Mesmo sem bloqueio nas estradas do Acre, muitos moradores correram para os postos de combustíveis para abastecer os veículos por medo de desabastecimento. Na manhã desta quinta-feira (9), muitas pessoas formaram filas em alguns postos de Rio Branco.
A preocupação é devido a BR-364 estar bloqueada por manifestantes que interromperam o tráfego de veículos de carga em oito pontos da rodovia e na Estrada do Belmont, em Porto Velho (RO).
Os protestos de caminhoneiros são a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro e contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os atos acontecem em Porto Velho, Cacoal, Ji-Paraná, Ouro Preto, Candeias, Jaru, Cujubim e Presidente Médici.
A PRF informou, na manhã desta quinta, que não há nenhum bloqueio no Acre. A assessoria de comunicação do Sindicato dos Postos de Combustíveis do estado (Sindepac) informou que não é descartada a possibilidade de faltar combustível no estado, caso a paralisação se estenda por 72 horas, porque os estoques não têm essa durabilidade, e ainda lida com o aumento da demanda devido o medo dos consumidores.
O sindicato disse ainda que muitos motoristas de postos do Acre estão retidos na paralisação e não conseguem passar com a carga.
Na maioria dos locais, apenas carros pequenos, veículos de emergência e cargas de alimentos perecíveis estão tendo o trânsito liberado pelos manifestantes.
As interdições continuam mesmo após o presidente Jair Bolsonaro gravar um áudio pedindo aos caminhoneiros que liberem as estradas do país. Na gravação, Bolsonaro diz que a ação “atrapalha a economia” e “prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres”.