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Moro autoriza envio de 30 homens da Força Nacional para combate às queimadas no Acre
Governo do Acre enviou um documento para Brasília no solicitando reforço desses 30 homens da Força Nacional, no último dia 6 de setembro.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro,autorizou o envio da Força Nacional de Segurança Pública, “em caráter episódico e planejado”, em apoio às ações de combate a queimadas no Acre.
Por Alcinete Gadelha, G1 AC — Rio Branco
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou o envio da Força Nacional de Segurança Pública, “em caráter episódico e planejado”, em apoio às ações de combate a queimadas no Acre. 30 homens devem chegar ao estado nesta terça-feira (17).
A decisão está em uma portaria publicada nesta terça-feira, no Diário Oficial da União (DOU). O governo do Acre enviou um documento a Brasília solicitando o reforço desses 30 homens , no último dia 6 de setembro.
O reforço vai ajudar todas as equipes envolvidas nos trabalhos de combate e prevenção aos incêndios no estado. De acordo com a portaria, a atuação da Força Nacional será até o dia 24 de setembro e o prazo de apoio poderá ser prorrogado, se necessário.

Queimadas no Acre chegaram a 1,5 mil focos, na primeira quinzena de setembro — Foto: Kelton Pinho/Rede Amazônica
Focos de queimadas no Acre
Dados da Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema) mostram que mais de 1,5 mil focos de queimadas já foram registrados nos primeiros 15 dias de setembro. Os números foram divulgados no monitoramento de queimadas, nesta segunda-feira (16).
Os municípios de Sena Madureira, Feijó e Rio Branco lideraram o ranking com maior acumulado de focos de queimadas, segundo o levantamento.
No acumulado de janeiro até 15 de setembro deste ano foram registrados 4.963 focos, segundo dados do satélite de referência da Sema.

Governo do Acre pede apoio das Forças Armadas para combate de queimadas — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
Situação de emergência
Em agosto, no boletim divulgado até o dia 25, o estado tinha registrado mais de 2,4 mil focos de queimadas. A situação levou o governo do Acre decretar, dia 23 do mesmo mês, estado de emergência.
O decreto levou em consideração a escassez de chuva, a baixa umidade relativa do ar e as queimadas.
No estado acreano, os municípios de Feijó, Tarauacá e Sena Madureira são os que mais registraram focos de queimadas entre 1º e 25 de agosto. Somados, as cidades registraram 1.232 mil focos, sendo Feijó com 576, Tarauacá com 377 e Sena Madureira com 279.
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Bolsonaro cobra posicionamento de governadores de direita sobre inelegibilidade: ‘Vou até o último segundo’

Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cobrou, nesta quarta-feira (14), governadores de direita um posicionamento contra a sua inelegibilidade. Pediu que questionem publicamente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Não é estratégia política, vou até o último segundo. Michel Temer até entrou nessa questão… É direito do Michel Temer, ninguém que entrou na política esquece… Mas gostaria, não posso obrigar, que os governadores falassem: ‘Bolsonaro está inelegível por quê? Essas acusações valem?’”, afirmou Bolsonaro em entrevista ao Canal UOL.
A fala ocorre em meio a incômodo de bolsonaristas com declaração do ex-presidente Michel Temer (MDB) sobre união de candidatos de centro-direita em 2026, sem menção a Bolsonaro nem à ex-primeira-dama Michelle. Temer disse ao programa Canal Livre, da Band, que teve conversas com alguns governadores e que eles estão muito dispostos.
Bolsonaro evitou citar nomes, mas os governadores que disputam o seu espólio eleitoral são Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Ronaldo Caiado (União), de Goiás; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Ratinho Jr (PSD), do Paraná.
“Costumo dizer, eleição sem meu nome na chapa é negação da democracia. Isso que Alexandre de Moraes faz lá fora é conhecido como law fare. Romênia, França, Estados Unidos… É para tirar de combate”, afirmou o ex-presidente em outro momento da entrevista.
Questionado sobre possíveis candidaturas da ex-primeira Michelle e do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, o ex-presidente afirmou que “não pode bater o martelo agora”.
“A Michelle não pediu para entrar nas pesquisas, botaram o nome dela e ela tem aparecido na frente do Lula. Quem é a Michelle? É uma pessoa como primeira-dama, no meu entendimento, que foi exemplar. É uma mulher, fala bem, é evangélica, então tem o carinho de uma parte considerável da população”, falou Bolsonaro.
“Então ela pode ser candidata? Não sei. O outro é o Eduardo (Bolsonaro), que está nos Estados Unidos, que aparece em pesquisas por aí também, perdendo para o Lula, mas aparece. Tem muito tempo até lá. Eu não posso bater o martelo agora”, completou.
Bolsonaro acredita que STF vai reverter decisão contra Ramagem e diz trocar mensagens com Motta
Na mesma entrevista, Bolsonaro voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e disse acreditar na reversão da decisão da Corte sobre o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) no inquérito que apura suposta tentativa de golpe de Estado de 2022, o que poderia beneficiar o ex-presidente.
“A ação penal é uma só, não tem só essa ou aquela. Que mande suspender a ação penal. Eu estou no Supremo, junto a outros militares, por causa do Ramagem. Eu acredito que o STF vai acolher este recurso do Hugo Motta”, afirmou.
Bolsonaro contou que vem trocando mensagens com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre este e outros assuntos dos campos jurídico e político. “Mando algumas mensagens pra ele”, disse o ex-presidente.
Na terça (13), Motta apresentou uma ação ao STF que pede a suspensão completa do processo contra Ramagem no inquérito da tentativa de golpe de. Na última semana, a Câmara aprovou a suspensão da ação contra o parlamentar.
“Por meio de uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), a ser julgada pelo plenário do STF, esperamos que os votos dos 315 deputados sejam respeitados. A harmonia entre Poderes só ocorre quando todos usam o mesmo diapasão e estão na mesma sintonia”, escreveu o presidente da Casa em publicação no X.
Também na terça, Alexandre de Moraes, suspendeu parcialmente a ação penal contra o ex-diretor da Abin no governo Bolsonaro. A Primeira Turma da Corte decidiu, por unanimidade, que a suspensão determinada pela Câmara vale exclusivamente para os crimes supostamente cometidos após sua diplomação como parlamentar, como dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de bem tombado.
Já os crimes apontados na ação penal à qual o parlamentar é réu cometidos antes da diplomação são associação criminosa armada, golpe de Estado e abolição do Estado democrático de direito.
Ex-presidente diz que Moraes tem “gana persecutória” contra ele
Bolsonaro disse, ainda na entrevista ao UOL, que Moraes tem “gana persecutória” contra ele e o acusou de “pular etapas” para condená-lo nas ações sobre a tentativa de golpe para impedir que o presidente Lula (PT) assumisse o cargo, que tramitam na Corte.
“Poderia ser por jogar papel no chão”, disse o ex-presidente, ao questionar as motivações de sua inelegibilidade. Ele voltou a dizer que foi condenado apenas por se reunir com embaixadores no Palácio da Alvorada e por fazer um discurso “no carro de som do (pastor) Silas Malafaia” após as comemorações do 7 de Setembro de 2022, “Ou seja, é um julgamento político. Não justifica o que tá acontecendo”, criticou.
Bolsonaro ficou inelegível por duas ações distintas no TSE. Em uma delas por ter feito alegações falsas sobre o processo eleitoral durante a reunião com embaixadores, que foi transmitida pela TV Brasil, uma TV pública. Neste caso, ele foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, e não pela reunião.
Na segunda ação, ele e o candidato a vice em 2022, general Walter Braga Netto, foram condenados por abuso de poder político e econômico. A condenação ocorreu pelo uso eleitoral das comemorações do Bicentenário da Independência em 7 de Setembro de 2022.
Na ocasião, como pré-candidato à reeleição, Bolsonaro fez um discurso com conotação de campanha. “A vontade do povo se fará presente no próximo dia 2 de outubro. Vamos todos votar, vamos convencer aqueles que pensam diferente de nós, vamos convencê-los do que é melhor para o nosso Brasil”, disse o então presidente na época.
FONTE: O TEMPO
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