No AC, Dnit diz que está ‘preparado’ caso a BR seja alagada pelo Madeira

Dnit afirma que empresas de manutenção já foram contratadas para a BR.
Superintendente crê em cheia com menor ‘proporção’ que a de 2014.

G1

Dnit diz que empresas de manutenção vão atuar ao longo da rodovia (Foto: Sérgio Vale/Secom Acre)

O superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em Rondônia e Acre, Fabiano Cunha, afirmou, nesta terça-feira (20) durante coletiva em Rio Branco, que o órgão está preparado para uma possível cheia do Rio Madeira, que no início do ano passado deixou trechos da BR-364 alagados e o estado acreano isolado por via terrestre. De acordo com a Defesa Civil Estadual, as águas do Madeira marcam 14,38 metros nesta terça-feira. A cota de alerta é 16,68 metros.

Segundo o superintendente, existe um monitoramento constante da situação do rio e diversas ações já foram estudadas para gerenciar uma possibilidade de uma enchente, como a contratação de empresas de manutenção. No entanto, o Dnit acredita que a quantidade de chuvas em 2014 foi atípica e que, neste ano, não deve se repetir.

Fabiano Cunha, superintendente regional do Dnit, falou em coletiva nesta terça-feira (20), na capital (Foto: Veriana Ribeiro/G1)

“No ano passado, as chuvas foram históricas e não vão se repetir esse ano. Pode ser que haja alagação, mas nós do Dnit estamos preparados para enfrentar imediatamente e responder qualquer necessidade de ação emergencial. Temos empresas de manutenção em todo o trecho, com pessoal e equipamentos mobilizados”, diz.

Com isso, Cunha acredita que a possibilidade de uma cheia do Rio Madeira semelhante a do ano passado é pequena. “Tudo que era possível fazer em termos de restauração da rodovia foi feito. A possibilidade de cheia existe em menor escala, segundo os órgãos que fazem controle e  gerenciamento da questão hidrológica”, afirma.

Outra medida adotada este ano, segundo o superintendente, é a sinalização da BR-364, para facilitar o trajeto, caso as águas ultrapassem o nível da pista.  “Temos um projeto de sinalização emergencial implantado. O trabalho em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, governo do Acre, Defesa Civil de Rondônia e Acre tem sido afinado ao longo desse tempo. Estamos preparados para enfrentar a crise. A população pode continuar tranquila, que estamos a postos para garantir a trafegabilidade e segurança do usuário”, acrescenta.

Segundo o coordenador da Defesa Civil do Acre, coronel Carlos Batista, um plano de contingência já foi elaborado e que o governo também está mobilizado para atuar, tanto para inundação da rodovia quanto no risco de erosão e danificação da pista.

“A BR ficou mais de 60 dias saturada por água, no ano passado, e claro que isso deu problema na base da rodovia. Nesse ano, o nível do rio continua subindo e existe a possibilidade de ocorrer uma nova cheia. Por isso, o estado  já mobilizou os órgãos setoriais de Defesa Civil para dar uma resposta tanto numa situação de inundação da BR quanto de rompimento pela erosão. Estamos preparados”, finaliza.

Cheia história do Madeira e isolamento do Acre
Em 2014, o Rio Madeira registrou sua cheia história, atingindo a marca de 19,74 metros. Por isso, o Acre ficou isolado via terrestre, uma vez que a BR-364 é o único acesso para os outros estados do país. Em abril daquele ano, o governo acreano chegou a decretar calamidade pública.

Na época, os acreanos enfrentaram o racionamento de diversos alimentos nas prateleiras, além de gás de cozinha e combustíveis, o que gerou grandes filas de veículos nos postos.

Já no dia 8 de janeiro deste ano, o governo do estado se reuniu com representantes do Ministério da Integração Nacional para debater a criação de um plano de contingência para uma possível nova enchente.

Na ocasião, o meteorologista do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Luis Alves, disse que a expectativa é que não ocorra este ano uma cheia na mesma proporção da anterior. “Aguardamos uma nova cheia, mas não com a mesma magnitude do ano passado”, falou.

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Publicado por
Alexandre Lima