No AC, taxista é baleado na cabeça após pegar presos em presídio e dirige até hospital para receber atendimento

Motorista foi atingido por tiro de raspão e passa bem. Veículo foi seguido por dois homens em uma moto; três presos e uma mulher que estavam no carro não foram feridos.

Marcas dos tiros ficaram na parte traseira do veículo (Foto: Adelcimar Carvalho/G1)

 Com Adelcimar Carvalho - G1 Acre - Cruzeiro do Sul

Um taxista, que preferiu não ter o nome divulgado, foi atingido durante uma corrida por um tiro de raspão na cabeça. O fato ocorreu no município de Cruzeiro do Sul, interior do Acre, no bairro Aeroporto Velho. A vítima não corre risco, já foi liberada do hospital, e passa bem

No momento em que levou o tiro, a o motorista tinha ido pegar três detentos que haviam sido liberados do Presídio Manoel Neri. A irmã de um deles também estava dentro do carro. Nenhum deles foi atingido pelos disparos.

No percurso, os homens foram abordados por dois criminosos em uma motocicleta, que efetuaram os dois disparos. Mesmo machucado, o motorista ainda dirigiu até o Pronto-Socorro para receber atendimento.

Com medo, os detentos desceram do táxi e entraram no hospital para se esconder com medo que os atiradores ainda tivessem a procura deles.

O taxista contou que a mulher chegou na praça onde ele faz ponto e pediu para que ele fosse até a penitenciária pegar o irmão, que tinha saído do presídio.

“Ela e os três presos vinham dentro do carro, aí uma moto se aproximou e os homens dispararam contra o meu carro. Como estávamos próximos do hospital, decidi entrar em busca de socorro. Foi um susto muito grande, agente fica traumatizado com esse tipo de situação”, falou.

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A vítima disse que o clima de insegurança afeta até quem está trabalhando. Ele afirmou ainda que não conhecia a mulher que contratou a corrida e nenhum dos presos.

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“Graças a Deus o médico disse que não corro risco de vida, mas fiquei muito apreensivo com isso. Trabalho como taxista há 18 anos, a gente pensa que esse tipo de coisa nunca vai acontecer, mas nem trabalhando temos segurança”, desabafou.

O delegado plantonista Lindomar Ventura disse que a polícia ainda não tem pistas dos autores.

“Ainda vamos conversa com as vítimas. O fato sinaliza uma tentativa contra pessoas que têm envolvimento com o crime. A ocorrência mostra que quem está no sistema tem comunicação com quem está aqui fora”, afirmou Ventura.

Dos três presos que receberam alvará de soltura, dois têm 22 anos e um de 25 anos. Após o ocorrido, uma viatura da Polícia Militar foi até o PS e levou os homens até suas casas.

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Publicado por
Marcus José