Brasil
Mesmo com a pandemia, em 2020, Brasil tem saldo positivo entre empresas que entraram e saíram do mercado

Brasilia – O Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o Secretário-geral da FIFA, Jerôme Valcke e o Governador do DF, Agnelo Queiroz, visitam a Fábrica Cultural(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estudo do IBGE aponta que ao final do primeiro ano de crise sanitária, 826,4 mil empresas iniciaram as atividades e 634,4 mil fecharam as portas
Comentários
Brasil
Tecnologia inédita no Brasil: Corpo de Bombeiros do Amazonas usa drone contra incêndio em Manaus
Aeronave remotamente pilotada foi usada pela primeira vez em ocorrência real na Zona Norte da capital; equipamento alcança até 30 metros de altura e transporta mangueira pressurizada diretamente ao foco das chamas
O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) empregou, pela primeira vez no Brasil, um drone desenvolvido exclusivamente para o combate a incêndios. A estreia do equipamento ocorreu nesta sexta-feira (11), durante uma ocorrência em um estabelecimento comercial localizado na Zona Norte de Manaus. A iniciativa marca um avanço significativo nas operações de emergência no estado.
A ação mobilizou oito viaturas e cerca de 40 mil litros de água foram utilizados no combate às chamas. Segundo o comandante-geral do CBMAM, coronel Orleiso Ximenes Muniz, o uso das Aeronaves Remotamente Pilotadas de Combate a Incêndio (ARPs) oferece um suporte estratégico às equipes terrestres, sobretudo em áreas de difícil acesso ou com risco elevado.
Adquiridos em maio pelo Governo do Amazonas, os drones são capazes de atingir até 30 metros de altura — equivalente a um prédio de dez andares — e foram projetados para transportar mangueiras pressurizadas diretamente até o foco do incêndio. Com capacidade para carregar até 90 quilos e autonomia de voo de 30 minutos, o equipamento recebe o abastecimento de água a partir das viaturas em solo, garantindo o combate contínuo.
As aeronaves são robustas, equipadas com motores de alto desempenho e indicadas para enfrentar incêndios florestais, industriais e outros cenários complexos. Um dos diferenciais da tecnologia é o sistema FPV (First Person View), que permite ao operador acompanhar em tempo real o combate ao fogo por meio de óculos com câmera integrada, oferecendo mais precisão nas manobras.
O drone opera com duas baterias simultâneas e conta com um terceiro conjunto sobressalente. As trocas podem ser feitas em até dois minutos, e o tempo de recarga das baterias é de apenas 15 minutos, otimizando a continuidade das operações.
Comentários
Brasil
China critica tarifaço contra o Brasil e acusa EUA de intimidação
O Ministério das Relações Exteriores da China criticou nesta sexta-feira (11) a tarifa de importação de 50% a produtos brasileiros anunciada esta semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“A igualdade soberana e a não interferência em assuntos internos são princípios importantes da Carta das Nações Unidas e normas básicas nas relações internacionais”, disse a porta-voz do ministério, Mao Ning, ao ser questionada por uma repórter sobre o que achava da tarifa de 50% a produtos brasileiros anunciada por Trump.
“As tarifas não devem ser uma ferramenta de coerção, intimidação ou interferência”, concluiu Mao Ning.
No início da semana, quando Trump deu início ao envio das cartas aos parceiros comerciais com as ameaças de aumento de tarifas, Mao Ning já havia criticado o protecionismo norte-americano.
“A posição da China sobre as tarifas é consistente e clara. Não há vencedores em uma guerra comercial ou tarifária. O protecionismo prejudica os interesses de todos”, afirmou.
Entenda
Na última quarta-feira (9), o presidente dos EUA, Donald Trump, enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciando a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país norte-americano, a partir do dia 1º de agosto. No documento, Trump justifica a medida citando o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
No mesmo dia, o presidente Lula defendeu a soberania do Brasil e disse que a elevação de tarifas de forma unilateral será respondida com a Lei de Reciprocidade Econômica. Ontem (10), Lula afirmou que o governo federal vai abrir uma reclamação oficial à Organização Mundial do Comércio (OMC), para tentar reverter as tarifas.
Especialistas ouvidos pela Agência Brasil classificam a pressão de Trump como chantagem política e dizem que a medida é uma reação ao Brics. Durante a Cúpula do bloco, ocorrida no domingo e na segunda-feira, no Rio de Janeiro, Trump já tinha ameaçado os países que se alinhem ao Brics com uma taxa de 10%.
Comentários
Brasil
Lula critica jornada 6×1 e defende escala de trabalho “mais flexível”

Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta sexta-feira (11), a jornada de trabalho de seis dias de serviço com apenas um dia de folga por semana (6×1). Para Lula, é preciso convocar trabalhadores e empresários para “inventar” outra jornada de trabalho “mais flexível”.
“A Humanidade não quer mais seis por um. É preciso inventar um jeito de ter uma outra jornada de trabalho, mais flexível, porque as pessoas querem ficar mais em casa. As pessoas querem cuidar mais da família”, disse Lula.
A primeira vez que o presidente se manifestou sobre o tema publicamente foi no dia do trabalhador deste ano, em 1º de maio, quando defendeu “aprofundar o debate” sobre a escala 6×1.
Ao lançar, em Linhares (ES), programa de transferência de renda para atingidos por rompimento da barragem em Mariana (MG) nesta sexta-feira (11), Lula disse que o trabalhador não aguenta mais acordar cinco da manhã e voltar as sete da noite durante seis dias por semana.
“Hoje a juventude já não quer mais isso. É importante que a gente, enquanto governo, trate de pesquisar. Vamos utilizar a universidade, a OIT [Organização Internacional do Trabalho], vamos utilizar tudo que é organização de trabalho e vamos tentar apresentar uma nova forma de trabalhar nesse país. Para que a gente possa garantir mais mobilidade para as pessoas”, completou Lula.
Pressão social
A pauta do fim da escala 6×1 ganhou força no Brasil no final do ano passado e manifestações de rua nessa quinta-feira (10) voltaram a pedir o fim desse tipo de escala de trabalho.
No Congresso Nacional, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a jornada 6×1 não teve avanço. Lideranças do governo dizem que a medida é “prioridade” para este ano.
O projeto sofre resistência de setores empresariais que alegam que a medida levaria ao aumento dos custos operacionais das empresas, como defendeu a entidade patronal Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Você precisa fazer login para comentar.