Nova espécie de praga que ataca plantio de mandioca é descoberta em terra indígena no estado

Espécie foi encontrada pela Embrapa em roçado de terra indígena na cidade de Feijó. Duas espécies já existem em outros estados, mas foram registradas pela 1ª vez no Acre e uma foi descoberta pela 1ª vez no Brasil.

Espécies novas foram encontradas pela Embrapa em roçado de terra indígena no interior do Acre — Foto: Divulgação/Embrapa-AC

Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco

Três novas espécies de pragas que atacam as plantações de mandioca foram descobertas por pesquisadores da Embrapa em roçados da terra indígena Kaxinawá de Nova Olinda, na cidade de Feijó, no interior do Acre.

Conforme a pesquisa, duas das espécies já existem em outros estados do Brasil e foram registradas pela primeira vez no Acre, já a terceira foi registrada pela primeira vez em território brasileiro.

Estudos com percevejos-de-renda, coletados em cultivos de mandioca do Acre, confirmaram o primeiro registro oficial das espécies Vatiga manihotae e Vatiga illudens para o estado, e Gargaphia opima para o Brasil, associadas à cultura.

A Embrapa explica que esses insetos-pragas atacam as folhas da planta e podem causar perdas na produção, quando estão em grande número. A descoberta é fruto de pesquisas, realizadas entre 2015 e 2018, com o objetivo de identificar as principais pragas da agricultura indígena e orientar alternativas de controle.

Segundo o pesquisador Rodrigo Santos, coordenador dos estudos, durante os trabalhos de campo foram coletadas diferentes espécies de insetos-pragas nos roçados indígenas, mas três espécies de percevejos–de-renda chamaram a atenção da equipe.

“Com o resultado dessa pesquisa, a gente contribui para saber a distribuição geográfica desse inseto tanto em nível estadual, como nacional. A partir desse tipo de pesquisa básica, acaba subsidiando pesquisas aplicadas no sentido de investigar quais os níveis de danos que podem ser causados por essa espécie que a gente desconhecia no Brasil. Além de saber quais são os meses em que essas populações aumentam e diminuem para que seja feito um método adequado de controle”, explica Santos.

O pesquisador ressalta que a principal estratégia para evitar ataques e minimizar perdas é o monitoramento das pragas nas plantações de mandioca. Segundo ele, é importante fazer vistorias regulares aos plantios para que seja possível adotara medidas efetivas de controle.

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G1 Acre