População de Brasiléia quer solução para imigrantes na fronteira

Deputados e vereadores do Alto Acre defendem uma audiência pública para breve

Presença de imigrantes já não é mais vista com bons olhos da população que pedem soluções – Foto: Alexandre Lima

Alexandre Lima

O acréscimo de imigrantes na cidade de Brasiléia e Epitaciolândia nos últimos dias, vem demonstrando que pouco está sendo feito para manter os mais de 2000 que estão se amontoando pelo abrigo improvisado e outros locais na fronteira.

O debate feito pelo deputado Walter Prado na Assembleia nesta terça-feira, dia 18, onde quer saber da população se querem a manutenção dos imigrantes na fronteira, demonstrou que os munícipes já não estão tão solidários com a situação.

Opinião pela rede demonstra insatisfação de moradores na fronteira – Foto: Captura

Brasiléia vem acolhendo os imigrantes desde 2010, onde já passaram por um velho hotel, ginásio, casa e agora, um velho clube que estava desativado. Mais de 15 mil já foram ‘hospedados’ pela fronteira do Acre e maioria saíram com carteira de trabalho assinada, salário em de média de R$ 1.300 reais, além de transporte, alimentação e moradia.

O Governo do Acre, através do Governo Federal, vem mantendo os imigrantes com refeições diárias, atendimento médico, odontológico e liberação de documentos. Dessa forma, milhões estão sendo investidos dos cofres públicos e a população brasileira já passa a ver com outros olhos.

Situações de comportamentos antissociais gerados entre imigrantes de países do Haiti e Senegal, vem se tornando uma constante em vários lugares, como fila de bancos e outros locais públicos, ameaças, brigas, furtos, além de ocupações de espaços públicos onde utilizam para dormir e estender roupas lavadas.

Casos de mulheres e jovens serem hostilizadas por gestos obscenos nas ruas estão preocupando pais e maridos. Recentemente, um imigrante foi espancado dentro do abrigo e teve que ser atendido no hospital de Brasiléia cheio de hematomas e o caso está sendo investigado.

A posição do deputado Walter Prado, foi questionada pelo secretário Interino de Justiça e Direitos Humanos, Rucelino Araújo Barbosa, onde negou na manhã de hoje (19), a existência de conflitos na fronteira. Talvez o defensor devesse andar mais pela fronteira e ver ‘in-loco’, a real situação.

Na última visita dos deputados na fronteira, a grande maioria juntamente com vereadores de Brasiléia, Epitaciolândia, Assis Brasil e Xapuri, defenderam uma audiência pública para debater o assunto com máxima seriedade e buscar soluções imediatas.

Para complicar ainda mais, a cheia do rio Madeira em Rondônia está impedindo os que já estão com os documentos em mãos de seguir viajem, causando um inchaço no abrigo e transtornos na única agencia bancária de Epitaciolândia, que já foi palco de duas brigas dentro do estabelecimento.

O abrigo tem capacidade para 400 imigrantes, está com mais de 2000 – Foto: Alexandre Lima

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