Cotidiano
Parceria entre Santa Casa e Apae Rio Branco leva atendimento especializado à comunidade da Capital
A ação “Santa Casa + Apae Rio Branco” marcou a primeira edição de uma parceria que visa levar atendimento médico especializado e acessível para a comunidade. Realizada nesta quarta-feira, 30, na sede da instituição de ensino especial, a iniciativa ofereceu consultas e orientações nas áreas de psicologia, pediatria, odontologia, clínica geral, entre outras especialidades, beneficiando dezenas de pessoas que dependem de cuidados especializados.
A presidente da Apae, professora Maria do Carmo Pismel, a Carminha, celebrou a ação como um avanço importante para os alunos e famílias atendidos pela instituição. “Essa ação é um marco na saúde para a nossa instituição. Muitos dos nossos alunos e suas famílias precisam de cuidados que, muitas vezes, são difíceis de conseguir. Com essa parceria, podemos proporcionar saúde e bem-estar para quem mais precisa, reforçando nosso compromisso com a inclusão e o cuidado integral,” destacou.
O secretário de Assistência Social e Direitos Humanos da Capital, Wellington Chaves, reforçou a importância da união de forças para potencializar o alcance do atendimento: “Essa ação é muito importante. Temos mais de 50 profissionais da Santa Casa aqui, e a prefeitura contribuiu com vans odontológicas para o atendimento. É a população quem mais se beneficia com essa união, especialmente as pessoas com necessidades especiais, que recebem aqui um atendimento diferenciado.”
O diretor de promoção social da Santa Casa, Anderson Sandro, explicou que a estrutura trazida incluiu desde consultas de enfermagem até exames laboratoriais completos, como eletrocardiogramas, testes rápidos de hepatite, sífilis, HIV, e exames de hemograma, glicose, ureia e creatinina. “A gente está oferecendo diversos atendimentos, com exames completos e consultas especializadas em pediatria, clínica geral e neuropsicologia,” detalhou.
Comentários
Cotidiano
Casa de Candomblé Ilé Àse Yemonja Soba celebrará XV Cortejo de Iemanjá neste domingo em Rio Branco
Durante o evento, oferendas como flores, perfumes e espelhos serão entregues em homenagem à divindade, em um ritual que reforça a tradição e a resistência das práticas afro-brasileiras na região
A capital acreana se prepara para a XV edição do tradicional Cortejo de Iemanjá, marcado para este domingo (2), em Rio Branco. O evento, promovido pela casa de candomblé Ilé Àse Yemonja Soba, terá início às 16h, com concentração em frente ao Memorial dos Autonomistas, no Centro da cidade.
Conduzido pela yalorixá Cláudia de Iemanjá, o cortejo promete reunir fiéis e simpatizantes das religiões de matriz africana, em uma celebração de fé e devoção à orixá das águas. Durante o evento, os participantes farão oferendas como flores, perfumes e espelhos, em um gesto simbólico de respeito e homenagem à divindade. Além de ser uma demonstração de fé, o cortejo reforça a importância da tradição e da resistência das práticas afro-brasileiras na região, mantendo vivas as raízes culturais e espirituais que fazem parte da história do Acre.
Além do aspecto religioso, o cortejo também tem importância cultural e social, promovendo a valorização das manifestações afrodescendentes no Acre. A festividade deve contar com a presença de grupos culturais, cânticos e danças em honra a Iemanjá, considerada a mãe dos orixás e protetora dos pescadores e das águas. O evento é aberto ao público.
Veja vídeo:
Publicidade:
Comentários
Cotidiano
Rezadeira que se dedica a curar pessoas há 50 anos no Acre ganha curta-metragem em sua homenagem: ‘Conhecimento passado de geração para geração’
No dia da exibição do filme, dona Cândida completa 69 anos e comemora o reconhecimento: “Fico muito feliz e estou muito animada.”
Assim como em outros estados do país, o Acre tem em suas raízes e sua história mãos de rezadeiras, tradição cultural em que se envolve rituais de benzedura e cura para restabelecer e proteger uma pessoa. Com o intuito de retratar esse conhecimento tradicional e preservar essas memórias, o curta-metragem “Vou rezando e vou cantando” será exibido no Centro Eclético Flor do Lótus Iluminado Maria Marques Vieira (Ceflimavi), na Rua Antônio Gomes da Silva, bairro Irineu Serra, no domingo, 2, às 17h.
Em 11 minutos, a produção homenageia Cândida de Oliveira Braga Rocha, que há 50 anos se dedica à reza, uma prática que aprendeu com seus pais e também com o mestre Irineu Serra, fundador da doutrina baseada no uso de Ayahuasca e princípios cristãos, aos quais ela também é seguidora há 60 anos.
Ela conta que hoje em dia a busca pela reza ainda é muito grande, principalmente porque os benzedores estão cada vez mais escassos. Meio século dedicado ao altruísmo de servir outras pessoas sem esperar nada em troca.
Por dia, ela atende cerca de seis pessoas, que buscam nos conhecimentos tradicionais o restabelecimento para algum mal, seja ele “quebrante”, “cobreiro” ou “vento caído”, segundo as expressões populares.
“Quase não existe mais rezador e, por isso, as pessoas procuram muito. É um conhecimento que passa de geração para geração, mas tentei passar para as minhas filhas e elas não quiseram, porque têm consciência da responsabilidade e também a reza é um dom”, explica dona Cândida.
Fé na cura e inspiração
Seguindo a crença popular, às margens do Igarapé São Francisco, munida com galhos de manjericão ou pinhão roxo, ela sussurra a reza e dá a bênção, e ali estabelece-se uma ligação espiritual.
“Rezo até 8h da noite. Depois disso, só se a pessoa está muito precisada, aí rezo. Outra coisa: reza não é paga. Deus nos deixou o dom e não podemos receber por ele”, completa.
No dia da exibição do filme, dona Cândida completa 69 anos e comemora o reconhecimento: “Fico muito feliz e estou muito animada.”
A jornalista Katiúscia Miranda Silva assina o roteiro e a direção do curta-metragem, que traz ainda o publicitário Marcus Ramon na direção fotográfica e a equipe da Imaginarium Company. O trabalho foi feito com recursos da Lei Paulo Gustavo em parceria com a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM).
Ela explica que a ideia surgiu com o intuito de ressaltar a relevância cultural das rezadeiras, valorizando uma herança rica e enraizada nas práticas de cura e espiritualidade.
“Uma coisa legal de se destacar é que esse projeto, financiado pela Lei Paulo Gustavo, foi inspirado também na história dele, que fez a passagem no ápice da covid, e dona Cândida passou pelo mesmo processo, os médicos chegaram a desenganá-la, mas ela se agarrou à sua fé e teve a oportunidade a mais para contar sua história”, relembra.
Ao saber que a rezadeira completou meio século dedicado a ajudar as pessoas, ela não teve dúvida que queria registrar essa história. “Fui me aprofundando na história dela e achei justa essa homenagem para uma senhora que dedicou a vida a curar tantas pessoas.
Tradições fundamentais
O presidente da FEM, Minoru Kinpara, destacou que em estados da Amazônia a figura do rezador sempre foi importante para a saúde como um todo, pois em comunidades mais distantes, às margens de rios, seringais ou até locais de difícil acesso, os curandeiros eram o alento dessa população.
Além disso, ele reforça que esse tipo de trabalho desenvolvido com incentivos culturais preservam a história do estado e fortalecem o sentimento de pertencimento.
“Nós ficamos imensamente felizes em colocar o recurso para poder exatamente fazer com que as pessoas conservem, que as pessoas divulguem, investiguem, as pessoas propaguem ainda mais a nossa cultura por meio de diversos segmentos, diversas manifestações culturais. E essas nossas tradições são fundamentais, até para que a nossa população, inclusive a população mais jovem ainda, que está em formação, possa conhecer”, disse.
Quando uma tradição é divulgada, a identidade está contida naquele contexto, fazendo com que a cultura seja revigorada, acredita ele.
“A cultura engloba a nossa fé também. A gente sabe que nem sempre tivemos hospitais à disposição e muitas vezes nossa população foi buscar esperança a cura nessas pessoas, que além de fazer suas rezas com esses rituais tradicionais, sempre demonstrou amor, muito carinho e respeito pela preservação da vida”, pontua.
Mestre da Cultura
No ano passado, Cândida de Oliveira Braga Rocha foi reconhecida pelo Prêmio Mestres da Cultura Popular do Acre, que destinou R$ 1,1 milhão para mestres e mestras por meio da Lei Paulo Gustavo (LPG). Ela foi beneficiada na categoria Mestre De Comunidades Tradicionais Ayahuasqueiras.
Começou a rezar aos 18 anos, e foi no Santo Daime que encontrou sua base para ajudar a curar doenças. Nos dias atuais, continua como fiel seguidora da doutrina fundada pelo Mestre Raimundo Irineu Serra e participa assiduamente dos trabalhos no Ceflimmavi. Na doutrina, recebeu um hinário composto por nove hinos que são cantados em trabalhos e festas da igreja.
Neste domingo, ela comemora mais essa conquista ao lado de amigos e familiares na comunidade.
Serviço
O que: Exibição do curta-metragem “Vou rezando e vou cantando”;
Quando: domingo, 2;
Onde: Centro Eclético Flor do Lótus Iluminado Maria Marques Vieira (Ceflimavi), na Rua Antônio Gomes da Silva, bairro Irineu Serra;
Horário: 17h
Entrada: gratuita
Publicidade:
Comentários
Cotidiano
Redução do ICMS deve diminuir preço do gás de cozinha ao consumidor
Desde 2022, as alíquotas do ICMS sobre os combustíveis são estabelecidas em valores fixos por litro, ou por quilo, no caso do gás de cozinha
A partir deste sábado (1º), cozinhar ficará mais barato para a maioria dos brasileiros. Entra em vigor a redução do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), tributo arrecadado pelos estados, sobre o gás. Cada quilo de gás liquefeito de petróleo (GLP) pagará R$ 0,02 a menos de ICMS.
A exceção será para os consumidores baianos. Na quinta-feira (30), a refinaria privatizada de Mataripe anunciou a elevação do gás de cozinha em 9,2%, o que levará a um aumento de até R$ 8 por botijão, segundo o Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo).
Com base nos preços médios pesquisados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) de fevereiro a setembro do ano passado, o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), órgão que reúne os secretários estaduais de Fazenda, decidiu reduzir de R$ 1,41 para R$ 1,39 por quilo o ICMS do gás de cozinha. Segundo o conselho, a média de preços mais baixa em 2024 justificou a redução do imposto.
Embora tenha reduzido o ICMS para o gás de cozinha, o Confaz elevou o tributo para a gasolina, o etanol, o diesel e o biodiesel. Pelo modelo em vigor desde o ano passado, o conselho decide em outubro de cada ano, as alterações no ICMS que entram em vigor em fevereiro do ano seguinte.
As alíquotas de ICMS passaram para os seguintes valores:
Desde 2022, as alíquotas do ICMS sobre os combustíveis são estabelecidas em valores fixos por litro, ou por quilo, no caso do gás de cozinha. Antes disso, as alíquotas estaduais obedeciam a um percentual do preço final definido por cada Unidade da Federação.
Gás natural
Não apenas o gás de cozinha ficará mais barato. Também neste sábado entra em vigor a redução de 1% no preço do gás natural às distribuidoras, anunciada pela Petrobras na quinta-feira(30).
Atualizado a cada três meses pela Petrobras, os preços do gás natural, usado por grandes consumidores, como indústria, obedecem às oscilações do barril do petróleo tipo Brent e do dólar. Para o trimestre que inicia em fevereiro, o dólar subiu 5,3%, mas a referência do petróleo (Brent) caiu 6%, justificando a redução de 1%.
Desde dezembro de 2022, segundo a Petrobras, o preço médio do gás natural vendido às distribuidoras acumula redução de 23%. A conta inclui tanto a recente redução de 1% como os prêmios por performance e de incentivo à demanda, aprovados em maio e em outubro de 2024, respectivamente.
Você precisa fazer login para comentar.