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Meninas de 10 a 14 anos de idade são maioria das vítimas de estupros

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Maioria dos casos aconteceu na casa das vítimas

Brasília (DF), 17/02/2023 – Fotografia para ilustrar matéria sobre violência infantil, na foto uma criança é vista em silhueta através de uma porta. Foto: Marcelo Casal/Agência Brasil

No Brasil, a maioria (67%) dos 69.418 estupros cometidos entre 2015 e 2019 tiveram como vítimas meninas com idade entre 10 e 14 anos. É o que destaca o estudo Sem deixar ninguém para trás – gravidez, maternidade e violência sexual na adolescência, do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz Bahia (Fiocruz). Também assinam a pesquisa o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

O que subsidiou o levantamento foram dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan-Datasus), do Ministério da Saúde. No período de análise, adolescentes com idade entre 15 e 19 anos representam 33% do total de vítimas de estupro.

Ainda sobre o perfil das vítimas, o que se constata é que prevalecem as meninas pardas (54,75%). Logo depois, aparecem garotas brancas (34,3%), pretas (9,43%) e, por fim, indígenas (1,2%).

Outro dado que se consolida mais uma vez, como em outros estudos, é o que diz respeito à relação entre as vítimas e os agressores. De acordo com a pesquisa, 62,41% dos autores do crime eram conhecidos das vítimas, contra apenas 17,22% de desconhecidos.

Por meio das notificações reunidas pelo governo federal, observam-se, ainda, três dados de relevância. O primeiro é o fato de que o estupro costuma acontecer na casa das vítimas. No total, 63,16% dos episódios se deram nesse contexto. Em 24,8% das vezes, o local era público e, em 1,39% dos casos, o estupro ocorreu em uma escola.

“Evidencia-se que adolescentes nem sempre encontram na família um lugar de proteção”, mostra o estudo.

Para a gestora do Projeto Bem Me Quer, do Hospital da Mulher, psicóloga Daniela Pedroso, é preciso ter em vista que, assim como em relacionamentos entre mulher e companheiro, em que ele a agride, as emoções das vítimas menores de idade se misturam, quando o agressor é alguém de seu círculo. Em muitos casos, o agressor causa confusão de sentimentos na vítima, inclusive por propor que ela guarde para si o ocorrido, como se se tratasse de um acordo de confiança que não pode ser rompido, já que a consequência seria perder o afeto do agressor.

“Estamos falando de agressores conhecidos, pessoas que muitas vezes também provêm coisas boas, positivas para essas crianças. Por isso é que é tão importante cuidar disso, porque a gente está falando de algo que é tratado pelo agressor sexual como um segredo, algo que não pode ser contado”, alerta.

“O abuso sexual da criança é crônico e recorrente. A gente está falando da pessoa que devia protegê-la. Esse é um dado que sempre surge e que ainda choca muito, porque é a ambivalência não só do sentimento da criança, mas também da ambivalência do comportamento do agressor”, complementa Daniela, que hoje coordena o Ambulatório de Violência Sexual na unidade e que trabalha no local há 26 anos.

Na avaliação da psicóloga, a qualidade no atendimento é um fator capaz de definir a permanência das vítimas no hospital, conforme as recomendações. Segundo ela, além de oferecer o tratamento de profilaxia, que as protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e tem maior efeito em uma janela de 72 horas após o estupro, o Hospital da Mulher também oferece cuidados em outras áreas importantes. São eles o encaminhamento a assistentes sociais, que orientam e acolhem, e as consultas com pediatras ou ginecologistas da equipe do ambulatório e com psicólogos. As vítimas têm direito a ter atendimento mesmo sem apresentar boletim de ocorrência, ou seja, basta que se dirijam à unidade.

“A maneira como elas são recebidas pelo serviço vai impactar não só na adesão ao tratamento como também em todo o processo que passam com a gente”, ressalta Daniela.

Sobre a contribuição dos psicólogos, a gestora avalia que se encontra em atenuar o sofrimento psíquico, a partir da transformação da memória em torno do estupro que se vivenciou. “As pessoas perguntam, a minha filha vai esquecer? A gente não consegue fazer com que se apague isso da memória dessa criança, dessa adolescente, mas a gente precisa trabalhar da melhor forma possível para que isso não se torne uma lembrança recorrente, cotidiana. Acho que isso é bem importante. E também que ela possa ressignificar esse trauma”.

Edição: Fernando Fraga

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Com apoio do Governo do Estado, Grupo Axé Capoeira realiza roda de intercâmbio na Cidade do Povo

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Por Ithamar Souza

O Grupo Axé Capoeira, em parceria com a Associação Cultural e Desportiva Axé Capoeira do Acre e com apoio do Governo do Estado do Acre, através da Secretária de Educação e Cultura, por meio do Departamento Estadual de Esporte, realizou uma roda de intercâmbio na tarde deste domingo (19), no Centro Comunitário no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco.

A roda de intercâmbio foi realizada com alunos do Grupo Axé Capoeira da Baixada da Sobral e Cidade do Povo no Centro Comunitário. Durante a atividade, foi realizado além do aulão e a roda de capoeira, o coco de roda, frevo, samba de roda e samba reggae. Todos os elementos que compõe a cultura a afro-brasileira, organizado e ensinado pela Instrutora de Dança, Cristina Raquel, que no mundo da capoeira é conhecida como Graduada Pimenta.

A Graduada Pimenta tem vasto conhecimento no ensino das danças, tendo em vista ela ter grupos já formados e há muito tempo vem dando aulas desse seguimentos para crianças, jovens e adolescentes no Centro de Treinamento Axé Capoeira do Acre.

A roda foi conduzida pelo baluarte da Capoeira, Contramestre Adalcides (Tainha), que é um dos mais conhecidos no mundo desse esporte no Acre, além do Contramestre Malvado que é o Presidente do Grupo Axé Capoeira no Estado do Acre. A atividade contou a participação de aproximadamente 100 Capoeiristas e já foi considerado um dos maiores eventos esportivos realizados na Cidade do Povo.

As aulas de Capoeira na Cidade do Povo são coordenadas pelo Professor Tuche, que conta com apoio de alguns alunos “Borracha, Louva a Deus, Puguinha e Ximbinha”, que também auxiliam as aulas, que acontecem no próprio Centro Comunitário e no espaço da Igreja Católica na Comunidade São Marcos. Os alunos durante nas aulas são acolhidos e ensinados a arte da capoeira.

O Governo do Estado do Acre, através da Secretária de Educação e Cultura, por meio do Departamento Estadual de Esporte, apoiou atividade cedendo um microônibus para que transportasse alguns alunos do bairro Sobral na região da Baixada da Sobral para o Conjunto Habitacional Cidade do Povo, para que juntos realizassem esse evento. Esse momento permite a convivência harmonioso e troca de conhecimento e experiências na capoeira.

Nos próximos meses deverá ser realizado a 2° Edição dessa atividade no Centro de Treinamento Axé Capoeira do Acre na Baixada da Sobral, como forma de interatividade entre os capoeiristas.

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Acreanos confirmados no Brasileiro da NHBA em São Paulo

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Foto Jhon Silva: Bel vem realizando os treinamentos e sonha com uma grande campanha

A amazona Isabelly Cristine Valentim (Bel), Agro Campo, e o cavaleiro Roniglessy Nunes (Duty), Rancho Porta do Céu, serão os representantes acreanos na disputa do Campeonato Brasileiro da NBHA na prova do Três Tambores. O torneio nacional vai ser realizado entre os dias 3 e 11 de junho em São Paulo.

“A Super Semana é um dos eventos mais importantes da temporada. Teremos uma premiação de 400 mil reais para todos os torneios e isso movimenta os melhores do Brasil”, comentou o presidente da NBHA Acre, Kalú Ferraz.

Bel faz preparação

A amazona Isabelly Cristine vem realizando treinamentos físicos sob a orientação personal trainer Ane Lima, uma das mais conceituadas na área.

“O treinamento da Bel tem como objetivo o fortalecimento muscular. O esporte praticado por ela exige muito da sua postura e da força, principalmente, da musculatura do core (região central do corpo) e dos membros superiores. Estamos trabalhando forte em busca dos objetivos”, afirmou Ane Lima.

Calendário acreano  

Quanto ao início do calendário da NBHA, no Acre, Kalú Ferraz afirmou ter sido programada cinco etapas para a atual temporada.

“Estamos realizando alguns ajustes, mas teremos um 2023 bastante movimentado e com grandes eventos. Os nossos campeões garantem vagas nas competições nacionais e isso aumenta a importância do nosso circuito”, avaliou Kalú Ferraz.

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Confederação atende pedido de presidentes e oficializa Copa Norte

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FOTO: ALEXANDRE LIMA

O departamento técnico da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) resolveu atender o pedido dos presidentes na assembleia realizada nesse fim de semana em São Paulo e confirmou a promoção da Copa Norte na temporada de 2023. A competição vai ser disputada de maneira simultânea com a Copa Norte/Nordeste, evento programado para os dias 18, 19 e 20 agosto em Porto Velho, Rondônia.

“A criação da Copa Norte é muito importante para o nosso ciclismo. Temos mais chances de medalhas e também teremos os nossos atletas marcando pontos no ranking nacional”, explicou o presidente da Federação Acreana de Ciclismo (FAC), Tuxauá Marques.

2ª etapa do Estadual

De acordo com o Tuxauá Marques, a segunda etapa do Campeonato Estadual vai ser disputada no próximo dia 26.

“Faremos uma prova de estrada. Tivemos um excelente início de Estadual e queremos melhorar para a próxima prova, que será na estrada Trasacreana”, afirmou o presidente.

FOTO: ALEXANDRE LIMA

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