PF pediu prisão de 3 deputados, mas Justiça acreana determinou apenas afastamento

Os delegados afirmaram ainda que foram apreendidos cerca de R$ 200 mil reais e objetos de valores como relógios e demais jóias e três endereços.

“O dinheiro que teria sido desviado trata-se de recursos públicos federais que foram firmados em contratos com empresas para obras em Cruzeiro do Sul e também recursos públicos estadual.

Por Redação Folha do Acre

A Polícia Federal do Acre realizou nesta quinta-feira (29) coletiva de imprensa para dar mais detelhes da operação DIRTY SAFE, que visa desarticular uma suposta organização criminosa que, de forma estruturada, praticava os crimes de lavagem de dinheiro, peculato, corrupção passiva e ativa que teria desviado R$ 30 milhões de reais de recursos federais e estaduais.

De acordo com o novo superintendente da PF no Acre, delegado Érico Barbosa, a Polícia Federal tem focado nos crimes de corrupção que vêm ocorrendo no estado e essa operação é uma prova disso.

“A Polícia Federal do Acre tem focado suas ações no combate a crimes de corrupção e essa operação é mais uma voltada para essa linha”, diz o delegado.

O delegado Tiago Souza disse que “o dinheiro que teria sido desviado trata-se de recursos públicos federais que foram firmados em contratos com empresas para obras em Cruzeiro do Sul e também recursos públicos estadual. Ainda investigamos outros recursos”.

O delegado Flávio Avelar, chefe da Delegacia de Combate Regional ao Crime Organizado, afirmou que três deputados estaduais do Acre estão envolvidos nas investigações.

“Foram envolvidos três deputados na operação e um teve afastamento do cargo por 90 dias. Três deputados estão proibidos de manterem contato com investigados”, afirma Avelar.

Questionado sobre o nome dos envolvidos na operação, o superintendente Érico afirmou que os nomes dos investigados não podem ser divulgados por sigilo de justiça. “Estamos na fase de investigação e nessa fase é temerário revelarmos nomes”, explica.

Os delegados afirmaram ainda que foram apreendidos cerca de R$ 200 mil reais e objetos de valores como relógios e demais jóias e três endereços. Buscas foram feitas em residências dos investigados e sede de empresas em Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Manaus.

“Ainda não temos os valores exatos, mas acredita-se que o montante gira em torno de R$ 200 mil reais”, diz o delegado.

Pedido de prisão

O delegado Tiago Souza afirmou que a PF chegou a pedir a prisão preventiva dos envolvidos, mas desembargadora negou.

“Houve sim pedido de prisão preventiva contra 5 investigados e o Tribunal Regional da 1ª Região, por meio da desembargadora Maria do Carmo, determinou que a medida cautelar de afastamento era suficiente, mas a prisão dos envolvidos não está descartada em outro momento”, diz o delegado Tiago Souza.

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folha do acre