Motorista de aplicativo é agredido por taxistas e categoria faz ato em frente a delegacia em Rio Branco

Motorista disse que, assustado, ainda tentou correr, mas não conseguiu ir muito longe. Ele teve a roupa rasgada, ferimentos na boca e no pescoço.

Motorista de aplicativo foi agredido na rodoviária de Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal

O motorista de aplicativo José Francisco, de 26 anos, foi agredido por um grupo de taxistas na manhã desta sexta-feira (23), na rodoviária de Rio Branco, quando aguardava por um passageiro.

“Me abordaram de maneira inadequada. Veio um taxista por trás, puxou a minha camisa e rasgou. Logo em seguida eu contestei. Veio outro por trás e deu uma gravata. Tentei me defender, mas eram muitos taxistas e me cobriram no cacete”, contou José Francisco.

O motorista disse que, assustado, ainda tentou correr, mas não conseguiu ir muito longe. Ele teve a roupa rasgada, ferimentos na boca e no pescoço.

Após a confusão, o grupo, de pelo menos 15 taxistas, e a vítima foram levados a Delegacia de Flagrantes (Defla), onde foram ouvidos pela polícia.

De acordo com o representante da categoria, Rodrigo Vale, a agressão teria ocorrido por causa de transporte clandestino e os taxistas acusaram o motorista de aplicativo de estar abordando as pessoas na rodoviária.

Motoristas de aplicativo se reuniram em frente a Defla — Foto: Quésia Melo/Rede Amazônica

“Outro colega que estava lá viu tudo e é testemunha no caso. Ele me chamou pelo grupo e a gente espalhou. Ele foi agredido por cerca de 15 motoristas. Por mais que ele tivesse de fato fazendo transporte clandestino, o escritório da RBtrans é lá. Os taxistas perderam totalmente a razão quando partiram para a agressão”, disse Vale.

Descontentes com a situação, um grupo de motoristas de aplicativo chegou a se reunir em frente à Defla. O representante do sindicato dos taxistas, Espiridião Teixeira, também foi à delegacia.

Assédio

O presidente do sindicato dos taxistas, Esperidião Teixeira, disse que há vários dias ocorre um assédio dos motoristas de aplicativo na rodoviária, no desembarque dos ônibus.

“Nem nós, os taxistas que são autorizados pra lá, podemos fazer. A conversa contada é que o taxista teria chamado o fiscal da Ageac e houve desentendimento a partir daí. Houve empurra, empurra. Por isso, não contiveram os ânimos e foram conduzidos à Defla”, disse.

Colaborou Quésia Melo da Rede Amazônica

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Publicado por
G1 Acre