Adriano Forgiarini foi preso suspeito de simular um assalto e matar a própria esposa • Reprodução
A morte suspeita de Jaqueline Rodrigues Pereira, classificada como mais um caso de feminicídio, envolve a prisão de Adriano Forgiarini, marido da vítima e apontado como autor do crime, em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná. O crime ocorreu em 13 de setembro.
Em declaração à CNN, o delegado Walcely de Almeida disse que o suspeito acionou um familiar e a polícia, alegando que indivíduos teriam entrado no imóvel para furtar objetos, e que ele próprio havia sido atingido por um tiro.
Na cena do crime, a polícia identificou que os cômodos estavam revirados, com portas de armários e guarda-roupas abertas, simulando o roubo.
A investigação, liderada pelo delegado Walcely de Almeida, concentrou-se em métodos de análise técnica e comportamento para apurar a simulação.
A investigação dependeu da recuperação de áudio e imagem de uma câmera de segurança, cujo software original precisou ser decodificado para converter o vídeo com áudio.
A principal quebra do álibi veio da recuperação do áudio de uma câmera de segurança, que registrou um primeiro tiro abafado às 5h22 da manhã. Cerca de dez minutos depois, às 5h32, foi enviada uma mensagem “muito estranha”, segundo o delegado, do celular da vítima para um grupo de família, sugerindo que ela ainda estaria viva.
Aproximadamente uma hora depois do primeiro tiro, por volta das 6h29, foi ouvido um segundo disparo, descrito como “muito bem mais alto”, de acordo com a polícia.
Um elemento inusitado na gravação foi crucial para vincular o marido à arma do crime. Ao melhorar a imagem das câmeras de segurança, investigadores identificaram um “vulto de gente” passando rapidamente, carregando o que se suspeita ser a espingarda usada no crime. A imagem do vulto ajudou a identificar Adriano.