No Acre, mais de 70 mil pessoas não sabem ler nem escrever, diz IBGE

No Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estado acreano apresenta 12,1% de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais. Quantitativo subiu 3,1% em 12 anos

Censo é uma pesquisa realizada pelo IBGE para fazer uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico do país. Foto: internet

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O Acre registrou, em 2022, a maior taxa de analfabetismo da região Norte entre pessoas de 15 anos ou mais: 12,1%. Isto é o que destaca os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (17). A taxa atual corresponde ao quantitativo de 73.835 pessoas que não sabem ler nem escrever.

Desde a última pesquisa, houve o aumento de 3,1%, já que a taxa de 2010 era de 9%. O número de analfabetos se aproxima ao Censo de 2000, que foi de 14%. Essas e outras informações fazem parte da divulgação do Censo sobre Alfabetização – Resultados do Universo.

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Na capital Rio Branco, o número de pessoas não-alfabetizadas são de 19.495, o que corresponde a 6,96%. Dentre os 22 municípios, Marechal Thaumaturgo teve o maior percentual: 22,83%. Em seguida, vem Feijó (22,65%) e Santa Rosa do Purus (22,6%), na regional do alto acre, os dados mostra que, Xapuri os números chegam 14,61%, já, Epitaciolândia chega a 11,22%, Assis Brasil 14,7%, Capixaba em 15,73% e Brasiléia com 10,73%.

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A nível nacional, os dados mostram que, dos 163 milhões de pessoas com 15 anos de idade ou mais, 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam. Assim, a taxa de analfabetismo foi de 7,0%. No Censo 2010, o analfabetismo foi de 9,6%.

Censo do IBGE

O Censo é uma pesquisa realizada pelo IBGE para fazer uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico do país, já que conta os habitantes do território nacional, identifica suas características e revela como vivem os brasileiros. Veja abaixo dados.

Quantos municípios receberam visita de recenseadores? Todos os 5.568 municípios brasileiros, mais dois distritos (Fernando de Noronha e Distrito Federal), num total de 5.570 localidades.

Quantos domicílios foram visitados? Segundo o IBGE, 106,8 milhões de endereços em 8,5 milhões de quilômetros quadrados.

Quantos questionários foram respondidos? 79.160.207, dos quais 88,9% com 26 quesitos e 11,1% com 77 quesitos. No total, 98,88% das entrevistas foram presenciais; o restante foi pela internet ou por telefone.

Que dados a pesquisa coletou? Além verificar exatamente qual o tamanho da população, o Censo compila dados sobre as características dos moradores (como idade, sexo, cor ou raça, religião, escolaridade e renda) e informações sobre saneamento básico dos domicílios.

Por que o Censo 2022 atrasou? A lei prevê que a pesquisa deve ocorrer a cada dez anos. Como a edição anterior era de 2010, a nova sondagem deveria ter sido realizada novamente em 2020, mas foi suspensa por conta da pandemia. Em 2021, o Censo teve segundo adiamento, desta vez por cortes orçamentários do governo Jair Bolsonaro. Após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), foram liberados R$ 2,3 bilhões solicitados pelo IBGE, que iniciou trabalhos em 1º de agosto de 2022.

 

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