Cotidiano
Petrobras reduz preço da gasolina em 4,09% e aumenta o do diesel em 6,58%
Correio Braziliense
Enquanto o conflito no Oriente Médio faz o preço do petróleo disparar no mercado internacional, a Petrobras anunciou, na noite de ontem, que, a partir deste sábado (21/10), haverá reajuste dos combustíveis nas refinarias. Desta vez, a estatal vai reduzir o preço da gasolina em 4,09% e aumentar o do diesel em 6,58%.
Essa é a primeira mudança nos preços praticados pela companhia nos últimos 64 dias — em 16 de agosto, a gasolina subiu 16,18% e o diesel, 25,48%. Analistas alertam para o impacto do reajuste na inflação. Apesar de haver redução na gasolina, os efeitos do diesel mais caro podem provocar um espalhamento da carestia na economia a médio prazo.
De acordo com comunicado da Petrobras, o preço médio do litro da gasolina vendido para as distribuidoras será reduzido em R$ 0,12, para R$ 2,81. Já o preço médio do diesel aumentará em R$ 0,25, alcançando R$ 4,05 por litro. Em nota, a estatal ressaltou que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final nos postos “é afetado também por outros fatores como tributos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda”.
No comunicado, a Petrobras ressaltou que a variação acumulada no ano dos preços de venda, tanto da gasolina A quanto do diesel A para as distribuidoras, ainda registra redução. No caso da gasolina, a queda acumulada é de R$ 0,27 por litro. No diesel, a redução chega a R$ 0,44.
Na avaliação do presidente da estatal, Jean Paul Prates, a atual estrategia comercial da companhia “tem se mostrado bem-sucedida, no sentido de tornar a Petrobras competitiva no mercado e, ao mesmo tempo, evitar o repasse de volatilidade para o consumidor”.
Conforme a nota da petroleira, neste momento, “os fundamentos dos mercados externo e interno, assim como os parâmetros da estratégia comercial da Petrobras, resultaram em movimentos distintos para cada produto”. “Para a gasolina, o fim do período sazonal de maior demanda global significa maior disponibilidade e desvalorização do produto frente ao petróleo. Por outro lado, para o diesel, observa-se uma demanda global sustentada, com expectativa de alta sazonal, resultando em valorização do produto frente ao petróleo.”
Impactos na inflação
A gasolina é um dos produtos que mais pesam na inflação e, portanto, uma queda no preço final, mesmo que pequena, pode ajudar a conter o aumento do custo de vida para o consumidor. Pelas estimativas de André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), para cada 1% de redução no preço da gasolina, há um impacto de baixa de 0,05 ponto percentual no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês. “A gasolina pesa 5% no IPCA, portanto a redução é uma boa notícia a curto prazo. O diesel tem impacto pequeno no IPCA, mas um efeito indireto perverso. Ele movimenta o frete e a frota de ônibus urbana, é utilizado nos geradores das termelétricas, pelas máquinas no campo. A longo prazo, tem poder de espalhar mais a inflação na economia , mas isso leva um tempo”, explicou.
Defasagem
Na avaliação do consultor André Perfeito, ex-economista-chefe da Necton Investimentos, como os preços no mercado doméstico estavam abaixo dos praticados no exterior, tanto da gasolina quanto do diesel, o reajuste não deverá ter muita repercussão. “A oposição deve falar muito, mas o mercado está tranquilo com a inflação depois desse último IPCA”, disse. De acordo com dados do boletim Focus, do Banco Central, a mediana das estimativas do IPCA deste ano passou de 4,86%, na semana passada, para 4,75%, nesta semana.
Até esta quinta-feira (19/10), os preços da gasolina e do diesel no mercado doméstico estavam abaixo dos preços praticados no mercado internacional, ou seja, a defasagem estava negativa em 4,55% e 12,54%, respectivamente, conforme levantamento do economista Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Ele lembrou que o contrato futuro do barril do petróleo tipo Brent, referência dos preços praticados pela Petrobras, subiu 1,78%, fechando a US$ 91,50.
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Nicolau elogia decisão do STJ: “justiça sendo feita passo a passo”
O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Nicolau Júnior (PP), usou as redes sociais nesta quarta-feira, 15, para comemorar a decisão unânime da Corte do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou que o governador Gladson Cameli não deve ser afastado do cargo.
Na avaliação do parlamentar, a decisão demonstra que a “justiça está sendo feita passo a passo”. “A decisão do STJ de não afastar o governador Gladson Cameli demonstra a conduta ilibada que ele sempre manteve”, declarou.
Apesar de a Corte ter acatado por unanimidade a denúncia de peculato, desvio, pertencimento a organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa contra o governador no âmbito da operação Ptolomeu, tornando Cameli réu em um processo, Nicolau garantiu que mantém total confiança na gestão e na pessoa do chefe do executivo acreano.
“Tenho total confiança na gestão e na pessoa do nosso governador. Ele foi reeleito em primeiro turno, com uma incontestável aprovação popular do povo acreano. Conte comigo, governador, todos os dias. Não tenho dúvida alguma da sua inocência e do seu compromisso em continuar trabalhando para melhorar a vida do nosso povo!”, explicou.