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Policiais do Acre são investigados por participar de conflitos agrários em fazenda de pecuarista

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A denúncia foi feita por moradores do assentamento que fica em parte da fazenda chamada Palotina

A Corregedoria do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decidiu investigar policiais do Acre que estariam atuando em conflitos agrários na área de uma fazenda no município de Lábrea, no interior do estado vizinho.

A informação foi revelada pelo site g1. De acordo com a matéria, a denúncia foi feita por moradores do assentamento que fica em parte da fazenda chamada Palotina. Cerca de 200 famílias ocupam a propriedade, localizada próxima à divisa do estado do Acre.

Fazenda fica no município de Lábrea/Foto: Reprodução

O pecuarista Sidney Zamora, do Acre, é o proprietário da fazenda. Um morador do assentamento, que preferiu não se identificar, afirmou ter sido torturado por seguranças da fazenda em março. Segundo esse morador, os seguranças se identificaram como policiais militares do Acre e teriam sido contratados pelo pecuarista.

“No trajeto que a gente estava indo passar madeira, a gente se deparou com o segurança da fazenda, que eles falam que são da polícia, do Bope, do Acre. Mandaram a gente ajoelhar, não olhar para o rosto deles”, contou o morador.

O homem foi ferido com um golpe de facão e teve que receber ajuda de outros moradores do assentamento. O socorro ao morador foi registrado em vídeo.

Ainda segundo o morador, dois dias após a agressão, esses policiais teriam ido a casa dele e o agredido. O tio e um amigo desse morador também sofreram agressões.

“Perguntavam do meu pai e as outras pessoas que estavam no ocorrido passado, queriam saber delas”, lembrou.

O que diz a defesa do pecuarista

Em dezembro do ano passado, após um vídeo divulgado em que mostrava os conflitos agrários na área, a defesa de Zamora se posicionou em nota enviada ao site ContilNet.

VEJA MAIS: Advogado de Zamora diz que grupo que invadiu terras para cometer crimes já foi indiciado pela PF

Os fazendeiros Sidney Sanches Zamora e Sidney Sanches Zamora Filho/Foto: Reprodução/Redes Sociais

“O Sr. Sidnei S. Zamora, proprietário da Fazenda Palotina, adquiriu o imóvel em 1985, mediante análise da documentação e por escritura pública, pagando ao antigo proprietário o valor integralmente. Desde 1985, o proprietário exerce a posse mansa, pacífica e legítima do imóvel, exercendo atividade pecuária”, destaca.

Contrariando as alegações feitas pelos ocupantes de que os fazendeiros seriam responsáveis por crimes ambientais no local, a defesa disse que tais práticas são comuns entre o grupo e que a “invasão é objeto de ação de reintegração de posse na Vara de Lábrea-AM” – o que tornaria incontestável a posse de Sidnei Zamora sobre as terras.

“Infelizmente, desde 2016, um grupo invadiu a propriedade e promove o desmate ilegal, venda de madeira e esbulho possessório, comercializando ilegalmente a posse esbulhada. Em razão disso, informamos à população em geral que a referida invasão é objeto de ação de reintegração de posse na Vara de Lábrea-AM, de número 0000264-82.2016.8.04.3101, que tem o Sr. Paulo Sérgio como Réu, pela qual já houve quatro decisões com ordens de reintegração, realizadas por quatro Magistrados diferentes, reconhecendo-se a posse legítima do proprietário da Fazenda Palotina, inclusive pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (processo nº 4006096-14.2019.8.04.0000 e 4012545-46.2023.8.04.0000). Portanto, a posse do Sr. Sidney Zamora é incontestável”, continua.

O advogado que entrou em contato com a reportagem do ContilNet para dar a versão dos fazendeiros informou que o grupo já foi retirado do local por duas vezes, por determinação da justiça, e até foram indiciados pela Polícia Federal.

“Lamentavelmente, em total desafio à Justiça, o grupo invasor retornou à área, uma vez que já retirados pela Justiça duas vezes, razão pela qual a Magistrada do processo em referência alertou aos invasores, entre eles o Sr. Paulo Sérgio, que responderão por possível crime de desobediência e pagarão multa no caso de retornar à área. Inclusive, os líderes da invasão, Paulo Sérgio e Haroldo, foram indiciados pela Polícia Federal por desmatamento ilegal e crime de grilagem de terra”, acrescentou.

A defesa explicou como se deu o ocorrido que foi registrado por vídeos e afirmou que um disparo de arma de fogo foi dado “com a finalidade de alertar os invasores a se retirarem”:

“No dia 06/12/2023, por volta de 10:00, dentro da Fazenda Palotina, em um ramal que liga uma pastagem ao retiro, o Sr. Sidnei se deparou com um grupo de aproximadamente 20 homens, todos armados com facões, foices e espingardas. Imediatamente, pediu para que se retirassem de dentro de sua propriedade, que detém a posse legítima reconhecida pela Justiça. Em resposta, o grupo realizou ameaças e intimidação, afirmando que o Sr. Sidnei não é proprietário do imóvel. Com a idade de 73 anos, o Sr. Sidnei começou a passar mal no momento, sobretudo diante da afronta desrespeitosa dos invasores para consigo e com a Justiça, tendo sofrido com pressão alta, razão pela qual seu filho interveio com maior rigor”.

“Nessa feita, o Sr. Sidnei, exercendo a legítima defesa de sua posse, nos termos do art. 1.210, § 1º, do Código Civil, desceu do veículo com seu filho, que estava com uma arma legalizada, e realizou um disparo para cima, com a finalidade de alertar os invasores a se retirarem. Os invasores não reagiram e se retiraram. Imediatamente, a polícia foi chamada e realizou uma patrulha para prender em flagrante os invasores por crime de invasão e de posse ilegal de arma de fogo, mas não foram encontrados. A polícia lavrou um Boletim de Ocorrência narrando os fatos”, destaca.

Ao final, o advogado esclarece que “a Lei nº 11.952/2009 é firme no sentido de que não serão assentados pelo Incra aqueles que possuem conflito possessório. Ademais, na região, não existe nenhum assentamento do Incra legalizado”:

“As falas de servidores do Incra irresponsáveis e que alimentam a invasão serão apuradas pelas autoridades, na esfera administrativa e criminal.Por fim, o Sr. Sidnei reafirma seu compromisso com a Justiça, que tem lhe dado ganho de causa, com as autoridades e sublinha estar tranquilo, tendo agido dentro da mais límpida legalidade.

Os invasores irão responder por seus crimes, como o líder Paulo Sérgio e Haroldo já respondem (processo nº 1005486-83.2020.4.01.3200)”.

Com informações do G1 Amazonas

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Cansado de fugir, acreano foragido se entrega à polícia em Rondônia

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João Paulo R.C., 30 anos, foragido da justiça do Acre com uma pena a cumprir até 2054, foi preso na noite de domingo, 9, no Distrito de Vista Alegre do Abunã, em Porto Velho (RO), região da Ponta do Abunã, na divisa com o Acre. O presidiário, no entanto, não foi capturado em uma operação policial, mas se entregou espontaneamente ao 9º Batalhão da Polícia Militar de Rondônia. Segundo relatos, ele afirmou estar cansado de viver como foragido e declarou: “Quero pagar por meus crimes”.

João Paulo estava morando há algum tempo em Vista Alegre do Abunã, localidade próxima à BR-364, sem despertar suspeitas da comunidade ou das autoridades. Sua decisão de se entregar surpreendeu os policiais que estavam de plantão no quartel. De acordo com informações do site Rondoniaovivo, ele teria dito que estava exausto da vida de fugitivo e que desejava enfrentar as consequências de seus atos.

A Polícia Civil de Rondônia não divulgou detalhes sobre os crimes cometidos por João Paulo, mas confirmou que ele possui um mandado de prisão decretado pela justiça do Acre, com uma pena que se estende até 2054. O foragido deve ser transferido para Rio Branco ainda nesta semana, onde cumprirá sua sentença.

 

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Fechamento de estrada no Juruá tem gerado ameaça a indígenas, diz MPF

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O Ministério Público Federal (MPF) esclareceu, por meio de nota oficial publicada nesta segunda-feira (10), que o fechamento do “Ramal do Barbary” – estrada que liga Rodrigues Alves a Porto Walter – foi uma determinação da Justiça Federal da 1ª Região. A decisão foi tomada após a constatação de irregularidades na construção da via, e não por pressão dos indígenas da região, como tem sido alegado por moradores.

Entre os dias 25 de fevereiro e 1º de março de 2025, representantes do MPF estiveram na Terra Indígena Jaminawa do Igarapé Preto para dialogar com a comunidade local sobre a questão. Durante o encontro, lideranças das cinco aldeias do território relataram que vêm sofrendo ameaças e hostilidades devido ao bloqueio da estrada. De acordo com os indígenas, muitas dessas ofensas possuem teor racista e são disseminadas tanto pessoalmente quanto por meio de veículos de comunicação.

O MPF reforçou que a interdição da estrada foi resultado de uma ação movida em conjunto com o Ministério Público do Estado do Acre, após a identificação de irregularidades cometidas pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (DERACRE) e pelo Município de Porto Walter na execução da obra. Entre os problemas apontados estão danos ambientais e violações aos direitos dos povos indígenas.

Diante das ameaças contra os indígenas, o Ministério Público alertou que manifestações racistas e intimidações configuram crimes e serão investigados. Além disso, a instituição afirmou que continuará trabalhando para garantir o cumprimento da decisão judicial e a proteção dos direitos dos povos afetados pela construção irregular do ramal.

POR BARBARA SILVA

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PRF apreende carga de cigarros contrabandeados na BR-364

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu uma carga de 24 caixas de cigarros contrabandeados e prendeu um homem em flagrante durante uma fiscalização na BR-364, em Rio Branco (AC).

A abordagem ocorreu no km 115 da rodovia, quando a equipe da PRF deu ordem de parada a um veículo Fiat Siena Fire Flex, cor cinza. Durante a fiscalização, o condutor do carro confessou que transportava cigarros de origem estrangeira adquiridos na Bolívia. Ao verificarem o interior do automóvel, os agentes confirmaram a presença da carga ilegal.

O suspeito foi preso em flagrante e encaminhado à Polícia Judiciária de Rio Branco, com sua integridade física preservada, para os procedimentos cabíveis. O veículo e os materiais apreendidos – incluindo 12.000 maços de cigarros, dinheiro e um aparelho celular – foram entregues às autoridades competentes.

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