Polícia Civil abre processo disciplinar contra agente por furto de armas em delegacia no Acre

Polícia Civil abre processo disciplinar contra agente por furto de armas em delegacia no Acre — Foto: Alexandre Lima

A Polícia Civil abriu um processo administrativo disciplinar contra um policial que é investigado por furtar armas e munições de uso restrito do setor de Investigação da Delegacia de Brasileia, no interior do Acre.

O policial Maicon Santos teria facilitado a entrada de um boliviano na delegacia de Brasileia para que as armas fossem furtadas

A portaria foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), nesta quarta-feira (26), e assinada pelo secretário de Segurança Pública (Sesp) que também response pela Secretaria de Polícia Civil (Sepc), Carlos Flávio Portela.

O furto das armas foi confirmado pelo órgão em junho deste ano após negarem o crime. O secretário adjunto de Polícia Civil, Josemar Portes, explicou na época que negaram o caso para não atrapalhar as investigações. Segundo ele, o procedimento disciplinar é comum para apurar as sanções que devem ser aplicados ao agente.

“No âmbito disciplinar, podem ser geradas consequências desde uma mera advertência até uma demissão, mas isso vai ser determinado após a apuração da comissão. Porém, é natural que se abra o processo disciplinar no caso dele que também responde a um processo criminal e teve a prisão decretada”, explica Portes.

Santos teve a prisão preventiva decretada em 20 de junho. O policial teria facilitado a entrada de um boliviano na delegacia de Brasileia para que as armas fossem furtadas. As cinco armas furtadas foram apreendidas e o boliviano preso.

Além dessa situação, o servidor foi condenado em 1ª instância pelo sequestro de um trabalhador rural, em 2017. A sentença cabe recurso e o servidor exercia funções administrativas na delegacia.

As duas submetralhadoras e o fuzil foram localizados enterrados no centro da cidade de Brasiléia.

O período do trâmite do processo disciplinar pode levar até seis meses, conforme o secretário. Porém, isso pode variar dependendo do caso.

“Isso é muito relativo. Há processos que são mais trabalhosos. A comissão é que vai apurar o caso, dar os trâmites e ver a celeridade que o caso requer, pois há outros processos em julgamento. Além disso, volta e meia sai uma demissão depois do regular processamento. A comissão é soberana para colher as provas necessários e o tempo é da comissão processante”, afirma.


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Publicado por
G1 Acre