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Número de mortos em terremoto na Turquia e Síria passa de 45 mil

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Trabalho de resgate das vítimas segue após 12 dias do terremoto que atingiu a Turquia e a Síria
MAXIM SHEMETOV/REUTERS – 18/2/2023

Muitas pessoas continuam desaparecidas depois de 12 dias do forte terremoto; equipes ainda tentam localizar sobreviventes

Mais de 45 mil pessoas morreram no terremoto que atingiu a Turquia e a Síria, e o número deve aumentar, com cerca de 264 mil apartamentos na Turquia destruídos e muitos ainda desaparecidos, enquanto equipes de resgate procuram sinais de vida sob os escombros.

O número de mortos na Turquia é de 39.672 desde o terremoto, enquanto a vizinha Síria registrou mais de 5.800 mortes. O contagem da Síria não muda há dias.

Enquanto muitas equipes de resgate internacionais deixaram a vasta zona do terremoto, as equipes nacionais continuaram as buscas neste sábado (18) em edifícios destruídos, na esperança de encontrar mais sobreviventes que desafiem as probabilidades. Especialistas dizem que a maioria dos resgates ocorre nas 72 horas seguintes a um terremoto.

Resgate de família síria

Doze dias após o terremoto, trabalhadores do Quirguistão tentaram salvar uma família síria de cinco pessoas dos escombros de um prédio na cidade de Antakya, no sul da Turquia.

Três pessoas, incluindo uma criança, foram resgatadas com vida. A mãe e o pai sobreviveram, mas a criança morreu depois de desidratação, disse a equipe de resgate. Uma irmã mais velha e uma gêmea não sobreviveram.

“Ouvimos gritos quando estávamos cavando hoje, uma hora atrás. Quando encontramos pessoas vivas, sempre ficamos felizes”, disse Atay Osmanov, membro da equipe de resgate, à Reuters.

Dez ambulâncias estavam à espera em uma rua próxima que estava bloqueada para permitir o trabalho de resgate.

Os trabalhadores pediram silêncio total e que todos se agachassem ou sentassem enquanto as equipes subiam até o topo dos escombros do prédio onde a família foi encontrada para ouvir mais sons por meio de um detector eletrônico.

Enquanto os esforços de resgate continuavam, um trabalhador gritou em direção aos escombros: “Respire fundo se puder ouvir minha voz”.

Mais tarde, os trabalhadores interromperam as operações de busca quando as escavadeiras chegaram e subiram nos escombros para começar a limpá-los.

Sobrevivente localizado após 278 horas

Hakan Yasinoglu, na casa dos 40 anos, foi resgatado na província de Hatay, no sul da Turquia, 278 horas após o terremoto de magnitude 7,8 ocorrido na calada da noite em 6 de fevereiro, informou o Corpo de Bombeiros de Istambul.

Anteriormente, Osman Halebiye, 14, e Mustafa Avci, 34, tinham sido salvos na cidade histórica de Antakya, na Turquia, conhecida nos tempos antigos como Antioquia. Avci realizou uma chamada de vídeo para seus pais, que lhe mostraram seu bebê recém-nascido.

“Eu havia perdido completamente toda a esperança. Isso é um verdadeiro milagre. Eles me devolveram meu filho. Eu vi os destroços e pensei que ninguém poderia ser salvo com vida de lá”, disse seu pai.

Organizações de ajuda humanitária dizem que os sobreviventes precisarão de ajuda nos próximos meses, com tantas infraestruturas cruciais destruídas.

Na vizinha Síria, já abalada por mais de uma década de guerra civil, a maior parte das mortes ocorreu no noroeste do país, uma área controlada por insurgentes que estão em guerra com o presidente Bashar al-Assad — um conflito que prejudicou os esforços para ajudar as pessoas afetadas pelo terremoto.

Milhares de sírios que buscaram refúgio na Turquia após a guerra civil em seu país voltaram para sua casa na zona de guerra — pelo menos por enquanto.

Número incerto de desaparecidos

Nem a Turquia nem a Síria disseram quantas pessoas ainda estão desaparecidas após o terremoto.

Entre as famílias que ainda esperam resgatar parentes na Turquia, há uma raiva crescente sobre o que consideram práticas de construção corruptas e um desenvolvimento urbano profundamente falho que resultou na desintegração de milhares de casas e empresas.

Um desses edifícios foi o Ronesans Rezidans (residência renascentista), que tombou em Antakya, matando centenas de pessoas.

“Diz-se que era à prova de terremotos, mas você pode ver o resultado”, disse Hamza Alpaslan, 47, cujo irmão morava no prédio de apartamentos. “Está em péssimas condições. Não tem cimento nem ferro de verdade. É um verdadeiro inferno.”

A Turquia prometeu investigar qualquer pessoa suspeita de responsabilidade pelo desabamento de edifícios e ordenou a detenção de mais de cem suspeitos, inclusive construtores.

Na quinta-feira, as Nações Unidas solicitaram ajuda de mais de 1 bilhão de dólares em fundos para a operação de socorro turca e lançaram um apelo de 400 milhões de dólares para os sírios.

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Policiais são presos em operação que investiga esquema de empréstimos ilegais e extorsões em RO e outros 5 estados

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Policiais são presos em operação que investiga esquema de empréstimos ilegais e extorsões em RO e outros 5 estados

Objetos apreendidos durante Operação Soldados da Usura em RO — Foto: MP-RO

Três policiais militares e outras seis pessoas foram presas preventivamente, nesta sexta-feira (7), por suspeita de lucrar com empréstimos ilegais e praticar extorsões contra diversas vítimas em Rondônia e outros cinco estados. Os suspeitos são alvos de uma operação do Ministério Público de Rondônia (MP-RO) por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

No total, 17 pessoas são investigadas por participação no esquema, sendo que seis delas são policiais. Os nomes dos investigados não foram divulgados. Além dos 9 mandados de prisão preventiva, a ação cumpriu 42 de busca e apreensão em cidades de Rondônia, Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais e Acre.

Durante a operação Soldados da Usura, a Justiça de Rondônia determinou o bloqueio de mais de R$ 73 milhões dos investigados, incluindo imóveis, cotas sociais de empresas e veículos de luxo. Para dissimular a origem dos lucros, os suspeitos chegaram até a construir uma draga de extração de ouro no Rio Madeira.

Imagens da operação, disponibilizadas pelo MP-RO, mostram dezenas de recibos, cadernos de anotações, além de diversas armas e munições apreendidas em posse dos suspeitos.

Arma apreendida durante a Operação Soldados da Usura em RO — Foto: MP-RO

As investigações começaram após uma denúncia feita à Corregedoria-Geral da Polícia Militar de Rondônia contra policiais militares, apontando indícios de crimes de usura (cobrança de juros excessivos) e extorsão.

Segundo o MP-RO, os suspeitos faziam os empréstimos com juros ilegais e agiam com violência, inclusive com uso de arma de fogo. Caso os valores não fossem pagos, eles se apropriavam dos bens das vítimas.

De acordo com o Ministério Público, o grupo é suspeito de cometer crimes como lavagem de dinheiro, estelionato, falsidade ideológica, entre outros, que ainda estão em apuração.

As investigações identificaram um número extenso de vítimas da organização criminosa. Desse modo, o Ministério Público disponibiliza um formulário para identificação e colheita de reclamações de outras pessoas que foram alvos e queiram contribuir com as investigações.

A Polícia Militar aponta, em nota, que agiu em colaboração com o Ministério Público de Rondônia e que tem uma tolerância zero a desvios de conduta e outras ações praticadas pelos policiais.

“A atuação da Corregedoria reflete um dos eixos prioritários da instituição, que é a intolerância ao crime violento e ao desvio de conduta, bem como o compromisso de proteger o cidadão e garantir que a atuação dos policiais militares esteja alinhada com os princípios de legalidade e moralidade”, declarou a corporação.

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Estudantes do Acre encaram nova realidade com a proibição de celulares durante as aulas

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Rede particular de ensino de Rio Branco iniciou o ano letivo de 2025 adotando a lei que proíbe o uso dos smartphones durante a aula, no recreio e nos intervalos entre os cursos, em todas as etapas da educação básica, com algumas exceções.

Estudantes se adaptam sem o uso do celular dentro da sala de aula — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

As alunas Nicole Caetano e Giovanna Moncada tiveram uma surpresa ao chegar na sala de aula este ano. A classe foi informada de que o uso do celular está proibido durante as aulas. Com o ano letivo de 2025 iniciado, as escolas particulares da capital começam também a aderir as determinações da Lei Federal nº 15.100.

Sancionada pelo presidente Lula em 15 de janeiro, a lei que estabelece essa proibição abrange todas as turmas de educação básica (ou seja, educação infantil, ensino fundamental e ensino médio). A lei também determina que cada uma das redes de ensino e escolas, públicas e privadas, devem definir suas próprias estratégias de implementação.

Celulares ficam guardados em um espaço reservado pela escola. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

A legislação surgiu como uma resposta a crescente preocupação de pais, especialistas e a população em geral sobre o uso desses aparelhos nas escolas por conta de possíveis impactos negativos no aprendizado, na concentração e na saúde mental do ser humano.

Na escola onde Nicole e Giovanna estudam, por exemplo, foram espalhadas placas por todos os corredores do prédio orientando os estudantes sobre a lei. A instituição fez ainda uma espécie de área de depósito para que os alunos deixem os aparelhos no local.

“No início a gente achou uma mudança bem drástica porque a gente já estava acostumada a andar o tempo todo com o celular. Mas, aqui na escola quando começou, a gente se viu mais produtivo. Então, ao invés de a gente ter o celular ali como ajuda, a gente foi, de certa forma, obrigada a anotar, a pesquisar mais por conta própria”, disse a estudante Nicole Caetano

De um modo geral, agora o uso do celular é proibido, com apenas algumas exceções. As amigas reconhecem que no início foi difícil aceitar e entender a restrição, mas depois observaram que, até agora, trouxe benefícios.

Além das mudanças nas interações e relacionamentos, houve também a mudança na metodologia de trabalho. Antes, alguns exercícios eram enviados pelos celulares. Agora os alunos precisam anotar tudo.

Mudança de rotina

A lei, inclusive, modificou a rotina dos professores. Antes, os docentes mandavam listas com questões e exercícios para resolução na sala por aplicativos de mensagens. “Então, a questão da adaptação ainda está sendo um pouco difícil, mas já vejo muita mudança, de fato. Aumentou muito a nossa produtividade e a gente debate entre a gente”, contou Giovanna Moncada.

O diretor da instituição, Tony de Luca, informou que a mudança é um processo de aprendizado. Mas os alunos já estão se adequando a essa nova rotina. “Aqui na escola não retemos os aparelhos, temos um recurso para guardar o celular. Quando o aluno chega na escola já é orientado para que desligue o telefone e, na sala, deposite no dispositivo que criamos para ficar armazenado, mas fica em sala”, explicou.

A proibição dos aparelhos celulares não ocorre em todas as aulas. Em casos que são necessárias pesquisas e extensão dos estudos, a utilização é permitida. Os professores confirmam que os alunos acharam estranho no início, mas com poucos dias de mudança, até a forma de interação melhorou.

A coordenadora pedagógica Priscila Melo destacou que os alunos estão sugerindo opções de entretenimento para passar o tempo durante os intervalos e e reinventando a cada novo momento. Eles têm me surpreendido porque, apesar de serem dependentes de certa forma do aparelho, também estão contribuindo com um leque de opções. Tenho um aluno que está pintando, outro trouxe algumas cartas, estão interagindo de outras formas sem usar o recurso digital”, celebrou.

Rede pública

Na rede pública, as aulas só retornam na próxima segunda-feira (10). Mas a Secretaria de Educação (SEE) já preparou as escolas para essas mudanças e deve emitir uma instrução normativa orientando sobre as regras do uso dos aparelhos.

Os alunos serão proibidos de utilizarem o celular dentro de sala. As regras valem para todas as unidades de ensino e quem descumprir será advertido. O secretário de Educação, Aberson Carvalho, afirmou que a orientação repassada é que o professor do primeiro horário já oriente os alunos a desligarem os aparelhos e guardarem na mochila.

“Se tocar ou receber mensagem, algum barulho sonoro, o professor tem a orientação de levar para a direção da escola para o aluno ser advertido e se isso ocorrer de forma rotineira, esse aluno pode até ser suspenso. Essa proibição ocorrerá no horário aula, ou seja, quando o aluno entra na escola, na sala de aula, até o final do seu horário aula. No intervalo também será suspensa a utilização”, pontuou.

A psicóloga Letícia Rodrigues alerta que a utilização exacerbada do uso de celular impacta de forma negativa no cérebro, visto que muito tempo nas redes sociais, que tem com o entretenimento vídeos curtos de 15 a 30 segundos, por exemplo, faz com que o jovem tenha dificuldade de manter a concentração durante muito tempo.

“Na verdade, não só os jovens, todo ser humano. Até porque isso ativa a área do cérebro, que é a área de motivação, fazendo com que a pessoa tenha uma dificuldade de se manter concentrada em determinadas tarefas”, ressaltou.

Escola espalhou placas e cartazes com orientações para alunos — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

O que prevê a nova lei

A lei sancionada pelo presidente Lula (PT) proíbe o uso dos smartphones durante a aula, no recreio e nos intervalos entre os cursos, em todas as etapas da educação básica, com algumas exceções.

Os aparelhos podem ser acessados em situações de perigo, necessidade ou casos de força maior. Os celulares também são permitidos para:

  • garantir a acessibilidade;
  • garantir a inclusão;
  • atender às condições de saúde dos estudantes;
  • garantir os direitos fundamentais.

Além disso, nas salas de aula, o uso de celulares é autorizado “para fins estritamente pedagógicos ou didáticos, conforme orientação dos profissionais de educação”.

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Desembargador Laudivon Nogueira toma posse como presidente do Tribunal de Justiça do Acre

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O novo presidente do TJ-AC falou para a equipe da Rede Amazônica Acre sobre as expectativas para o mandado

Desembargador Laudivon Nogueira tomou posso como presidente do TJ-AC nesta sexta-feira (7). Foto: Lucas Thadeu/Rede Amazônica Acre

O desembargador Laudivon Nogueira foi empossado como presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) nesta sexta-feira (7) em Rio Branco. A solenidade começou às 17h na sede-administrativa do tribunal. Ele assume o cargo que era da desembargadora Regina Ferrari.

Os desembargadores que formaram a gestão biênio 2025-2027 são: Laudivon Nogueira, como presidente, Waldirene Cordeiro, como vice-presidente, e Nonato Maia, como corregedor-geral.

A solenidade de posse teve a presença do prefeito Tião Bocalom, representantes do Ministério Público do Acre (MP-AC) e de outros órgãos do estado. O novo presidente do TJ-AC falou para a equipe da Rede Amazônica Acre sobre as expectativas para o mandado.

“Expectativas são muito boas, principalmente porque estamos na fase de implantação de um projeto, de modernização, que já vem sendo desenvolvido há alguns anos e agora que é capitaneado pela desembargadora Regina Ferrari. Temos muito a avançar com melhorias de nossos serviços, flexibilização de rotinas, retirar gargalos dos processos. Tem muita coisa a ser feita, principalmente com a adoção de novas tecnologias na área da informação”, destacou.

Solenidade ocorreu nesta sexta-feira (7) no TJ-AC. Foto: Lucas Thadeu/Rede Amazônica Acre

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