela certificação” dos bancos de dados do INSS, no Dataprev.
Reação no PDT e efeito Ciro Gomes
Nos bastidores, a escolha de Wolney serviu também para aplacar tensões dentro do PDT. A saída de Lupi levantou especulações sobre um possível afastamento do partido do governo, impulsionado pela ala mais próxima do ex-ministro Ciro Gomes, rompido com Lula.
O acordo para que o próprio Lupi pedisse demissão — em vez de ser exonerado por Lula — ajudou a preservar a aliança.
Aliados de Ciro viam a crise como uma oportunidade para reposicionar o pedetista como alternativa presidencial em 2026. A permanência do PDT no governo, com um nome de confiança no comando da Previdência, foi vista como uma estratégia para conter esse movimento.
Histórico de denúncias
Essa não é a primeira vez que Carlos Lupi deixa um ministério em meio a suspeitas. Em 2011, no governo Dilma Rousseff, ele pediu demissão do Ministério do Trabalho após denúncias de corrupção, como cobrança de propina por parte de assessores e uso irregular de aeronaves. Na época, chegou a dizer: “Duvido que a Dilma me tire. Para me tirar, só abatido à bala.” Dias depois, se desculpou publicamente e pediu demissão.
Agora, em nova crise, Lupi tentou se afastar das acusações. Em nota nas redes sociais, agradeceu ao presidente Lula e ressaltou que seu nome não foi citado nas investigações. “Espero que as investigações sigam seu curso natural, identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”, escreveu.
Lula sob pressão
Para o governo, a permanência de Lupi enfraquecia o discurso de rigor contra fraudes e prejudicava a imagem de Lula em meio à crise. A substituição é uma tentativa de virar a página, mas a oposição promete manter a ofensiva com a CPMI.
Diante do desgaste político e da repercussão negativa das fraudes — que atingiram milhões de aposentados e pensionistas com descontos indevidos —, o Planalto agora tenta reagir com agilidade administrativa e articulação no Congresso. Mas, com a CPMI prestes a sair do papel, a pressão contra o governo Lula tende a continuar nos próximos meses.
Fonte: CNN
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Sargento da PM é preso em Manaus com duas metralhadoras de uso restrito

Foto: Reprodução
Douglas Napoleão Campos, de 45 anos, 3º sargento da Polícia Militar do Amazonas, foi preso em flagrante na noite de quinta-feira (1º) por porte ilegal de armas. Ele foi encontrado com duas metralhadoras Browning 1919, armamento de uso restrito das Forças Armadas.
A prisão ocorreu no bairro São José, zona leste de Manaus, durante uma abordagem da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), após denúncia anônima de que um veículo Gol, de cor preta, estaria circulando armado pela região. O sargento estava ao volante do carro e as armas foram encontradas durante a revista no interior do automóvel.
Douglas está lotado na Companhia de Guarda da PM e foi encaminhado ao 14º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde a ocorrência foi registrada.
Em nota, a Polícia Militar do Amazonas afirmou que não compactua com condutas ilegais praticadas por seus agentes e garantiu que o caso será apurado tanto pela polícia judiciária quanto por meio de procedimento administrativo na Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD) da corporação.
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Filho de ex-prefeito do TO é procurado por agredir e perseguir ex-namorada no Pará
Ruhan Teixeira de Oliveira, de 32 anos, é alvo de mandado de prisão preventiva por violência física e psicológica, stalking, e divulgação de conteúdo íntimo; Polícia Civil divulgou cartaz de procurado.

Montagem: AF Notícias
O cirurgião-dentista Ruhan Teixeira de Oliveira, de 32 anos, filho do ex-prefeito de Carmolândia (TO), Antônio Teixeira Neto, está foragido após ter a prisão preventiva decretada no Pará. Ele é investigado por uma série de crimes contra a ex-namorada, uma jovem de 24 anos, incluindo agressão física e psicológica, perseguição, injúria e divulgação de imagens íntimas.
De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito utilizava transferências bancárias via PIX para continuar as ofensas mesmo após o término do relacionamento, enviando pequenos valores com mensagens ofensivas, como “vagabunda”, “carniça” e “acompanhante de luxo”. Tais atitudes são enquadradas como injúria e stalking (perseguição).
Em depoimento, a vítima relatou ter sofrido agressões físicas durante uma viagem em 2024, quando foi enforcada, teve os cabelos puxados e o rosto pressionado contra o freio de mão do carro. Após o episódio, ela terminou o relacionamento e se mudou para São Félix do Xingu (PA), mas continuou sendo alvo de ameaças, perseguições e de suposta divulgação de conteúdo íntimo. Com os perfis nas redes sociais bloqueados, o acusado teria intensificado o uso de transferências bancárias como forma de manter os ataques.
O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) do Pará, que apura os crimes de lesão corporal, injúria, difamação, stalking, divulgação de imagens íntimas e descumprimento de medida protetiva.
A Polícia Civil do Pará divulgou um cartaz com a foto de Ruhan e solicita que informações sobre seu paradeiro sejam repassadas de forma anônima às autoridades.
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