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O drama das pessoas em situação de rua e os desafios do poder público para amenizar o ‘abismo’ social na Capital acreana

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Por Dell Pinheiro

‘Invisíveis’ sem lar, rumo, perspectiva de vida, sem garantias estabelecidas na Constituição Federal; que em sua relevância manifesta a concretização de direitos fundamentais ao ser humano! Por outro lado, a problemática da dependência de drogas, do álcool e da mendicância de pessoas em situação de rua -, algo que se tornou insustentável em Rio Branco, principalmente na parte central da cidade, com ocorrências constantes de furtos, roubos e agressões. O que ocorre em sua grande maioria nas metrópoles, já afeta a Capital acreana.

No Centro de Atendimento para Pessoas em Situação de Rua, também conhecido como Centro Pop, localizado na Rua Floriano Peixoto, órgão administrado pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), 420 pessoas são acolhidas.

O local disponibiliza café da manhã, das 07h às 08h, almoço, das 11h às 12h e lanche da tarde, às 15h. Uma média de 125 marmitas são disponibilizadas diariamente. Segundo a coordenação, o principal objetivo do centro é proporcionar dignidade aos moradores em situação de rua.

Porém, o trabalho assistencial é questionado por comerciantes. Para a maioria, o espaço deveria ficar afastado da área central da Capital, e que o trabalho desenvolvido pela gestão municipal não surte efeito positivo. Para eles, reinseri-los na sociedade é uma tarefa complexa e nada simples.

O empresário identificado por Manoel Lobato, de 49 anos, dono do restaurante Madrugão, localizado na Praça dos Tocos, em frente ao Fórum Barão do Rio Branco, comentou que trabalha naquele local há 29 anos, e, que nos três últimos anos, a situação dos moradores de rua vem gerando prejuízos e perdas de clientes.

“Muitos que estão nessa área são usuários de drogas e realizam assaltos nas imediações, além do furto da fiação elétrica que deixou parte da praça sem iluminação. A situação está complicada. Para mim, o prejuízo chega a mais de R$ 20 mil reais mensais. Tive uma perda alta por mês. Teve um período em que tinha mais de sete funcionários, porém, devido a essa situação diminuiu bastante a venda de refeições. O centro tem que funcionar em outro lugar”, frisou Lobato.

O empresário Roberto da Princesinha, dono de um dos restaurantes mais antigos e tradicionais da Capital acreana, localizado próximo à Catedral Nossa Senhora de Nazaré, vizinho a Praça dos Tocos, também compartilha da mesma opinião de Manoel, e ressaltou que a solução para os comerciantes, é a retirada da unidade assistencial do Centro de Rio Branco.

“Eu sou a favor que seja mantido e montado um núcleo de recuperação no Centro Pop para tentar tratamento junto a essas pessoas, que são dependentes químicos, mas, em uma área mais distante. O que não aceitamos é trazer o centro para o ‘coração’ da cidade. Alguma solução deve ser tomada pelas autoridades, antes que a coisa fique mais complicada. Estamos pedindo socorro! ”, declarou.

Mudança do Centro Pop e garantia de direitos

O diretor de assistência da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), Jefferson Barroso, argumentou que esse é um problema que está mais acentuando em razão da visibilidade.

“Não podemos afastar o local para áreas mais distantes, pois fica fora da normativa. Ou seja, vai continuar essa população na área central da cidade sem o apoio assistencial da gestão municipal, pois é o lugar onde eles acham que economicamente podem pedir mais, isso acontece em todo Brasil. O espaço é transitório, lá, eles lavam uma roupa, arrumam curativos, fazem suas refeições, além dos programas de alfabetização desenvolvidos na unidade”, comentou o gestor.

Barroso enfatizou que a situação de todos os cadastrados no Centro Pop é acompanhada pela SASDH. “Sabemos se essas pessoas têm acesso a benefícios, se tem aposentadoria, Benefício de Prestação Continuada (BPC), como estão os acompanhamentos dos programas de Saúde, dos programas sociais. A direção do local conhece a história das 420 pessoas cadastradas; o Ministério Público e o Judiciário também”.

Por fim, Jefferson salientou que existe uma articulação para mudança do Centro Pop. “Esse lugar, que não ficará distante da área central de Rio Branco, está sendo definido. Uma articulação está sendo feita para tirar o Centro Pop daquela região, daquele prédio, que é do Tribunal de Justiça. Estamos buscando soluções para que essa questão seja resolvida”, finalizou o diretor da SASDH.

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Tribunal do crime: Bandido atira na mão como forma de ‘disciplinar’ homem que ajudava cadeirante na Capital

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Cleberson Oliveira Portela, 34 anos, foi ferido com um tiro na mão, na noite deste sábado (25), após ser condenado pelo “tribunal do crime”. O crime aconteceu em uma residência localizado no km 3 do Ramal da Zezé, no bairro Belo Jardim 2, na região do Segundo Distrito de Rio Branco.

Segundo informações da própria vítima, Cleberson estava na casa de um vizinho que é cadeirante ajudando o homem a lavar roupa, quando outro homem, ainda não identificado e que estava armado, obrigou a vítima a estender a mão esquerda e efetuou um tiro. Após a ação, o autor do crime fugiu do local.

O disparo transfixou a mão da vítima, que recebeu ajuda de vizinho que acionaram a polícia e a ambulância. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e enviou uma ambulância de suporte básico para prestar os primeiros atendimentos a Cleberson e, depois que a vítima foi estabilizada, foi encaminhada ao pronto-socorro de Rio Branco, em estado de saúde estável.

A Polícia Militar esteve no local do crime, colheu as características do bandido e em seguida fez patrulhamento na região busca de prender o autor do crime, mas ninguém foi encontrado.

Agentes de Polícia Civil da Equipe de Pronto Emprego (EPE) colheram as primeiras informações e o caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Segundo informações da polícia, Cleberson foi “disciplinado” pelo “tribunal do crime”, apesar de não haver informações sobre o que a vítima fez para o crime organizado, mas como punição ele recebeu o tiro na mão.

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Prefeito visita posto de comando do Corpo de Bombeiros e se reúne com Defesa Civil Nacional

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Visita foi para a preparação do formulário de assistência humanitária visando o fornecimento de recursos (Foto: Val Fernandes/Assecom)

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom visitou na manhã deste sábado (25) o comando do Corpo de Bombeiros e reuniu-se com a Defesa Civil Nacional para a preparação do formulário de assistência humanitária visando o fornecimento de recursos, dado o Estado de Emergência em que se encontra a capital.

O gestor explicou que a população não pode esperar, pois a água está baixando, as pessoas precisam retornar e ter a casa limpa, a grande maioria perdeu tudo e a prefeitura precisa achar uma forma de ajudar.

“A reunião foi com dois técnicos da Defesa Civil Nacional que estão aqui para nos ajudar na preparação da documentação e enviar a Brasília. Assim, a partir da semana que vem ou na próxima, começamos a conseguir recursos. Enquanto Brasília não manda, a prefeitura destinou R$ 5 milhões e a gente vai transformar isso em serviço: estamos comprando agora sacolões, alugamos os caminhões com água para lavar as casas, abastecer as famílias. Eu acredito que, se Deus quiser vai dar tudo certo.”

“O município de Rio Branco teve o reconhecimento federal já publicado, está valendo. A partir de então, a gente vai sentar com a equipe técnica para fazer a elaboração do formulário de assistência humanitária para poder atender a população da forma mais rápida possível, por meio do fornecimento de recursos financeiros, para que a cidade possa fazer aquisição de cestas básicas, colchão, kit de higiene pessoal, dentre outros itens de assistência humanitária”, afirmou o coordenador de restabelecimento da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, Thiago Monico.

Durante a visita ao comando, o cel Charles Santos, comandante do Corpo de Bombeiros, reforçou a parceria entre município e corporação, que estão lado a lado desde o início dos resgates, na última quinta-feira (23), após a forte chuva que provocou a enxurrada dos igarapés. Ele explica ainda que foram situações diferentes, mas que exigem atendimento simultâneos.

“Na quinta-feira foi a enxurrada que afetou quase 32 bairros, e agora estamos caminhando com outro incidente desde ontem, que é a questão do transbordamento do rio Acre. Continuamos sim com esse atendimento, só que agora tem uma segunda etapa para o primeiro incidente, aonde a prefeitura já vai começar a limpeza dos locais para retorno desse pessoal que estava desabrigado. Continua a operação prefeitura e estado através de ações de retirada dessas pessoas e levando até o abrigo, mas o mais importante agora é essa fase de limpeza, recuperação e trazer de volta essa população para seu habitar e transcorrer sua vida normalmente.”

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Enchente: Prefeita Fernanda Hassem, Justiça e Forças de Segurança visitam áreas e abrigos famílias

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A Prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem, acompanhada das Forças de Segurança e Justiça, vistoriaram, áreas alagadas e visitaram abrigos de acolhimento ás famílias vítima da enchente, desde a tarde da última sexta-feira, 23.

Na escola Estadual Kairala José Kairala, a Prefeita Fernanda Hassem, acompanhada do promotor de Justiça, Dr. Juleandro Martins, promotara Pauliane, Corpo de Bombeiros, Exército e Polícia Militar averiguaram as intalações das famílias que foram retiradas do abrigo.

Neste sábado, visitou o Bairro 28 maio, povoado pelo população indigena, que estão sendo tranferidos para um abrigo, localizado na Creche Municipal Roma Emilse.,além das Ruas Marechal Rondon, Olegário França,Travessa Beém e ruas próximas a praça Hugo Poli.

A Defesa Civil e a equipe municipal liderada pela Prefeita Fernanda Hassem permanecem de prontidão 24 horas.Os números 193, do Corpo de Bombeiros e (68)99250-8970 seguem em atendimento às ocorrências, em apoio à população.

Para acolher essas famílias, as escolas estaduais Kairala José Kairala e Instituto Odilon Pratagir(IOP), Creche municiapal Roma Emilse, foram preparadas para recebê-las.
Estamos juntos com as instituições de Defesa Civil, Justiça, Forças de Segurança, Governo do Estado, Câmara de vereadores e equipe da prefeitura, todos unidos.

Nesse momento precisamos da união de todos para cuidar do bem mais precioso de uma cidade que é a população. A prefeitura de Brasiléia e a estrutura do Governo aqui no município encontra-se totalmente à disposição da pululação, a gente pede que por favor, a população nos acione com os números divulgados nas redes sociais”, destacou a Prefeita.

As equipes de saúde e assistência social acompanham o translado de homens, mulheres e crianças antigidos.

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