G1
Apesar de os servidores do INSS no Acre terem decidido, na quinta-feira (24), pela suspensão da greve, que durou mais de 70 dias, os médicos peritos do Instituto continuam com a paralisação da categoria, iniciada no último dia 4 de setembro. Segundo o representante regional da Associação Nacional dos Médicos Peritos em Previdência Social, Murilo Batista, 30% dos peritos mantêm o atendimento nas Agências de Previdência Social (APS) no estado.
Batista informou que ainda não há previsão para o fim do movimento. A categoria pede uma reposição salarial de 27,5% em duas parcelas, a reestruturação da carreira, o fim da contratação de peritos terceirizados e a garantia de 30 horas de trabalhos semanais. Além disso, pedem mais segurança nas agências, que, segundo ele, possuem apenas um vigilante cada.
De acordo com o representante, o governo ofereceu a reposição de 21,3%, parcelada em quatro anos, o que não foi aceito. “Essa proposta não atende às nossas necessidades e com isso, continuamos sem negociação”, diz.
O perito afirma que 70% dos serviços do INSS envolvem os atendimentos dos médicos. Segundo ele, o Acre conta com 18 médicos peritos, sendo 15 em Rio Branco, um em Brasiléia, um em Cruzeiro do Sul e outro que atua tanto no município de Feijó e como em Tarauacá.
A prioridade de atendimentos dos peritos é para os contribuintes que ainda não recebem o benefício. “Quem já recebe o benefício e só precisa atualizar com a consulta médica, vai continuar recebendo. O administrativo deve prorrogar esse prazo para a reavaliação da perícia médica dos segurados, para que eles possam receber. Após a greve é que esse atendimento vai ser regularizado”, explica Batista.
Os servidores do INSS decidiram durante assembleia, na quinta-feira (24), pela suspensão da greve no estado. De acordo com o líder do movimento, Kennedy Afonso, a situação do INSS deve ser normalizada em no máximo dois meses. Ao G1, ele informou que a partir do dia 1° de outubro iniciam os atendimentos aos segurados que já fizeram agendamento.