Ministério da Pesca investiga possível farra de carteiras no Acre

Denuncias foram feitas e CGU e PF estão fiscalizando os falsos pescadores

Texto: Alexandre Lima

Vídeo: Marcus José e Marquinho Filho

Foi publicado n o Diário Oficial da União, através da Portaria Interministerial número 192, no início do mês em curso, onde suspende por 120 dias no período de defeso, onde atinge pouco mais de 15 mil pescadores cadastrados no Ministério da Pesca e que recebe um beneficio.

Segundo a ordem da Ministra Katia Abreu, todos deverão passar por um recadastramento, onde tem como meta retirar da folha, os falsos pescadores cadastrados nos 22 municípios do estado do Acre, uma vez que foi identificado indícios de má distribuição destas carteiras.

Segundo foi determinado pelo Ministério, a ordem é jogar duro contra essas pessoas que tenham falsificado, ou não, as carteiras de pescador, ou foram beneficiado de forma irregular, obtendo como favores políticos. Em Brasiléia, são quase 800 pescadores cadastrados e muitos estão sendo investigados.

Uma equipe da Controladoria Geral da União – CGU, juntamente com a Polícia Federal, estão realizando investigações e visitas nas casas desses pescadores para que comprovem se são realmente profissionais da pesca. Não foi confirmado, mas existe possibilidades de que sejam penalizados em crime de falsidade ideológica e devolução do dinheiro que recebeu aos cofres públicos.

O Ministério da Pesca disponibilizou um número para que denuncias possam ser feitas: 061-2033670), para que possam saber quem exerce a profissão de forma irregular sem que saiba sequer, colocar uma isca no anzol.

Somente em Brasiléia, existem 791 pescadores cadastrados, contra os 21 da cidade vizinha de Epitaciolândia. Em Assis Brasil, tem 566 pescadores, somando quase 10% da população total. Já em Xapuri, tem apenas 01 (um) pescador.

Segundo Sebastiana Ferreira Paiva, a presidente do Sindicato dos Pescadores de Brasiléia e Epitaciolândia, disse que haverá prejuízos econômicos com o recadastramento, mas será um ponto positivo para os verdadeiros pescadores que precisam da ajuda do Governo Federal.

“Será uma fiscalização que vais nos ajudar (…), e àqueles que realmente sobrevivem da pesca e são pessoas humildes, que trabalham e boas de lidar. Dessa forma, nossa categoria será mais reconhecida e valorizada.” Disse.

Complementou ainda que, “Com esse recadastramento, iremos explicar o que está acontecendo e os que estão com as carteiras sem exercer a profissão, que venham entregar, além de devolver o seguro que recebeu”, complementou.

Foi dito que, desde o ano de 2014, foi resolvido frear o cadastro dos ditos ‘pescadores’, que queriam receber o defeso sem que fosse profissional da área. Quem estiver dentro das normas exigidas pelo Ministério, será mantido no cadastro e que o dinheiro desse ano, está suspenso até última ordem.

Veja vídeo reportagem acima.

Baixe lista de pescadores fornecido pelo Ministério da Pesca abaixo.

quantitativo_pescador_ativo_

municipio_e_genero pescador_ativo_AC

Ma’teria relacionada:

Cidade do Acre tem mais pescador do que peixe, diz Ministério da Pesca


Veja o que o estado vizinho de Rondônia diz sobre a pescaria abaixo.

A diferença da Indústria de pescado entre Rondônia e Acre

Ao contrário do Acre que desenvolve a piscicultura para beneficiar financiadores de campanha, os donos de grandes supermercados Rondônia tem como foco, a exportação para os grande frigoríficos do sul e o comercio local, nacional e internacional.

O Pirarucu, é tratado da região como o “Nelore das Aguas” e tem atraído grandes investidores na maioria dos piscicultores da região. No Acre, especialmente na região de Feijó, existe uma incipiente cultura de pesca da espécie e até se chegou a fundar um associação.

A diferença entre Rondônia, e que lá, a criação é em cativeiro. No Acre o Pirarucu vive em seu habitat natural e sua caça não é uma tarefa das mais simples. Daí, não prospera.

Veja o vídeo de como a feito a criação de pirarucu em Rondônia

Comentários

Compartilhar
Publicado por
Alexandre Lima