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“Não existe justiça que pague”, diz irmã de jovem decapitada pelo namorado em Rio Branco
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Abinoan Santiago - Colaboração para Universa
“Mais revoltante que a morte foi o que ele fez depois. Não tinha necessidade de fazer dessa forma.” O sentimento de incredulidade de Leandra Silva, de 20 anos, em relação à morte da adolescente Larissa Aurélia da Costa, 17, vítima de feminicídio, reflete o de toda sua família. A adolescente foi decapitada e teve sua cabeça levada até a casa de sua mãe. O namorado, o ex-agente penitenciário Ivanhoé de Oliveira Lima, 37, confessou o crime.
O assassinado brutal aconteceu na madrugada de 21 de fevereiro, em Rio Branco. A Polícia Militar do Acre prendeu o ex-agente penitenciário no mesmo dia, em flagrante, quando ele estava reunido com amigos bebendo, em uma arquibancada de um campo de futebol.
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Larissa Aurélia da Costa, morta decapitada pelo namorado
Segundo Leandra, que é irmã de Larissa por parte de pai, a família continua sofrendo muito com a brutalidade com que a adolescente foi assassinada. A mãe de Larissa mudou de estado um dia depois do crime, numa tentativa de amenizar a dor da perda da filha. O pai, que é pastor, permanece em choque. Leandra é a única que teve condições de conversar.
“Meu pai até agora não saiu de casa, não consegue falar com ninguém, está muito abalado. Logo depois do velório, foi para um retiro da igreja”, diz ela. “Não existe justiça que pague pelo que ele fez. Nem se fosse torturado, preso ou morto”, desafaba ela sobre o acusado pelo crime. “Nada vai confortar e nada vai trazer a minha irmã de volta. Ela era súper do bem, doce e se dava bem com todo mundo. Ainda era uma menina. É bem difícil falar, é revoltante.”
Ameaçou na frente da sogra
De acordo com Leandra, o cunhado, que morava com a namorada fazia cerca de dois anos, havia ameaçado fazer o que fez meses antes, em setembro de 2019. Em uma briga na frente da mãe de Larissa, o ex-agente penitenciário afirmou que mataria a namorada e levaria a cabeça até a porta da casa da sogra.
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Leandra (à esquerda) e Larissa: irmãs por parte de pai.
“Ele bateu nela várias vezes antes disso”, conta Leandra. “Na última vez, Larissa foi para a casa da mãe dela e se escondeu, dizendo que estava com medo. Passou o dia todo chorando, mas sem dizer o motivo.”
À tarde, segundo a irmã, Ivanhoé foi buscar Larissa na casa da sogra, “Ele bateu nela lá mesmo e prometeu que iria entregar a cabeça dela na porta da casa da mãe na próxima vez que sentisse raiva. Era um relacionamento extremamente abusivo.”
Grito seguido de silêncio
Na noite do crime, a vizinha do casal foi quem primeiro desconfiou de uma tragédia. Ela costumava ouvir discussões longas do casal, mas, naquela ocasião, escutou apenas um grito de Larissa, seguido de silêncio. Preocupada, decidiu verificar se a garota estava bem.
“Ela viu a porta aberta e só o corpo, sem a cabeça, e mais ninguém”, conta Leandra. “Ela então acompanhou o rastro de sangue e chegou na casa da mãe da Larissa, onde viu a cabeça. Foi um desespero. Nunca imaginamos que algo assim iria acontecer com nossa família.”
O ex-agente penitenciário teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e aguarda o julgamento na Penitenciária de Rio Branco. Ele trabalhou no Instituto de Administração Penitenciária do Acre de 2010 a 2013, quando saiu após ser condenado por improbidade administrativa. Nos últimos tempos, trabalhava em um lava-jato. O suspeito não informou o motivo do assassinato, segundo a Polícia Civil.
Liberdade cerceada
Quando conheceu Ivanhoé, Larissa tinha apenas 14 anos. Frequentava uma igreja evangélica e estava terminando a oitava série do ensino fundamental. Quando começou a namorá-lo, parou de estudar, mas permanecia com o desejo que cursar o ensino médio.
O relacionamento do casal era, segundo a irmã, bastante conturbado em razão do comportamento abusivo do ex-agente penitenciário. Larissa era impedida de visitar a família, sair com amigas, ir na igreja e até de ter um celular.
“Não sabemos o motivo [do crime]. A Larissa passou o dia na casa da mãe dela lavando roupa e depois foi para casa dormir. Acreditamos que tenha sido um motivo muito fútil, porque ela não saía, não tinha celular e era muito controlada por ele”, diz a irmã.
Segundo Leandra, mesmo antes de namorarem, Ivanhoé dava sinais de ser controlador. Sempre dizia a Larissa que só a deixaria “em paz” quando a conquistasse. Depois de oficializarem o relacionamento, Larissa passou morar com o ex-agente penitenciário.
Adolescente voltaria a estudar
“Quando eles começaram a namorar, nos distanciamos um pouco, mas a Larissa me visitava e conversávamos muito. Por eu não aceitá-lo, ele não a deixava me visitar. Ele batia nela e tínhamos muito medo de nos meter. Ela temia se separar por receio do que poderia acontecer com a gente.”
Pouco antes de morrer, Larissa parecia animada com o fato de voltar a estudar. As aulas começariam nesta segunda (2). “Ela tinha muita vontade de retomar os estudos e tinha acabado de se matricular para iniciar o ensino médio. Ela o conheceu quando estava terminando o ensino fundamental.”
A adolescente também queria, de acordo com Leandra, retornar para a casa do pai, mas tinha medo de terminar o namoro e sair da casa de Ivanhoé. “A principal vontade dela era morar com o nosso pai como quando era criança. Eles eram muito apegados.”
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Deputado Tadeu Hassem solicita reforma na quadra do Instituto Odilon Pratagi, em Brasiléia
No pequeno expediente desta terça-feira (25) da Assembleia Legislativa do Acre, o deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) fez uma indicação solicitando do executivo estadual a reforma do telhado da quadra de esportes da Escola Estadual Instituto Odilon Pratagi (IOP), em Brasiléia.
O parlamentar destacou a importância do esporte para a juventude e ressaltou que a estrutura atual da quadra precisa de melhorias para garantir segurança aos alunos e à comunidade escolar.
“O esporte salva vidas. Ele tira jovens das ruas e da criminalidade, oferecendo oportunidades e um caminho mais saudável. Nossos alunos merecem uma quadra segura e adequada para a prática esportiva, além de um espaço adequado para outras atividades da escola”, afirmou Hassem durante seu discurso na tribuna.
O deputado também reconheceu o apoio do governo estadual em iniciativas voltadas para Brasiléia e demonstrou confiança de que a solicitação será atendida.
“Brasiléia sempre contou com o olhar sensível do governo, e tenho certeza de que não será diferente com essa importante escola”, declarou.
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Prefeitura entrega cadeira de rodas para criança com necessidades especiais em gestão de apoio à inclusão
Pais de Yara da Silva Gomes recebem o equipamento das mãos do prefeito e do secretário de saúde; iniciativa visa melhorar qualidade de vida da família
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Durante a cerimônia, o prefeito destacou a importância de políticas públicas que garantam dignidade e qualidade de vida para todos os cidadãos. Foto: assessoria
Na manhã desta segunda-feira, 24, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realizou a entrega de uma cadeira de rodas para Yara da Silva Gomes, uma criança portadora de necessidades especiais. O equipamento, que promete facilitar o dia a dia da pequena Yara e de seus pais, Sebastião e Maria Luzia, foi entregue pessoalmente pelo prefeito Sérgio Lopes e pelo vice-prefeito Sergio Mesquita, que também ocupa o cargo de secretário de Saúde.
A iniciativa faz parte das ações da gestão municipal voltadas para a inclusão e o apoio às famílias que enfrentam desafios relacionados à mobilidade e à acessibilidade. Durante a cerimônia, o prefeito destacou a importância de políticas públicas que garantam dignidade e qualidade de vida para todos os cidadãos. “É nosso dever proporcionar condições para que famílias como a de Yara possam viver com mais conforto e autonomia”, afirmou Sérgio Lopes.
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O equipamento, que promete facilitar o dia a dia da pequena Yara e de seus pais, Sebastião e Maria Luzia, foi entregue pessoalmente pelo prefeito Sérgio Lopes e pelo vice-prefeito Sergio Mesquita. Foto: assessoria
Os pais de Yara agradeceram emocionados pelo gesto. “Essa cadeira de rodas vai mudar nossa rotina, dando mais liberdade e facilidade para cuidar da nossa filha”, disse Maria Luzia. A entrega do equipamento reforça o compromisso da administração municipal com a saúde e o bem-estar da população, especialmente daqueles que mais precisam de atenção e cuidado.
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A iniciativa faz parte das ações da gestão municipal voltadas para a inclusão e o apoio às famílias que enfrentam desafios relacionados à mobilidade e à acessibilidade. Foto: assessoria
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BOPE apreende mais de 3kg de drogas e prende suspeito em Epitaciolândia
Na manhã desta Segunda (24), uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) de Rio Branco, atuando na Operação Protetor, realizou a prisão de um homem já conhecido na região por envolvimento com receptação de motos roubadas e tráfico de drogas. A ação aconteceu no bairro Beira Rio, em Epitaciolândia.
De acordo com as informações , durante a abordagem, foram encontrados mais de 3kg de entorpecentes, maconha, em posse do suspeito. A prisão ocorreu como parte da missão do Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (GIRO), que tem como objetivo o combate ao tráfico de drogas e outros crimes na região.
A Operação Protetor visa intensificar o policiamento em áreas estratégicas para coibir atividades criminosas e garantir maior segurança à população. O suspeito foi encaminhado às autoridades competentes para os procedimentos cabíveis.
A presença do BOPE na cidade reforça o compromisso das forças de segurança no combate ao crime organizado e na manutenção da ordem pública em todo o estado do Acre.
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