Órgãos ambientais preparam deflagração de operação contra desmate ilegal

A Tribuna

Com a chegada do verão amazônico, os órgãos ambientais resolveram fechar o cerco aos invasores das terras públicas, principalmente contra os madeireiros clandestinos da Ponta do Abunã que estão invadindo as áreas de reserva das propriedades rurais nos municípios do Vale do Abunã para furtar madeira de lei. A equipe de fiscalização do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), em parceria com Batalhão Ambiental deflagra mais uma operação de combate ao desmatamento ilegal no estado. “Mapeamos todos os pontos críticos por imagens de satélites para intensificar a fiscalização por terra para coibir os crimes ambientais”, declarou o presidente do Imac, André Hassem.

Destacou que apreenderam quase 400 metros cúbitos de madeira de lei que vinha sendo retirada ilegalmente na divisa do Acre com Rondônia. Contou que as equipes de fiscalização passaram 18 dias percorrendo as propriedades rurais invadidas na zona rural de Acrelândia, para desmantelar uma quadrilha de ladrões que ameaçava agricultores que questionavam a derrubada de árvores e o furto na sua propriedade rural. “A madeira apreendida tem sido doada as prefeituras e entidades sem fins lucrativos, com acompanhamento do Ministério Público Estadual do Acre (MPAC) para que possa ser usada num período de seis meses”, revelou.

Informou que o Imac constituiu uma Comissão responsável por essas doações, mas mantêm um Termo de Cooperação Técnica para que as toras de madeira apreendida nas ações de fiscalização possam ser beneficiada na serraria do 7º Batalhão de Engenharia e Construção (7ºBEC). Apontou que esse trabalho vem sendo realizado desde o ano passado, quando a madeira apreendida nas operações deflagradas foram utilizadas na reconstrução de casas danificadas por um temporal nos municípios de Capixaba, Xapuri e Sena Madureira. “Estamos coibindo os crimes ambientais e damos uma destinação para a madeira apreendida no estado”, observou.

Acrescentou ainda, que os produtores rurais estão procurando os escritórios do Imac para tirar o licenciamento ambiental. Revelou que o estado conta com aproximadamente 3,5 milhões de hectares aberta, o que não precisa de mais novos desmatamentos para a atividade agrícola ou pecuária. Em 2019, foram expedidas quatro mil licenças ambientais no Acre, mas com a pandemia do ano passado os desmatamentos registrados foram no entorno das terras públicas que foram invadidas por grilheiros, madeireiros e pequenos invasores oriundos de outros estados. “Estivemos recentemente, na reserva estadual do Antimari para coibir os desmates ilegais”, finalizou o presidente do Imac.

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