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Neta de Coronel Alexandrino e mãe do vice-prefeito de Brasiléia morre com sintomas de covid-19

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Carlos Augusto com sua mãe, no dia de sua posse como vice-prefeito por Brasiléia – Foto: Alexandre Lima

Seguindo os padrões exigidos pela Organização Mundial de Saúde – OMS, foi enterrada na manhã deste sábado, dia 4, a mãe do atual vice-prefeito do município de Brasiléia, Carlos Armando de Souza Alves (Carlinho do Pelado).

Dona Vena de Souza Alves, nasceu no dia 27 de abril de 1938. Era figura marcante nas atividades culturais junto com idosos do município de Brasiléia, além de ser muito querida. Aos 82 anos, após três dias no Hospital de Clínicas Raimundo Chaar em Brasiléia para tratamento contra doenças pré-existentes, perdeu a luta pela vida.

Segundo seu filho, após realizarem o teste rápido, foi constatado que Dona Vena teria contraído o vírus covid-19. A suspeita leva a crer que pode ter sido infectada na Capital, quando realizou uma tomografia na cabeça, devido ao tratamento de Alzheimer que vinha lutando a cerca de 12 anos.

Com o filho, nora, netos e bisneto, Dona Vena deixa saudades – Foto: arquivo familiar.

Como poucos sabiam, Dona Vena era neta do revolucionário Coronel Alexandrino José da Silva, que lutou pelo Acre no início de 1900 no século passado, sendo morto em uma emboscada alguns anos após a Revolta de Plácido de Castro, que brigou para anexar o estado ao Brasil, deixando um legado na história.

Dona Vena deixa três filhos; Carlinhos do Pelado, Janete de Souza Alves Barroso e Jeane de Souza Alves, além de nove netos e sete bisnetos. Vários moradores e autoridades de Brasiléia lamentaram a morte, como a prefeita Fernanda Hassem que publicou homenagens à falecida.

O jornal oaltoacre publica uma biografia do avô de Dona Vena, o Coronel Alexandrino que chegou no Acre no final de 1800, morto em uma emboscada, publicada por Nazareno Lima, no ano de 2010.

Veja abaixo.


Biografia do Coronel Alexandrino José da Silva

Cel. Alexandrino José da Silva em 1905, natural do Ceará, (segundo o Dr. Ferreira Sobrinho ele era de Morada Nova) chegou ao Purus em 1896.

Desenho de época do Coronel Alexandrino, avô de Dona Vena – Imagem/Arquivo familiar

Em 1898 trabalhava como aviado do Capitão Leite Barboza no seringal Humaitá no Baixo Acre. Em 1900 arrendou parte do seringal Bom Futuro, um anexo do seringal “Baixa Verde” e vizinho do seringal “Catuaba” e quando houve a Revolta do Cel. Plácido contra a Bolívia, ele ainda estava com esse contrato de Arrendamento. Participou de todas as revoltas que houve no Acre, desde o Combate de Papirí em 1901, até o cerco ao Gen. Pando no Thauamanu em maio de 1903. Era um homem de coragem e muito trabalhador. Em agosto de 1908 cometeu uma grande tragédia: incentivado pelo Prefeito Gabino Besouro, Dr. Gentil T. Norberto e os coronéis Simplício Costa, Antunes de Allencar, Rodrigo de Carvalho e outros – arquitetou uma emboscada que vitimou o Cel. Plácido. Ele sempre negou seu envolvimento nesse fato, porém seus ajudantes da emboscada o acusavam. Quando terminou a Guerra do Acre e da qual era um dos Comandantes, ele arrendou o seringal “Forte Veneza” do Major José Anselmo Melgaço, na Volta da ‘Empreza’ e nessa época ficou ele responsável pelo “Vapor Independência” ex “Rio Affuá” de propriedade dos Revolucionários.

Em 1907 adquiriu o antigo seringal “Flor de Ouro” que estava abandonado desde 1900, por conta do exagerado corte contínuo e era situado na margem esquerda do rio Acre, ali entre a boca do Riozinho e Benfica, também passou a trabalhar para a Prefeitura do Território do Acre, na função de Subdelegado de Polícia.

Logo depois da morte de Plácido, talvez por medo dos amigos de Plácido e também de seu irmão Genesco tentarem fazer alguma vingança, o Cel. Alexandrino apoiado pelo Capitão Francisco Corrêa que era parente seu e funcionário conceituado da Intendência da Vila Rio Branco, pediu sua exoneração ao Pref. Besouro, vendeu o seringal “Flor de Ouro “para o Major Rôlla e comprou algumas propriedades no Alto Acre, incluindo os seringais “Patagônia”, “Porto 14 de Dezembro” e “Buenos Ayres”, este último, na margem direita do rio Acre, portanto em território boliviano.  Estes seringais estavam localizados entre o seringal “Montevidéu” da firma Dias Peixoto & Cia. e o seringal “S. João” de Álvaro de Carvalho. Acontece que Alexandrino sempre teve cisma de andar na Bolívia por medo de alguma vingança dos bolivianos com relação à Revolta de 1902/1903, então arrendou o seringal “Buenos Ayres” para uma firma boliviana de nome Mariz & Rivas. (Mariz era Octavio Mariz, proprietário de duas farmácias em Xapuri e Rivas era Carlos Rivas, seringalista boliviano)

No dia 9 de setembro de 1911 estando ele neste seringal (Buenos Ayres) para acertar o pagamento da referida renda foi assassinado com um tiro de rifle 44.  Segundo o “Jornal Folha do Acre”, ele estava de saída, na beira do rio Acre, sentado numa barrica esperando que seus empregados fizessem a manobra do batelão quando o alvejaram. O acusado foi um boliviano chamado Carlos Rivas, sócio de firma. Segundo o Jornal “Folha do Acre”, o assassinato do coronel Alexandrino foi por contas de uma dívida de 40 Contos de Réis que ele tinha a receber do advogado Bruno Barboza, genro do Dr. Emílio Falcão, ambos de Xapuri. Em 1920, Octávio Mariz (o munheca de tatu assado) foi preso por conta do assassinato do coronel Alexandrino porém, em seguida fora solto, uma vez que Carlos Rivas, o principal assassino, já havia falecido.

Era casado com dona Francellina Maria da Silva e deixou dois filhos: Elisa Maria da Silva e Antônio Alexandre da Silva. Em 1914, dona Francellina e seus filhos ainda estavam trabalhando com estes seringais inclusive com um seu genro, esposo de Elisa, o Capitão Renato Souza.  O seringal “Buenos Ayres” arrendado para o Cel. José Raymundo Pimenta que era também proprietário do seringal Nazareth onde hoje está localizado a cidade de Brasiléia no Alto Acre.

A família do Cel. Alexandrino, depois de sua morte, sempre viveu no Alto Acre e liderada pelo Cap. Renato Souza, casado com Elisa desde maio de 1913, era ele um cidadão muito educado e sabido, administrava e fazia a contabilidade dos seringais “Patagônia” e “Porto 14 de Dezembro”. Em 1912, na reorganização do Território do Acre comandada pelo Prefeito Dr. Deocleciano Coêlho de Souza, foi nomeado 1° Suplente de Juiz Preparador do 3° Termo (de Brasiléia).

Em 1915, o Cap. Renato arrendou o seringal “Corcovado”, que se localizava um pouco acima do seringal Montevidéo, da firma Dias Peixoto & Cia e ali ficou até 1917, quando arrendou o seringal “Reducto” que se localizava abaixo do seringal “Canindé”, ficando ali até por volta de 1919. Em 1920 Renato Souza já havia arrendado o seringal “Natal”, que ficava um pouco acima do seringal “Porto Carlos” de Dom Lizardo Arana.

Com a grande crise da borracha aumentando cada vez mais no Acre, o Cap. Renato passa a trabalhar de guarda-livros, escrivão e Juiz de paz nos seringais “Carmem” e “Porvir”, entre Brasiléia e Xapuri, ali trabalhando até 1930, quando passa a estabelecer-se em Brasiléia e trabalhando na Contabilidade da Prefeitura Municipal.

Em 1926, por conta da morte do Coronel Antônio Vieira de Sousa, escreveu uma crônica elogiando os feitos deste coronel e outros revolucionários falecidos e a publicou no Jornal “Folha do Acre”, essa crônica impressionou os grandes jornalistas do Território do Acre e de Manaus. Por conta disso passou a colaborar com o Jornal “O Acre” a partir de 1929.

Depois da desvalorização da borracha, a partir de 1932 em diante, estabeleceu-se definitivamente em Brasiléia e continuou na Contabilidade daquela Prefeitura.  A partir de 1948, passou ele a contribuir com a Imprensa Acreana de Xapuri e Rio Branco, através de suas crônicas. Ainda em 1948, fundou a primeira Cooperativa dos Produtores Rurais de Brasiléia e neste mesmo ano passa a organizar o “Processo Arantes” na produção de Borracha daquela região.

Em 1958 foi agraciado pelo então governador do Território Fontenele de Castro com uma pensão vitalícia por ser ele veterano da Revolução Acreana.

Em 1961, o Governo do Território baixou uma portaria passando a pensão vitalícia para Elisa viúva do Capitão Renato.

Aquela rua do Bairro do Bosque em Rio Branco – Acre, que leva o nome do Cel. Alexandrino, se faz por contas de uma antiga reivindicação do Cap. Renato Souza, através de suas crônicas em jornais do Território.

O Cap. Renato Souza nasceu no dia 9 de novembro de 1885, possivelmente no Estado do Ceará e faleceu no dia 10 de novembro de 1959, depois de 45 anos de casado com Elisa Maria de Souza, filha do Cel. Alexandrino.

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Ex-prefeito de Cobija preso no Acre, Gatty Ribeiro, aguarda extradição para a Bolívia

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Gatty Ribeiro se encontra na sede da delegacia da Polícia Federal em Epitaciolândia – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

Luis Gatty Ribeiro é investigado por corrupção e crimes contra a saúde pública; prisão foi pedida pela Interpol e autorizada pelo STF

O ex-prefeito de Cobija, capital do departamento de Pando, na Bolívia, Luis Gatty Ribeiro Roca, foi preso pela Polícia Federal na manhã dessa sexta-feira (11), em sua residência no município de Epitaciolândia, interior do Acre. A prisão foi realizada com base em um mandado de prisão preventiva expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Interpol, que também incluiu o nome de Gatty em sua lista vermelha de procurados desde julho de 2023.

O boliviano, que morava há três anos no Brasil, foi conduzido inicialmente à delegacia da PF em Epitaciolândia e, posteriormente, transferido para Rio Branco. Ele deve passar por audiência de custódia neste sábado (12), enquanto aguarda o desenrolar do processo de extradição, que será analisado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

Sede da Polícia Federal na cidade de Rio Branco – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

Gatty Ribeiro é ex-jogador da seleção boliviana de futebol e ganhou projeção política ao ser eleito prefeito de Cobija em 2019, pelo partido de oposição Pando Unido Y Digno (PUD), com 49,1% dos votos. No entanto, sua mudança de legenda em 2021 para o Movimento ao Socialismo (MAS), liderado pelo ex-presidente Evo Morales, causou racha com antigos aliados e acirrou a crise política em torno de sua gestão.

Em 2023, a Justiça boliviana determinou sua prisão preventiva por suspeitas de corrupção envolvendo recursos públicos e por crimes contra a saúde pública, com base no artigo 216 do Código Penal boliviano — que prevê pena máxima de até 4 anos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) no Brasil já havia se manifestado favorável à prisão cautelar para fins de extradição em março deste ano.

O processo agora segue para apreciação da Justiça brasileira, que deverá decidir sobre o envio do ex-prefeito ao país de origem, onde ele deverá responder às acusações.

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Epitaciolândia faz adesão ao Sistema Eletrônico de Informações (SEI)

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Cumprindo extensa agenda na capital do Estado, o prefeito Sérgio Lopes participou de diversas reuniões e encontros. Após uma reunião com os prefeitos na Sede da Amac para tratar do consórcio de Resíduos Sólidos com o presidente da Associação Tião Bocalom, o gestor participou do ato de assinatura da adesão ao Sistema Eletrônico de Informações (SEI).

Com o objetivo de promover a padronização e digitalização da gestão documental e dos processos administrativos em todo o estado, o governador do Acre, Gladson Camelí, assinou, nesta sexta-feira, 11, um termo de cooperação em que, por meio da Secretaria de Estado de Administração (Sead), o governo vai dar suporte e orientar os 22 municípios na implementação do Sistema Eletrônico de Informações (SEI).

A iniciativa visa promover a modernização, digitalização e integração da gestão pública, fortalecendo a transformação digital em todo o território acreano. Com a medida, o Acre se torna o primeiro estado do Brasil a ter todos os municípios neste sistema integrado.

O SEI é distribuído gratuitamente para ser utilizado na gestão eletrônica de documentos e processos administrativos e é uma solução definitiva que permite a eliminação do papel como suporte físico para documentos institucionais. Com a tecnologia, a comunicação passa a ser eletrônica e em tempo real.

O Estado aderiu ao sistema em 2020, confirmando os benefícios desta digitalização. Os mais favorecidos devem ser ainda os municípios de difícil acesso, que devem superar as dificuldades logísticas com essa ferramenta.

Para o governador Gladson Camelí, a medida é uma forma de fortalecer a governança integrada entre Município, Estado e órgãos de controle.

“Essa união em torno de um sistema para desburocratizar as gestões vai ajudar os servidores públicos e também melhorar a prestação de serviços à nossa população. Isso vai permitir a celeridade dos processos administrativos, ganho de produtividade, redução de custos, transparência, modernização e segurança”, destacou.

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Estado e prefeitura de Brasiléia firmam convênio para regularização fundiária e anunciam construção de casas populares

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A Prefeitura de Brasiléia realizou, na última quinta-feira (10), a Conferência Municipal das Cidades, em três eixos diferentes mais com foco principal no planejamento urbano sustentável, mobilidade, habitação, regularização fundiária, saneamento básico, politicas públicas, plano plurianual (PPA), e gestão estratégica e financiamento.

A Conferência teve como tema central construindo a política nacional de desenvolvimento urbano: Caminhos para cidades Inclusivas democráticas, sustentáveis e Justiça social.

O evento reuniu autoridades locais, vereadores, secretários municipais, representantes do governo do estado , técnicos, representantes de movimentos sociais e a comunidade em geral para debater os desafios e soluções para o crescimento ordenado do município.

Durante a conferência, o prefeito Carlinhos do Pelado e o Secretário de Estado de Habitação e Urbanismo ( SEHURB), Egleuso Santiago assinaram um convênio para regularização fundiária e construção de casas populares principalmente para as famílias que moram em áreas atingidas por inundações.

Além das moradias, a iniciativa faz parte de um plano mais amplo de reestruturação urbana, que inclui a melhoria da mobilidade, expansão de áreas seguras e planejamento de infraestrutura básica. A proposta está baseada no crescimento populacional e sustentabilidade, priorizando o bem-estar das famílias atingidas pelas mudanças climáticas e enchentes frequentes.

A assinatura do convênio representa também um marco importante na política habitacional de Brasiléia, e o compromisso das esferas municipal e estadual com a reconstrução e o futuro da cidade.

Prefeito Carlinhos do Pelado destacou a importância da conferência com participação da população e a construção de moradias para as famílias que vivem em áreas urbana de risco.

“Então, após 10 anos estamos realizando essa Conferência das Cidades que é uma oportunidade fundamental para ouvirmos a população e pensarmos juntos o futuro da nossa cidade. É com diálogo e participação que construímos políticas públicas mais justas e eficientes.” E o convênio que assinamos com o governo do estado representa um passo importante também para levar moradias com dignidade a nossa população e tirar essas pessoas das áreas de risco,” afirmou o prefeito.

O Secretário de Habitação e Urbanismo do Governo do Estado reafirmou o compromisso com o município na regularização fundiária e moradias. “Participar da Conferência das Cidades em Brasileia é reafirmar o compromisso do Governo do Estado que está presente em todos os municípios levando o desenvolvimento urbano sustentável e inclusivo. A assinatura deste convênio representa um passo fundamental para garantir segurança jurídica às famílias e promover a dignidade por meio da regularização fundiária,” ressaltou o secretário.

A Secretária Municipal Planejamento Goreth Bibiano destacou os principais objetivos da conferência. “Planejar uma cidade é mais do que organizar espaços — é cuidar das pessoas que vivem neles. A conferência nos permite a perfeiçoar esses sonhos, identificar prioridades e traçar caminhos coletivos para um desenvolvimento sustentável e inclusivo,” destacou a Secretaria.

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