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Médico mostra importância da mamografia para prevenir câncer de mama

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Inca estima que 74 mil casos por ano devem surgir no país até 2025

O câncer de mama é a neoplasia mais frequente entre as mulheres no Brasil, além de ser a principal causa de morte por câncer em todas as regiões, exceto na Região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa a liderança. Estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta para o surgimento de 74 mil casos novos por ano de câncer de mama no país, no triênio 2023/2025.

De acordo com o Inca, a taxa de mortalidade por câncer de mama, ajustada pela população mundial, atingiu 11,84 óbitos por 100.000 mulheres, em 2020, com as maiores taxas registradas no Sudeste e no Sul, da ordem de 12,64 e 12,79 óbitos por 100.000 mulheres, respectivamente.

Neste domingo (5), quando  se comemora o Dia Nacional da Mamografia, o diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, disse à Agência Brasil que o objetivo da data é  chamar a atenção para a importância do exame das mamas. Segundo Maltoni, a primeira função principal da mamografia se refere às mulheres que têm algum tipo de sinal ou sintoma, como presença de nódulos ou dor nos seios.

“Para essas mulheres, (o exame) já é um dos melhores métodos de diagnóstico do câncer da mama. A mamografia bem-feita, com qualidade, consegue definir bem nódulos, presença de alterações. A mamografia é um exame excelente para o estudo das mamas naquelas mulheres que têm algum sintoma e para as quais ele foi indicado pelos seus médicos”.

Outro aspecto considerado por Maltoni, “talvez o mais importante na mamografia” é o que fala da detecção precoce, do rastreamento. “São os exames realizados nas mulheres que não sentem absolutamente nada, estão assintomáticas, não notaram nenhuma alteração nas mamas e estão levando a vida normalmente”. Para essas mulheres sem sintomas, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento, ou precoce, seja feita a cada dois anos, na faixa etária entre 50 e 69 anos de idade.

O diretor executivo da Fundação do Câncer destacou que nas mulheres em que existe uma história familiar para câncer de mama, especialmente na linha direta de parentesco, a mamografia deve ser antecipada para a faixa acima de 35 anos.

“A importância da mamografia é essa: tanto no diagnóstico das lesões que já estão dando sintomas e sinais, como, sobretudo, para poder identificar precocemente alguma alteração nas mulheres que não sentem nada”. Lembrou ainda que é fundamental complementar a mamografia com o exame clínico das mamas por um profissional de saúde pública treinado. O exame está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e na saúde complementar.

Sinais e sintomas

A ginecologista e obstetra Carla Maria Franco Dias lembrou que os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito ou mamilo; e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região das axilas.

Médica associada da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e professora do Instituto de Educação Médica (Idomed), Carla apontou que a detecção precoce e o tratamento adequado do câncer de mama possibilitam alta chance de cura e sobrevida em relação à doença.

A médica disse que, no caso de alterações na mamografia, podem ser necessários exames complementares como a ultrassonografia e a ressonância magnética das mamas.

“Na suspeita de câncer, é importante o atendimento especializado pelo mastologista, a fim de realizar biópsia da lesão mamária para confirmação da doença, feita geralmente através da punção por agulha grossa – core biopsy ou mamotomia – ou por remoção cirúrgica incisional ou excisional.”

Embora a recomendação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) seja a realização da mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) em mulheres com idade entre 50 e 69 anos, a Febrasgo recomenda iniciar a mamografia a partir dos 40 anos. A Fundação do Câncer considera, entretanto, que não há embasamento científico para mudar de 50 para 40 anos.

Ações educativas

O projeto Sesc Saúde Mulher atua há mais de uma década executando ações educativas com foco na realização de exames de rastreamento do câncer de mama. A ação é realizada por meio da sua rede de 25 unidades móveis que está presente em todas as regiões do Brasil. Nos últimos dez anos, foram realizados pelo Sesc cerca de 245 mil exames em mulheres com idades entre 50 e 69 anos, faixa etária em que há maior propensão ao câncer de mama.

A instituição é pioneira na utilização de unidades móveis no Brasil, que levam mamógrafos a muitas localidades que não possuem acesso ao aparelho. No ano passado, foram realizadas 38.460 mamografias pelo projeto. Para 2023, a meta é ultrapassar este número.

A diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc, Janaina Cunha, disse à Agência Brasil que o projeto é muito importante para o Sesc, porque “traz grande oportunidade de um número significativo de mulheres ter acesso ao exame, que está posicionado entre as prioridades de saúde do país, mas que tem uma demanda muito maior do que a capacidade de atendimento, sem contar os municípios e as populações de regiões mais remotas”. Janaina afirmou que, nesta enfermidade, o diagnóstico é essencial para o tratamento. “Torna mais efetiva a resposta ao tratamento.”

Conforme explicou, um dos benefícios das unidades móveis com mamógrafos é ter uma capilaridade muito grande, conseguir um alcance cada vez maior e atender por demanda. Tanto os municípios podem solicitar o atendimento ao projeto, como a demanda pode ser identificada também por meio das regionais do Serviço Social do Comércio (Sesc).

Barreiras

A diretora de Programas Sociais do Sesc ressaltou, neste Dia Nacional da Mamografia, a importância de as mulheres priorizarem o autocuidado e perderem o medo do diagnóstico. “Com receio do resultado (da mamografia), muitas mulheres não fazem o exame. A gente precisa enfrentar o diagnóstico para ter condições adequadas de tratamento, caso esse diagnóstico seja desfavorável.”

Janaína chamou a atenção também para que, ao encontrarem uma unidade móvel do Sesc Saúde Mulher, as mulheres compreendam que receberão um tratamento humanizado, serão acolhidas e terão um nível de conforto emocional muito grande. “Essa é a missão do Sesc: acolher e proporcionar esse melhor atendimento, do ponto de vista social e humano”.

As principais barreiras que impedem as mulheres de realizarem mamografias são a falta de orientação adequada ou acesso à informação sobre a doença, diagnóstico e tratamento; dificuldade de agendar consultas e exames na sua localidade, devido a problemas de deslocamento; falta de acolhimento da família e da comunidade. Muitas mulheres, principalmente as mais humildes, têm vergonha de realizar esse tipo de exame e outras não se sentem confortáveis em realizá-los com profissionais do sexo masculino, por exemplo. A diretora disse que os exames preventivos visam obter um diagnóstico precoce e, portanto, com grandes chances de cura caso um problema seja encontrado.

Atuação

O trabalho do Sesc é feito em parceria com as autoridades de saúde municipais, estaduais e federal, com a finalidade de complementação. Janaina Cunha esclareceu que após realizar o exame com equipamentos e equipes especializadas, a unidade móvel encaminha o relatório ao serviço público de saúde.

“E, lá, é consolidado o diagnóstico e acionada a paciente. O papel do Sesc é oportunizar o acesso ao exame e a estrutura e o acolhimento adequados para que isso aconteça. A partir daí, a gente devolve para o setor público a responsabilidade no atendimento àquela mulher, porque aí extrapola a competência do Sesc. Essa parceria tem sido muito efetiva”.

O Sesc Saúde Mulher atua por localidades e auxilia na formação de agentes comunitários que são responsáveis pela busca de mulheres que atendam aos requisitos para a realização dos exames. Cada mulher atendida pode se tornar uma multiplicadora em sua comunidade. Desta forma, cria-se uma cultura de prevenção.

Outra informação importante do Sesc Saúde Mulher é que as equipes do projeto são compostas majoritariamente por profissionais do sexo feminino, a fim de promover o acolhimento de outras mulheres.

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Ex-deputado Daniel Silveira pede ‘saidinha’ de Páscoa a Alexandre de Moraes

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Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar

Ex-deputado Daniel Silveira pediu para deixar a prisão na Páscoa. Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara

O ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pediu autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) para deixar temporariamente o regime semiaberto e passar a Páscoa com a família. Cabe ao ministro Alexandre de Moraes decidir se autoriza ou não a “saidinha”.

A defesa argumenta que ele já cumpriu mais de um sexto da pena – um dos requisitos previstos na Lei de Execuções Penais para a concessão do benefício. O outro é o bom comportamento, que segundo seus advogados ele também já comprovou ao se dedicar ao trabalho e a atividades acadêmicas.

“Durante o período de reclusão, o reeducando dedicou-se de maneira constante ao trabalho e aos estudos conforme se atesta no (e-doc 603/604), desenvolvendo atividades produtivas que contribuíram significativamente para a sua ressocialização”, diz o pedido.

Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar.

O ex-deputado chegou a ser colocado em liberdade condicional, mas voltou a ser preso na véspera do Natal por descumprir o horário de recolhimento domiciliar noturno (de 22h às 6h) estabelecido como contrapartida para a flexibilização do regime de prisão.

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Projeto de lei torna crime a perturbação da paz com pena de até 2 anos de prisão

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O autor da proposta, deputado Kim Kataguiri (União-SP), afirma que a atualização da norma é necessária para as autoridades agirem de forma eficaz contra eventos que causam transtornos à população

Deputado Kim Kataguiri alega que projeto torna mais claro identificar perturbação da paz. Foto: Pablo Valadare/Agência Câmara

Da Agência Câmara

O Projeto de Lei 4315/24 transforma em crime a perturbação da paz, que hoje é uma contravenção penal. A proposta define o crime da seguinte forma: organizar, promover ou executar evento não autorizado pelo poder público, em via pública ou em prédio particular, que cause transtorno à vizinhança pelo uso de som elevado ou aglomeração que impeça ou dificulte o trânsito de pessoas ou veículos.

A pena prevista é detenção de 6 meses a 2 anos, podendo aumentar em 1/3 até a metade se:

– o evento for realizado à noite;

– o evento for realizado em sábado, domingo ou feriado;
– houver a presença de crianças ou adolescentes no evento;

– o evento for organizado por associação criminosa ou milícia privada;

– o evento atrapalhar as atividades de escola ou hospital e outras consideradas essenciais.

Conforme a proposta, incorre nas mesmas penas:

– o artista de qualquer espécie que se apresenta no evento;

– a pessoa que cede, a título gratuito ou oneroso, equipamento sonoro para a realização do evento;

– a pessoa que participa, de qualquer modo, desse tipo de evento.

Contravenção penal

Atualmente, a Lei das Contravenções Penais pune com 15 dias a três meses de prisão e multa quem perturbar o trabalho ou o sossego alheios:
– com gritaria ou algazarra;
– exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com a lei;
– abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
– provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda.

Atualização necessária

O autor da proposta, deputado Kim Kataguiri (União-SP), afirma que a atualização da norma é necessária para as autoridades agirem de forma eficaz contra eventos que causam transtornos à população.

“Ao estabelecer penalidades claras e proporcionais, o projeto visa a reprimir a realização de eventos irregulares, promovendo um ambiente urbano mais seguro e harmonioso”, argumenta. A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votada pelo Plenário da Câmara. Para virar lei, a medida precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.

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Governo lança ações para enfrentar temperaturas extremas no Brasil

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Para enfrentar as altas temperaturas, uma das ações é o Programa Cidades Verdes Resilientes, que tem o objetivo de aumentar a qualidade ambiental e preparar os municípios para lidar com a mudança do clima

Ministério do Meio Ambiente adota medidas para reduzir impacto das altas temperaturas. Imagem: YouTube

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima articula com os ministérios da Educação e da Saúde o enfrentamento das ondas de calor que atingem o país. O objetivo é alertar a população sobre os cuidados necessários para lidar com a elevação das temperaturas e viabilizar ações para minimizar seus impactos, principalmente nas escolas.

Em janeiro, a média de temperatura global esteve 1,75ºC acima dos níveis pré-industriais (1850-1900), de acordo com o Copernicus, observatório climático da União Europeia.

O Brasil sofre os efeitos do aquecimento global, entre eles, o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como ondas de calor severas. Há previsão de temperaturas intensas para as próximas semanas, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em especial para o Sul do país. Em alguns municípios, os termômetros devem registrar mais de 40°C.

Para enfrentar as altas temperaturas, uma das ações é o Programa Cidades Verdes Resilientes, que tem o objetivo de aumentar a qualidade ambiental e preparar os municípios para lidar com a mudança do clima.

O programa é implementado a partir de ações baseadas em seis eixos temáticos: áreas verdes e arborização urbana; uso e ocupação sustentável do solo; infraestrutura verde e azul e soluções baseadas na natureza; tecnologias de baixo carbono; mobilidade urbana sustentável e gestão de resíduos urbanos.

No guarda-chuva do programa, está a iniciativa AdaptaCidades, que fornecerá apoio técnico para que estados e municípios desenvolvam planos locais e regionais de adaptação. Ao aderir ao projeto, os governos estaduais devem indicar dez municípios com alto índice de risco climático para receber a capacitação. Também podem ser beneficiados consórcios intermunicipais e associações de municípios em caráter excepcional. A aprovação das indicações será feita pelo MMA com base em critérios técnicos, considerando o risco climático e o número de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Até o momento, 21 estados já participam da iniciativa.

Cidades Verdes Resilientes e AdaptaCidades estão alinhados ao Plano Clima, que será o guia das ações de enfrentamento à mudança do clima no Brasil até 2035. Em elaboração por 23 ministérios, sob a presidência da Casa Civil e a coordenação do MMA, o plano tem um dos eixos voltados à adaptação dos sistemas naturais e humanos aos impactos da mudança do clima. O segundo pilar é dedicado às reduções de emissões de gases de efeito estufa (mitigação), cujas altas concentrações na atmosfera causam o aquecimento do planeta.

Além das Estratégias Nacionais de Mitigação e Adaptação, o Plano Clima será composto por planos setoriais: são sete para mitigação e 16 para adaptação. Traz ainda Estratégias Transversais para a Ação Climática, que definirão meios de implementação (como financiamento, governança e capacitação) e medidas para a transição justa, entre outros pontos.

O MEC tem retomado as atas de registro de preços do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) que oferecem ganhos de escala, produtos padronizados e de qualidade aos entes federados, que ficam desobrigados a realizar processos licitatórios próprios (podendo aderir a ata da Autarquia). Já está disponível ata de registro de preços para compra de ventiladores escolares e está prevista ata para aparelhos de ar-condicionado ainda no primeiro semestre de 2025.

Além das ações coordenadas pelo governo federal, planos de contingência para período de extremo calor devem ser desenvolvidos por cada rede de ensino, considerando o princípio constitucional da autonomia federativa e as realidades locais.

Cuidados e dicas

As ondas de calor são caracterizados por temperaturas extremamente altas, que superam os níveis esperados para uma determinada região e época do ano. Esses períodos de calor intenso podem durar dias ou semanas e são exacerbados pelo aquecimento global, que tem aumentado tanto a frequência quanto a intensidade do calor em várias partes do mundo.

Esses episódios são potencializados em áreas urbanas devido ao efeito das ilhas de calor, fenômeno em que a concentração de edifícios, concreto e asfalto retém mais calor e aumenta ainda mais as temperaturas.

A saúde de toda a população pode ser afetada nessas situações, em especial os mais vulneráveis — como idosos; crianças; pessoas com problemas renais, cardíacos, respiratórios ou de circulação; diabéticos; gestantes; e população em situação de rua. O calor excessivo pode causar tontura; fraqueza; dor de cabeça; náuseas; suor excessivo; e alterações na pele. Ao notar esses sintomas, é essencial buscar ajuda médica.

Entre os cuidados para se proteger, é recomendável beber água regularmente, ainda que sem estar com sede; evitar exposição ao sol das 10h às 16h; usar roupas leves, chapéu e óculos escuros; refrescar-se com banhos frios e utilizar toalhas úmidas; e nunca deixar pessoas ou animais em veículos fechados.

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