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Novas regras de marketing impulsionam a advocacia

Reportagem da série especial Advocacia em Pauta discute como a publicidade na internet e nas redes sociais aumenta visibilidade de temas jurídicos e profissionais do direito

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Wilson Vedana explica que o novo modelo de aplicação e estratégias de marketing aprovado pela OAB permite aos profissionais do direito fazer dois tipos de publicidade: ativa e passiva.

Assessoria

Recentemente o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil aprovou novas regras de marketing jurídico, ampliando a possibilidade, por exemplo, de impulsionar postagens em redes sociais. A atualização do provimento 94/00 – escrito em 5 de setembro de 2000, quando não existiam redes sociais e celular com internet era raridade – está em sintonia com os tempos atuais, com advogados e advogadas utilizando cada vez mais a tecnologia como uma ferramenta de trabalho e com a imensa maioria das pessoas tendo acesso a internet e redes sociais.

Em um país com 213 milhões de habitantes como o Brasil, são 205 milhões de telefones celulares com conexão à internet e 150 milhões de usuários de redes como Facebook e WhatsApp (as mais populares), além de Instagram, TikTok, YouTube, Kwai e Twitter, entre outras, segundo a consultoria internacional HootSuite.

A terceira reportagem da série especial “Advocacia em Pauta” mostra como tecnologia, inovação e redes sociais muda a forma de atuação de advogados e advogadas, trazendo não apenas novos clientes, mas aproximando o público em geral sobre questões da advocacia importantes para toda a sociedade.

Especialista em marketing jurídico e ferramentas tecnológicas para gestão de escritórios de advocacia, Wilson Vedana explica que o novo modelo de aplicação e estratégias de marketing aprovado pela OAB permite aos profissionais do direito fazer dois tipos de publicidade: ativa e passiva.

Na ativa, o advogado poderá fazer anúncios para ‘aparecer’ para pessoas de fora da suas redes de relacionamento. Na publicidade passiva, o uso de palavras-chave e estratégias de segmentação de público, em ferramentas como Google Ads, newsletter e grupos fechados, poderá fazer com que pessoas vejam anúncios sobre temas específicos dentro do universo jurídico, dependendo do seu interesse e de suas buscas na internet.

Criador da primeira agência de advogados da região Norte, Vedana ressalta que continua proibida a chamada “ostentação nas redes”. Basicamente, advogados e advogadas não podem usar dados patrimoniais, dimensão de uma sociedade ou escritório de advocacia e outros temas de fora do ramo jurídico para influenciar o público com promessas de resultados e garantias quanto aos serviços que venham a ser contratados.

“Porém, um ponto que me chama muita a atenção é o comitê regulatório de caráter consultivo, que será instituído para evitarmos novas desatualizações, ou uma nova votação de provimento a cada 20 anos. Isso possibilitará a um grupo de pessoas capacitadas propor mudanças de acordo com a evolução do nosso cotidiano”, destaca Wilson Vedana.

Para ele, que é advogado há sete anos e tem uma forte presença nas redes sociais, a nova regra aprovada pelo Conselho Federal da OAB dará mais segurança à categoria, “tendo em vista que o [provimento] que regia há 20 anos, não trazia clareza e nem toda a evolução que tivemos no mundo digital, estando agora ainda não da forma mais correta, porém mais contemporânea ao que vivenciamos nos dias atuais”, finalizou.

Vitória Jeovana e Márcio Nogueira durante encontro em Porto Velho: nova regra dá mais segurança ao profissional, diz ela; rede social é ambiente de trabalho e espaço de debates, completa ele.

Estratégia de Posicionamento

A advogada Vitória Jeovana da Silva Uchoa, especialista em direito de família e sucessões e direito do consumidor, comenta que uma das críticas feitas pela maior parte da categoria era de que os termos utilizados na legislação e nas normativas da OAB eram muito genéricos. Isso trazia insegurança na hora de promover a publicidade e limitava o profissional a sempre agir de modo tradicional, resultando muita vezes em perda de espaço em um mercado de trabalho cada vez mais tecnológico e competitivo.

Vitória Jeovana concorda que as regras para o marketing jurídico estavam desatualizadas e claramente não acompanhava as transformações tecnológicas ocorridas nos últimos 20 anos. “Portanto, a advocacia vinha pressionando a OAB para que as regras de publicidade fossem flexibilizadas e adequadas à nova realidade de trabalho, cada vez mais competitiva e pautada no ambiente online, até mesmo com escritórios de advocacia digitais”.

Uma das advogadas mais atuantes nas redes sociais em Rondônia, Vitória Jeovana reforça que a publicidade informativa é benéfica não só para o advogado, que divulga seus serviços, mas também para o cliente, que passa a conhecer seus direitos e a encontrar, de uma maneira mais fácil e democrática, um profissional para solucionar o problema jurídico que enfrenta.

“O marketing jurídico nada mais é do que uma estratégia de posicionamento. É mostrar ao seu público sua atuação e especialidade. Como você, profissional da advocacia, consegue resolver os problemas de seus clientes, mostrando que é possível fazer um ótimo trabalho de forma ética”, defende.

A Favor da Advocacia 

Advogado há 17 anos, Márcio Nogueira, pré-candidato a presidente da OAB, Seccional de Rondônia, concorda com os colegas de profissão. “O novo provimento é um enorme avanço. A tecnologia evoluiu de maneira exponencial nos últimos anos. Hoje temas como conexão 5G, segurança nas redes, internet das coisas, identificação facial, pagamentos por aproximação via celular ou cartões magnéticos já são uma realidade”, avalia.

De acordo com Nogueira, a presença das pessoas nas redes sociais atualmente vai mais além de uma simples postagem com os filhos, o bicho de estimação ou de uma viagem que fez com a família, como era até pouco tempo atrás. Hoje, diz ele, rede social é ambiente de trabalho também para os advogados e advogadas, além de espaço de discussão de temas cruciais para a sociedade.

“Por isso, é tão importante que a advocacia esteja antenada com os tempos atuais, sem deixar de lado as questões éticas, a fiscalização e a punição de abusos. É assim que defendo, por exemplo, uma Ordem que esteja mais próxima dos advogados e advogadas, ajudando a promover uma verdadeira transformação na vida desses profissionais”, finaliza Márcio Nogueira.

Especialista em marketing jurídico, Wilson Vedana afirma que marketing jurídico permitirá mudanças de acordo com a evolução tecnológica do cotidiano.

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Após morte de Joca, tutores se manifestam no aeroporto de Brasília

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Morte do cão Joca mobilizou diversos setores da sociedade a respeito do transporte de animais domésticos em voos comerciais
Fabio Rodrigues – Pozzebom / Agência Brasil – 28/04/2024

Morte do cão Joca mobilizou diversos setores da sociedade a respeito do transporte de animais domésticos em voos comerciais

Tutores de cães da raça golden retriever se reuniram neste domingo (28) no aeroporto de Brasília para uma manifestação em defesa da regulamentação do transporte aéreo de cachorros de grande porte.

A iniciativa foi motivada pela morte do cão Joca, um golden de quatro anos que morreu durante um voo operado pela Gol, no último dia 22.

Promovido pelo Clube Golden de Brasília, o protesto reuniu tutores no aeroporto de Brasília em defesa do tratamento digno durante o translado dos animais.

Para a representante do clube Fernanda Machado, a iniciativa foi motivada pelo descaso das companhias aéreas no transporte de animais domésticos de grande porte. Ela citou que são comuns casos de descuidos, como fuga dos cães durante o embarque e mortes durante o translado.

Tutora da Nala, uma fêmea de suporte emocional, Fernanda defendeu a regulamentação do transporte. “Eles tratam nossos cães como bagagem, objeto, e eles não são. Não é barato para colocar um cão em um transporte desse. O nosso grito é de socorro, de basta. A gente não quer mais isso. Precisa mudar. O transporte precisa ser regulamentado”, defendeu.

Raniela Resende levou seu golden chamado Oliver para a manifestação e disse que prefere viajar de carro porque não confia no serviço de transporte de pets oferecido pelas aéreas. Para Raniela, o transporte dos animais deveria ser feito em um espaço reservado dentro da cabine da aeronave.

“Eles são vida como qualquer outra. O ideal seria levar na cabine, eles são calmos. Os pequenos podem ir na caixinha”, sugeriu.

Atualmente, cães de grande porte são colocados em uma caixa de transporte e levados em um compartimento localizado no porão da aeronave. Segundo as companhias, o local é pressurizado e não oferece risco aos animais, que não viajam junto com malas e cargas. Somente animais com até 10 quilos (kg) podem ser levados junto aos passageiros.

Outros protestos

Tutores de pets e organizações não governamentais de defesa de animais protestaram em outras capitais do país. Em São Paulo, duas manifestações simultâneas ocorreram no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos – onde a morte de Joca foi registrada – e também no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.

Projeto de Lei no Congresso

Desde 2022, está parado na Câmara dos Deputados, aguardando apreciação das comissões permanentes, o Projeto de Lei 148/2022, de autoria da deputada Rosana Valle (PL-SP). o objetivo da matéria é regulamentar o voo de animais em linhas domésticas e internacionais.

O texto do PL garante o direito do tutor de transportar, ao seu lado, até dois pets. A proposta limita a quantidade de dez animais domésticos por aeronave. Inicialmente, o projeto de lei beneficia cães e gatos que não excedam o peso corporal de 15 quilos. No entanto, a ideia é permitir pets de qualquer peso.

“Já passou da hora de as empresas aéreas permitirem que nossos animais viagem ao nosso lado, independentemente do tamanho. Eles são parte de nossa família. Não são cargas. O que aconteceu com o Joca, dias atrás, é irreparável, sendo que poderia ter sido evitado”, diz Rosana.

Atualmente, cachorros de médio e grande porte viajam dentro de caixas de transporte e sào alocados no compartimento de cargas dos aviões, junto com as bagagens. Nesse contexto, eles estão sujeitos às mudanças de pressões do voo, bem como qualquer interpérie que atinja essa parte da aeronave.

Animais de pequeno porte podem viajar nas cabines, desde que dentro da caixa de transporte e que não excedam o peso delimitado pela companhia aérea. A única excessão para que cachorros de médio e grande porte viajem junto com seus turores é dada para os passageiros que conseguem comprovar juridicamente que seus pets também são um animal de suporte emocional.

O que diz a Anac

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não tem regulação própria para o transporte de animais, com exceção do cão-guia, pelo fato de ser necessário para o deslocamento e o bem-estar do tutor – que apresenta algum tipo de deficiência. Sendo assim, cada companhia aérea adota sua própria política para a prestação do serviço.



Fonte: Nacional

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Amigos e familiares se despendem do cantor do Molejo Anderson Leonardo

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Familiares, amigos e fãs se despediram neste domingo (28) do cantor Anderson Leonardo, do grupo Molejo. O velório ocorreu no Cemitério Jardim da Saudade de Sulacap, na zona oeste do Rio de Janeiro.

As primeiras visitas foram permitidas a partir de 11h. No acesso à capela, formou-se um corredor com coroas de flores. Algumas delas foram enviadas por artistas próximos de Anderson, como Carlinhos Brown, Zeca Pagodinho e Dudu Nobre.

“Mesmo na adversidade, devemos sempre lembrar que o Molejo é um grupo que leva alegria para o público. E o Anderson é a representação disso no contexto geral. Estamos todos com o coração apertado, mas não podemos deixar de lembrar que o Anderson é a alegria personalizada”, disse o músico e companheiro de banda, Andrezinho.

Ele também contou que o Molejo vai lançar um álbum novo no segundo semestre desse ano, intitulado O Paparico do Molejo. O trabalho conta com músicas novas e releituras de canções antigas do grupo.

Segundo Andrezinho, Anderson participou ativamente de todo o processo de produção. O trabalho também envolve participações especiais de Xande de Pilares, Thiaguinho e Dudu Nobre.

O pai do cantor, o produtor musical Bira Haway, se manifestou na manhã deste domingo através de suas redes sociais. “Filho sua alma foi recolhida com nobreza. Me sinto triste por não mais te abraçar, mas meu conforto e meu orgulho é ter sido seu pai e ter te tornado um ícone, um profissional completo, um pai maravilhoso para os seus, um filho sensacional, um amigo extraordinário e principalmente pelo ser humano iluminado e inesquecível. Te amo meu filho, meu amigo, meu companheiro”, escreveu.

Rio de Janeiro (RJ), 28.04.2024 – Familiares, amigos e fãs se despedem do cantor Anderson Leonardo, do Grupo Molejo. Seu corpo foi velado no Cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil Rio de Janeiro (RJ), 28.04.2024 – Familiares, amigos e fãs se despedem do cantor Anderson Leonardo, do Grupo Molejo. Seu corpo foi velado no Cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Familiares, amigos e fãs se despedem do cantor no Cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Anderson enfrentava um câncer diagnosticado em 2022. Aos 51 anos, ele estava internado no Hospital da Unimed-Rio e seu quadro vinha piorando nos últimos dias. Ele faleceu na sexta-feira (26), deixando quatro filhos.

Natural da capital carioca, Anderson fundou o Molejo no fim dos anos 1980. Além dele, o grupo de pagode foi criado por Andrezinho, Claumirzinho, Lúcio Nascimento, Robson Calazans e Jimmy Batera. Eles gravaram músicas que fizeram sucesso em todo o país, como Cilada, Brincadeira de Criança, Paparico e Clínica Geral.

O primeiro álbum do Molejo foi lançado em 1993. Além de vocalista, Anderson também tocava cavaquinho e compôs diversas canções. Ele assina, por exemplo, o hit Dança da Vassoura. Também é autor de músicas que ficaram conhecidas em gravações de outros grupos, como Cohab City, do Negritude Júnior.

Fonte: EBC GERAL

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Amigos e familiares se despendem de Anderson Leonardo no Rio

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Familiares, amigos e fãs se despediram neste domingo (28) do cantor Anderson Leonardo, do grupo Molejo. O velório ocorreu no Cemitério Jardim da Saudade de Sulacap, na zona oeste do Rio de Janeiro.

As primeiras visitas foram permitidas a partir de 11h. No acesso à capela, formou-se um corredor com coroas de flores. Algumas delas foram enviadas por artistas próximos de Anderson, como Carlinhos Brown, Zeca Pagodinho e Dudu Nobre.

“Mesmo na adversidade, devemos sempre lembrar que o Molejo é um grupo que leva alegria para o público. E o Anderson é a representação disso no contexto geral. Estamos todos com o coração apertado, mas não podemos deixar de lembrar que o Anderson é a alegria personalizada”, disse o músico e companheiro de banda, Andrezinho.

Ele também contou que o Molejo vai lançar um álbum novo no segundo semestre desse ano, intitulado O Paparico do Molejo. O trabalho conta com músicas novas e releituras de canções antigas do grupo.

Segundo Andrezinho, Anderson participou ativamente de todo o processo de produção. O trabalho também envolve participações especiais de Xande de Pilares, Thiaguinho e Dudu Nobre.

O pai do cantor, o produtor musical Bira Haway, se manifestou na manhã deste domingo através de suas redes sociais. “Filho sua alma foi recolhida com nobreza. Me sinto triste por não mais te abraçar, mas meu conforto e meu orgulho é ter sido seu pai e ter te tornado um ícone, um profissional completo, um pai maravilhoso para os seus, um filho sensacional, um amigo extraordinário e principalmente pelo ser humano iluminado e inesquecível. Te amo meu filho, meu amigo, meu companheiro”, escreveu.

Rio de Janeiro (RJ), 28.04.2024 – Familiares, amigos e fãs se despedem do cantor Anderson Leonardo, do Grupo Molejo. Seu corpo foi velado no Cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil Rio de Janeiro (RJ), 28.04.2024 – Familiares, amigos e fãs se despedem do cantor Anderson Leonardo, do Grupo Molejo. Seu corpo foi velado no Cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Familiares, amigos e fãs se despedem do cantor no Cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Anderson enfrentava um câncer diagnosticado em 2022. Aos 51 anos, ele estava internado no Hospital da Unimed-Rio e seu quadro vinha piorando nos últimos dias. Ele faleceu na sexta-feira (26), deixando quatro filhos.

Natural da capital carioca, Anderson fundou o Molejo no fim dos anos 1980. Além dele, o grupo de pagode foi criado por Andrezinho, Claumirzinho, Lúcio Nascimento, Robson Calazans e Jimmy Batera. Eles gravaram músicas que fizeram sucesso em todo o país, como Cilada, Brincadeira de Criança, Paparico e Clínica Geral.

O primeiro álbum do Molejo foi lançado em 1993. Além de vocalista, Anderson também tocava cavaquinho e compôs diversas canções. Ele assina, por exemplo, o hit Dança da Vassoura. Também é autor de músicas que ficaram conhecidas em gravações de outros grupos, como Cohab City, do Negritude Júnior.

Fonte: EBC GERAL

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