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Brasil

Ministério lança plataforma de acompanhamento do comércio eletrônico

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E-commerce cresce 20% em 2022 e movimenta R$ 187,1 bilhões no país

Brasília (DF), 11/05/2023 – O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) lança o Observatório do Comércio Eletrônico. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Impulsionada pela pandemia da covid-19, a crescente venda de produtos e serviços pela internet motivou países e organizações a buscarem formas mais eficazes de diagnosticar a evolução do comércio eletrônico.

No Brasil, onde a movimentação de valores pelo chamado e-commerce cresceu mais de cinco vezes em sete anos, saltando de R$ 35 bilhões, em 2016, para R$ 187 bilhões, em 2022, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços decidiu criar e disponibilizar ao público uma plataforma digital para mapear o setor.

Apresentada hoje (11), a nova plataforma do Observatório do Comércio Eletrônico foi desenvolvida em parceria com a Receita Federal, cuja base de dados sobre a nota fiscal eletrônica alimenta a ferramenta disponível na internet. Além de uma visão geral sobre as vendas eletrônicas no país, o painel também discrimina as categorias de produtos mais comercializados, os valores das transações, as unidades da federação de origem e destinatários dos bens e serviços negociados e tendências do setor.

Ao consultar a ferramenta, é possível verificar, por exemplo, que entre 2016 e 2022 o produto que movimentou o maior montante foi o telefone celular, com 11,5% do total de vendas ou o equivalente a R$ 72,1 bilhões em dinheiro, incluindo smartphones.

Na sequência vêm os televisores (4,5%, ou R$ 28 bilhões) e os notebooks, tablets e similares (R$ 21 bilhões em vendas). A venda de livros, brochuras e impressos semelhantes respondeu por 2,6% do total, totalizando R$ 16,8 bilhões (2,6%) – percentual e valor superior à venda de máquinas de lavar roupas.

“Termos uma plataforma como esta, com acesso a informações, é extremamente importante para analisarmos o mercado, as oportunidades e os desafios, proporcionando aos atores que compõem este ecossistema indicativos que possam promover o aumento das vendas ou até mesmo reduzir os custos de transações”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do ministério, Uallace Moreira Lima.

Plataforma pública

A diretora do Departamento de Comércio e Serviço da pasta, Adriana Azevedo, destacou que o painel do Observatório do Comércio Eletrônico é a primeira plataforma pública de acesso irrestrito e gratuito a detalhar a dinâmica do comércio eletrônico no país. “As atuais fontes de informação sobre o comércio eletrônico são, na maioria das vezes, privadas, pagas e feitas na forma de pesquisas. No painel, os dados são [aferidos] em uma base mais censitária”, explicou Adriana.

Segundo a diretora, a ferramenta ministerial vai complementar as já existentes. “Acreditamos que, além de nortear políticas públicas, o dashboard [painel] poderá trazer informações gerenciais relevantes para que gestores privados tomem decisões.”

O chefe da Divisão de Comércio Digital do ministério, Marcos Lamacchia Carvalho, reforçou o argumento de que a divulgação de informações atualizadas sobre o comércio eletrônico irá subsidiar os empresários do setor. “Um produtor de vinhos do Rio Grande do Sul, por exemplo, pode verificar como está a venda do produto [pela internet] no Acre, em Roraima ou Rondônia”, disse. Ele destacou que a ferramenta também tornará mais fácil identificar se as desigualdades regionais verificadas no comércio tradicional se repetem quando as vendas são fechadas pela internet.

Segundo dados apresentados por Carvalho, apesar de um “crescimento acentuado”, as regiões Norte e Nordeste, juntas, responderam por apenas R$ 18,16 bi dos R$ 187 bi que o e-commerce movimentou no Brasil, em 2022. Na primeira, a quantia movimentada saltou de R$ 360 milhões para R$ 1,86 bi entre 2016 e o ano passado. No Nordeste, as transações passaram de R$ 2 bi para R$ 16,3 bi no período.

Em meados de 2022, a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) alertaram para a necessidade dos governos nacionais apoiarem as empresas a se adaptarem ao contexto de transformação digital a fim de aproveitarem as oportunidades digitais. Para os especialistas da organização que faz parte do secretariado da Organização das Nações Unidas (ONU), países que não dispõem de estatísticas fidedignas sobre o uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC) pelas empresas e sobre o ambiente de negócios na internet “enfrentam barreiras na implementação das políticas necessárias para apoiar as empresas na adaptação e no benefício das ferramentas e tecnologias digitais”.

Edição: Maria Claudia

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Mais de 400 toneladas de donativos são enviadas ao Rio Grande do Sul

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Duas aeronaves KC-390 Millennium, do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1° GTT), Esquadrão Zeus da Força Aérea Brasileira (FAB), decolaram, neste sábado (11), às 7h30, da Base Aérea de Brasília, transportando cerca de 40 toneladas de itens doados, 20 em cada aeronave, em direção à Base Aérea de Canoas (RS).

De acordo com a FAB, além disso, por meio da Campanha Todos Unidos pelo Sul, 380 toneladas de alimentos e materiais doados estão sendo levados por 19 carretas do Exército e de empresários voluntários, que se disponibilizaram a ajudar no transporte via terrestre. Conforme a FAB, a ação conjunta vai viabilizar a chegada ao estado de mais de 425 toneladas de itens.

Desde o dia 30 de abril, a FAB atua na Operação Taquari 2 por meio da coordenação do Comando de Operações Aeroespaciais (Comae). Nos locais, faz o resgate de atingidos, como também arrecada e transporta donativos em apoio à população atingida pelas enchentes.

Ajuda pelo mar

Em outra ação, o Navio Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, o maior navio de guerra da América Latina, considerado pela Marinha como o seu principal meio naval, atracará hoje, às 14h, no município de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, junto com a Fragata Defensora. De acordo com a força, a chegada das embarcações vai multiplicar a ajuda que vem sendo prestada pelos fuzileiros navais no estado.

Segundo a Marinha, com o navio e a fragata, chegarão 1.350 militares, 154 toneladas de donativos, 38 viaturas do Grupamento de Fuzileiros Navais em Apoio à Defesa Civil, 24 embarcações de pequeno e médio porte, três helicópteros, além de duas estações móveis para tratamento de água, capazes de produzir um total de 20 mil litros de água potável por hora.

“Nós vamos abrir novas frentes de trabalho, como por exemplo a desobstrução de vias, a produção de água potável, a distribuição dessa água como também alimentos. Também teremos muito mais mobilidade aquática. As estações de tratamento de água têm a capacidade de transformar água não tratada em água potável ideal para o consumo humano e de produzir 20 mil litros por hora”, disse o capitão de mar e guerra Dirlei Donizete, comandante do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais em Apoio à Defesa Civil, em vídeo divulgado pela Marinha.

Fonte: EBC GERAL

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Christian Dunker, Geni Núñez e Sérgio Vaz participam da Feira do Livro

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A Feira do Livro, festival literário gratuito realizado na capital paulista desde 2022, divulgou nesta sexta-feira (10) mais 11 autores convidados que participarão de eventos da programação. Entre os novos nomes, estão o psicanalista Christian Dunker; a ativista indígena e psicóloga Geni Núñez; o poeta Sérgio Vaz e a escritora Lilia Guerra, que traz à tona personagens da periferia paulistana.

Além desses, participarão da feira Adelaide Ivánova, Betina González, Michael Nieva, Mar Becker, Julia de Souza, Odorico Leal e Pablo Casella. Ao todo, já foram divulgados 35 nomes.

O diretor geral do evento, Paulo Werneck, destaca a variedade de temas e autores da programação, que abrange a riqueza do mercado editorial brasileiro. “A gente procura trazer para a Feira do Livro novidades das livrarias, os destaques, os principais escritores do Brasil e do mundo, sempre numa perspectiva de diversidade, de experiências diferentes, gêneros diferentes”. 

A feira tem poesia, literatura infantil e para adultos, história, entre outros temas.

Um dos destaques do evento é o psicanalista Christian Dunker, convidado para um dos debates. “É um dos principais psicanalistas do país, uma figura importantíssima no pensamento brasileiro, que ajudou muita gente a enfrentar a pandemia. E ele publicou um livro sobre o luto. Quando ele perdeu a mãe, superou esse luto escrevendo um livro, que é uma mescla de experiência pessoal com um manual de psicanálise”, disse Werneck.

O autor argentino Michel Nieva, autor do livro Dengue boy: A infância do mundo, também é destaque da feira. “É um livro muito curioso, que trata desse tema que está fazendo parte do nosso dia a dia, a dengue, só que visto pelo ponto de vista da literatura fantástica, tem um certo humor, mas ao mesmo tempo tem uma denúncia”, relata Werneck. Ele ressalta que tem um grupo expressivo de autores argentinos presentes esse ano. Além de Nieva, outros argentinos confirmados são Betina González, Camila Fabbri, Camila Sosa Villada e Claudia Piñeiro.

Golpe e Diretas Já

Neste ano, quando se rememora os 60 anos do golpe militar de 1964 e os 40 anos do comício das Diretas Já, a feira levará discussões sobre os temas ao público. A Praça Charles Miller, local onde acontecem as edições da Feira do Livro em São Paulo, foi palco do início das mobilizações pelas eleições diretas para presidente, conforme revelou o ex-deputado estadual de São Paulo Adriano Diogo (PT) à Agência Brasil.

Um dos responsáveis pela mobilização e por arrecadar recursos para a realização dos comícios, Diogo contou sobre o começo do movimento em 1983, com um pequeno evento na Charles Miller. “Quando acabou a eleição [para governador, em 1982], estávamos em uma situação dificílima. Então, o [ex-deputado] José Dirceu foi procurar o governador Franco Montoro, montou o comitê pelas diretas e o primeiro ato pelas eleições diretas foi esse pequeno comício”, lembra o político.

O diretor da Feira do Livro confirmou que a ditadura é um assunto que estará presente no evento. “Vai ter com certeza uma mesa sobre os 60 anos do golpe, com o grande historiador Luiz Felipe de Alencastro, que é um dos maiores historiadores brasileiros hoje. Ele está publicando um livro sobre a ditadura brasileira vista a partir de Paris, onde ele estava exilado naquela época”, adiantou Werneck.

“Ele escrevia no Le Monde, um jornal francês, crônicas que eram uma denúncia sobre a ditadura brasileira. Essa notícia de que o governo torturava, prendia e várias outras ações autoritárias ainda não eram amplamente conhecidas na Europa. Então essas crônicas dele ajudaram a espalhar a notícia”, acrescentou.

Meio ambiente

Assunto em destaque na última semana por causa da catástrofe climática no Sul do país, o meio ambiente também será assunto de debate na feira. O ensaísta e jornalista João Moreira Salles promoverá um debate a partir do bioma amazônico, que é tema de seu livro Arrabalde. “Ele lançou um livro sobre a Amazônia, que é um grande assunto internacional, uma grande preocupação do mundo é a preservação da Amazônia e da população amazônica, da população indígena, ribeirinha”, disse Werneck.

“[Salles] passou uma temporada na Amazônia, fez uma série de reportagens que saíram na revista Piauí, e depois lançou esse livro. Ele vai falar [na feira] desse livro e de como a Amazônia se transformou. Era um lugar muito periférico, se você pensar algumas décadas atrás, e hoje é um lugar que está no centro das preocupações do mundo”, disse.

Instalada na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, a edição deste ano terá maior duração, com 9 dias de programação, de 29 de junho a 7 de julho. Realizada pela Associação Quatro Cinco Um e Maré Produções, a feira pretende reunir alguns dos destaques da cena literária brasileira e internacional para os debates.

Fonte: EBC GERAL

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Número de mortos no RS sobe para 136; desaparecidos chegam a 125

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Boletim divulgado na manhã deste sábado (11) pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualiza para 136 o número de mortos em razão das enchentes no estado. Há ainda 756 pessoas feridas enquanto 125 seguem desaparecidas.

Até o momento, 444 municípios foram afetados pelos fortes temporais que atingem o estado desde o fim de abril. Os números mostram 71.398 pessoas em abrigos, 339.928 desalojadas e um total de 1.951.402 pessoas afetadas.

O boletim contabiliza 74.153 pessoas resgatadas e 10.348 animais resgatados. O efetivo que atua neste momento no estado é de 27.589 pessoas, que contam com 4.398 viaturas, 41 aeronaves e 340 embarcações.

Guaíba e Lagoa dos Patos

Ainda de acordo com a Defesa Civil do estado, até as 7h, o nível do Rio Guaíba, na capital Porto Alegre, havia baixado para 4,59 metros (m). Já o nível da Lagoa dos Patos chegou a 2,48 m na tarde de sexta-feira (10), sendo que a cota de inundação no local é de 1,30 m.

Energia elétrica, água e telefonia

De acordo com a CEEE Equatorial, 163.707 pontos no Rio Grande do Sul seguem sem energia elétrica (9,08% do total de clientes atendidos). Já a RGE Sul informou que há 140 mil pontos sem energia elétrica (4,6% do total de clientes).

Há ainda, segundo a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), 208.606 pessoas sem abastecimento de água (7% do total de clientes atendidos).

Em relação à telefonia, a Tim informou que três municípios gaúchos estão sem serviços de telefonia e internet, enquanto a Vivo relata ter 17 cidades sem serviços de telefonia e internet. Já a Claro informou que o serviço foi normalizado em todo o estado.

Escolas estaduais

O boletim cita ainda 1.028 escolas afetadas pelas enchentes – incluindo unidades danificadas, servindo de abrigo, com problemas de transporte e de acesso, entre outros. Há, ao todo, 29 coordenadorias regionais de educação afetadas em 243 municípios, além de 358.064 estudantes impactados pelos temporais.

Rodovias

Atualmente, 78 trechos estão com bloqueios totais e parciais em 52 rodovias estaduais gaúchas, entre estradas, pontes e balsas. As informações são do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem e abrangem rodovias concedidas e também as administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).

Fonte: EBC GERAL

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