Cotidiano

Mulher perde R$ 60 mil em golpe de venda de casa em Cruzeiro do Sul

De acordo com o delegado, a dinâmica dos golpistas é possui um padrão. Eles assumem a venda de um objeto ou propriedade que não pertence a ele, negocia com o proprietário do bem e com uma terceira pessoa

O dinheiro já foi retirado ou espalhado em outras contas. Além disso, por envolver números e contas bancárias que não pertencem aos golpistas, as investigações podem levar meses. Foto: assessoria

Com assessoria 

O aumento de golpes virtuais que vem ocorrendo em Cruzeiro do Sul na região do Juruá, está preocupando as autoridades. O delegado da Polícia Civil, Lindomar Ventura, explica a dificuldade de localizar os golpistas e os valores perdidos pelas vítimas. Ele conta que os golpes geralmente ocorrem com a venda de casas, veículos, celulares, gados, etc, e que os estelionatários sempre envolvem uma terceira pessoa.

De acordo com o delegado, a dinâmica dos golpistas é possui um padrão. Eles assumem a venda de um objeto ou propriedade que não pertence a ele, negocia com o proprietário do bem e com uma terceira pessoa. Ao vendedor do produto, ele conta que irá comprar para uma outra pessoa, e fará a ligação entre eles, assumindo a posição de vendedor. Para a terceira pessoa que está interessada em comprar o produto, ele oferece por um valor mais barato e espera a transferência, afirmando que passará para o dono.

Quando a terceira pessoa realiza a transferência, o estelionatário bloqueia ambas as partes e some. Assim, as duas pessoas enganadas ficam com prejuízo, tanto o vendedor, que aguarda o pagamento, quanto o comprador, que realiza a transferência por um valor menor e fica requerendo a propriedade, seja moto, casa ou celular.

Lindomar explica que a investigação de estelionato é dificultosa, e que raramente a pessoa que efetuou o pagamento consegue recuperar o dinheiro. Mesmo quando encontram as contas, o dinheiro já foi retirado ou espalhado em outras contas. Além disso, por envolver números e contas bancárias que não pertencem aos golpistas, as investigações podem levar meses.

“Eles usam linhas telefônicas e um chip que não estão vinculados ao nome deles, às vezes, o nome é vinculado a uma pessoa que nem sabe que tem aquela linha telefônica vinculada. […] Essas pessoas na maioria das vezes não têm ideia de que seu nome está sendo usado para registro de um chip ou que aquela conta [bancária] que está em nome dele esteja sendo utilizada, então tudo isso dificulta muito.”

O delegado explica que a investigação de estelionato é dificultosa, que raramente a pessoa que efetuou o pagamento consegue recuperar o dinheiro. Mesmo quando encontram as contas, o dinheiro já foi retirado ou em outras contas. Foto: assessoria

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Publicado por
Marcus José