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Lula empurra escolha de sucessor de Dino e deve optar por ‘solução caseira’

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O presidente Lula (PT) deve optar por uma “solução caseira” para a substituição de Flávio Dino, indicado ao STF, no Ministério da Justiça, dizem aliados.

O que aconteceu

Segundo interlocutores do Planalto ouvidos pela reportagem, o presidente tem considerado nomes, mas ainda não se decidiu. Propositalmente, ele deixou o assunto para depois da sabatina, realizada ontem (13) no Senado. Lula tem colecionado atrasos para suas indicações, como Supremo e PGR (Procuradoria-Geral da República), abusando do uso de interinos nas funções.

Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) defende que Dino deixe o Ministério da Justiça esta semana. Ele declarou que a tendência é Ricardo Cappelli, braço dreito do atual ministro, fique como interino caso Lula não tenha escolhido um nome.

O governo já havia sinalizado que Dino seguiria na pasta até o fim do périplo no Congresso. O presidente não tem tratado da sucessão nas reuniões com aliados. O receio era que a escolha poderia influenciar no resultado da sabatina. O Planalto já esperava aprovação, mas não sem certa dificuldade.

Dino foi escolhido para o STF pela proximidade histórica com o presidente. Ex-militante petista, ele acompanha Lula desde os anos 1980, no início da sua carreira política, sempre foi crítico da Operação Lava Jato e mostrou sua lealdade em diversos momentos.

“Solução caseira”
Lula tem um perfil para a pasta da Justiça, mas não um nome. O UOL apurou que o presidente tem procurado por alguém próximo ao governo, que seja do direito e tenha certa habilidade política —características que Dino reunia.

Se der, é bom entender de segurança pública. Durante o ano à frente da pasta, Dino se destacou pelas falas e discursos contundentes e pela relação próxima com a PF (Polícia Federal), que coordena. Ele, contudo, teve uma atuação considerada tímida na área de segurança, sem grandes mudanças nos indicadores de violência.

Os três principais cotados já estão no governo: a ministra do Orçamento, Simone Tebet (MDB), o AGU (Advogado-Geral da União) Jorge Messias e o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli. Os três atendem ao critério técnico, mas apresentam dificuldades distintas nos outros quesitos.

Lula deverá tomar a decisão antes do recesso no final do ano. Neste momento, o governo está concentrado em aprovar as pautas econômicas no Congresso, em atividade até a semana que vem. A escolha do novo ministro fica em segundo plano, mas a cúpula lulista diz entender que não é “de bom tom” deixar uma pasta significativa como esta com um interino, como em outras situações.

As vantagens e desvantagens de cada um
Tebet: para o Planalto, ela seria uma escolha bem avaliada pelo Congresso, contribuiria na imagem de ponderação do governo e seria um “prêmio de consolação” após não ter indicado uma mulher para o Supremo. Entretanto, sofre resistência dentro do PT, que pede um nome mais à esquerda.

Messias: cotado para o STF como Dino, é o nome preferido do partido e tem a confiança de Lula, mas aliados veem que lhe falta o “traquejo político” necessário para o cargo.

Cappelli: interventor federal após os atos golpistas de 8 de janeiro, conhece as entranhas do ministério e também tem o cobiçado conhecimento na área de segurança pública. Ele, no entanto, não é próximo de Lula nem da esquerda.

Nomes descartados
O preferido era Lewandowski, que declinou. Indicado por Lula em 2006 e aposentado por idade em abril, era cotado para assumir a Justiça. O jurista foi um dos principais críticos da Lava Jato no Supremo e teve a maioria dos votos ligados à área progressista, mas indicou não querer o cargo.

Ele equilibraria o respaldo no meio jurídico e o respeito no Parlamento, além de ser próximo a Lula e ao PT. Acompanhou a comitiva para a COP28, no início do mês, mas não teria mostrado a intenção de assumir o cargo, preferindo curtir a aposentadoria, segundo aliados.

Gleisi Hoffmann também descartada. Apesar de ter a confiança do presidente, a avaliação do Planalto é que sua escolha traria muito ruído, devido a opiniões polêmicas que a líder petista costuma expressar.

Desmembrar ministério
A saída de Dino reabre a possibilidade da criação de um Ministério da Segurança Pública. Hoje, o setor está nas atribuições da pasta da Justiça.

O líder do governo no Senado disse que a separação pode ser um sinal de priorização do tema. O governo Lula sofre críticas por causa da crise de segurança em vários estados.

Wagner acrescentou que também é uma maneira de atender demandas de gênero. Desde o começo do governo, Lula demitiu as ministras Daniela Carneiro (Turismo), Ana Moser (Esporte) e Rita Serrano (presidente da Caixa Econômica). Além disso, Rosa Weber deixou o STF e será substituída por Dino, deixando a Corte com apenas uma mulher, Cármen Lúcia.

De acordo com o líder de governo, o possível novo ministério não serviria para acomodar mais nomes do centrão, como nas trocas anteriores. Mas Wagner ressalta que a decisão é apenas de Lula.

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Após morte de Joca, tutores se manifestam no aeroporto de Brasília

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Morte do cão Joca mobilizou diversos setores da sociedade a respeito do transporte de animais domésticos em voos comerciais
Fabio Rodrigues – Pozzebom / Agência Brasil – 28/04/2024

Morte do cão Joca mobilizou diversos setores da sociedade a respeito do transporte de animais domésticos em voos comerciais

Tutores de cães da raça golden retriever se reuniram neste domingo (28) no aeroporto de Brasília para uma manifestação em defesa da regulamentação do transporte aéreo de cachorros de grande porte.

A iniciativa foi motivada pela morte do cão Joca, um golden de quatro anos que morreu durante um voo operado pela Gol, no último dia 22.

Promovido pelo Clube Golden de Brasília, o protesto reuniu tutores no aeroporto de Brasília em defesa do tratamento digno durante o translado dos animais.

Para a representante do clube Fernanda Machado, a iniciativa foi motivada pelo descaso das companhias aéreas no transporte de animais domésticos de grande porte. Ela citou que são comuns casos de descuidos, como fuga dos cães durante o embarque e mortes durante o translado.

Tutora da Nala, uma fêmea de suporte emocional, Fernanda defendeu a regulamentação do transporte. “Eles tratam nossos cães como bagagem, objeto, e eles não são. Não é barato para colocar um cão em um transporte desse. O nosso grito é de socorro, de basta. A gente não quer mais isso. Precisa mudar. O transporte precisa ser regulamentado”, defendeu.

Raniela Resende levou seu golden chamado Oliver para a manifestação e disse que prefere viajar de carro porque não confia no serviço de transporte de pets oferecido pelas aéreas. Para Raniela, o transporte dos animais deveria ser feito em um espaço reservado dentro da cabine da aeronave.

“Eles são vida como qualquer outra. O ideal seria levar na cabine, eles são calmos. Os pequenos podem ir na caixinha”, sugeriu.

Atualmente, cães de grande porte são colocados em uma caixa de transporte e levados em um compartimento localizado no porão da aeronave. Segundo as companhias, o local é pressurizado e não oferece risco aos animais, que não viajam junto com malas e cargas. Somente animais com até 10 quilos (kg) podem ser levados junto aos passageiros.

Outros protestos

Tutores de pets e organizações não governamentais de defesa de animais protestaram em outras capitais do país. Em São Paulo, duas manifestações simultâneas ocorreram no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos – onde a morte de Joca foi registrada – e também no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.

Projeto de Lei no Congresso

Desde 2022, está parado na Câmara dos Deputados, aguardando apreciação das comissões permanentes, o Projeto de Lei 148/2022, de autoria da deputada Rosana Valle (PL-SP). o objetivo da matéria é regulamentar o voo de animais em linhas domésticas e internacionais.

O texto do PL garante o direito do tutor de transportar, ao seu lado, até dois pets. A proposta limita a quantidade de dez animais domésticos por aeronave. Inicialmente, o projeto de lei beneficia cães e gatos que não excedam o peso corporal de 15 quilos. No entanto, a ideia é permitir pets de qualquer peso.

“Já passou da hora de as empresas aéreas permitirem que nossos animais viagem ao nosso lado, independentemente do tamanho. Eles são parte de nossa família. Não são cargas. O que aconteceu com o Joca, dias atrás, é irreparável, sendo que poderia ter sido evitado”, diz Rosana.

Atualmente, cachorros de médio e grande porte viajam dentro de caixas de transporte e sào alocados no compartimento de cargas dos aviões, junto com as bagagens. Nesse contexto, eles estão sujeitos às mudanças de pressões do voo, bem como qualquer interpérie que atinja essa parte da aeronave.

Animais de pequeno porte podem viajar nas cabines, desde que dentro da caixa de transporte e que não excedam o peso delimitado pela companhia aérea. A única excessão para que cachorros de médio e grande porte viajem junto com seus turores é dada para os passageiros que conseguem comprovar juridicamente que seus pets também são um animal de suporte emocional.

O que diz a Anac

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não tem regulação própria para o transporte de animais, com exceção do cão-guia, pelo fato de ser necessário para o deslocamento e o bem-estar do tutor – que apresenta algum tipo de deficiência. Sendo assim, cada companhia aérea adota sua própria política para a prestação do serviço.



Fonte: Nacional

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Amigos e familiares se despendem do cantor do Molejo Anderson Leonardo

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Familiares, amigos e fãs se despediram neste domingo (28) do cantor Anderson Leonardo, do grupo Molejo. O velório ocorreu no Cemitério Jardim da Saudade de Sulacap, na zona oeste do Rio de Janeiro.

As primeiras visitas foram permitidas a partir de 11h. No acesso à capela, formou-se um corredor com coroas de flores. Algumas delas foram enviadas por artistas próximos de Anderson, como Carlinhos Brown, Zeca Pagodinho e Dudu Nobre.

“Mesmo na adversidade, devemos sempre lembrar que o Molejo é um grupo que leva alegria para o público. E o Anderson é a representação disso no contexto geral. Estamos todos com o coração apertado, mas não podemos deixar de lembrar que o Anderson é a alegria personalizada”, disse o músico e companheiro de banda, Andrezinho.

Ele também contou que o Molejo vai lançar um álbum novo no segundo semestre desse ano, intitulado O Paparico do Molejo. O trabalho conta com músicas novas e releituras de canções antigas do grupo.

Segundo Andrezinho, Anderson participou ativamente de todo o processo de produção. O trabalho também envolve participações especiais de Xande de Pilares, Thiaguinho e Dudu Nobre.

O pai do cantor, o produtor musical Bira Haway, se manifestou na manhã deste domingo através de suas redes sociais. “Filho sua alma foi recolhida com nobreza. Me sinto triste por não mais te abraçar, mas meu conforto e meu orgulho é ter sido seu pai e ter te tornado um ícone, um profissional completo, um pai maravilhoso para os seus, um filho sensacional, um amigo extraordinário e principalmente pelo ser humano iluminado e inesquecível. Te amo meu filho, meu amigo, meu companheiro”, escreveu.

Rio de Janeiro (RJ), 28.04.2024 – Familiares, amigos e fãs se despedem do cantor Anderson Leonardo, do Grupo Molejo. Seu corpo foi velado no Cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil Rio de Janeiro (RJ), 28.04.2024 – Familiares, amigos e fãs se despedem do cantor Anderson Leonardo, do Grupo Molejo. Seu corpo foi velado no Cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Familiares, amigos e fãs se despedem do cantor no Cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Anderson enfrentava um câncer diagnosticado em 2022. Aos 51 anos, ele estava internado no Hospital da Unimed-Rio e seu quadro vinha piorando nos últimos dias. Ele faleceu na sexta-feira (26), deixando quatro filhos.

Natural da capital carioca, Anderson fundou o Molejo no fim dos anos 1980. Além dele, o grupo de pagode foi criado por Andrezinho, Claumirzinho, Lúcio Nascimento, Robson Calazans e Jimmy Batera. Eles gravaram músicas que fizeram sucesso em todo o país, como Cilada, Brincadeira de Criança, Paparico e Clínica Geral.

O primeiro álbum do Molejo foi lançado em 1993. Além de vocalista, Anderson também tocava cavaquinho e compôs diversas canções. Ele assina, por exemplo, o hit Dança da Vassoura. Também é autor de músicas que ficaram conhecidas em gravações de outros grupos, como Cohab City, do Negritude Júnior.

Fonte: EBC GERAL

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Amigos e familiares se despendem de Anderson Leonardo no Rio

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Familiares, amigos e fãs se despediram neste domingo (28) do cantor Anderson Leonardo, do grupo Molejo. O velório ocorreu no Cemitério Jardim da Saudade de Sulacap, na zona oeste do Rio de Janeiro.

As primeiras visitas foram permitidas a partir de 11h. No acesso à capela, formou-se um corredor com coroas de flores. Algumas delas foram enviadas por artistas próximos de Anderson, como Carlinhos Brown, Zeca Pagodinho e Dudu Nobre.

“Mesmo na adversidade, devemos sempre lembrar que o Molejo é um grupo que leva alegria para o público. E o Anderson é a representação disso no contexto geral. Estamos todos com o coração apertado, mas não podemos deixar de lembrar que o Anderson é a alegria personalizada”, disse o músico e companheiro de banda, Andrezinho.

Ele também contou que o Molejo vai lançar um álbum novo no segundo semestre desse ano, intitulado O Paparico do Molejo. O trabalho conta com músicas novas e releituras de canções antigas do grupo.

Segundo Andrezinho, Anderson participou ativamente de todo o processo de produção. O trabalho também envolve participações especiais de Xande de Pilares, Thiaguinho e Dudu Nobre.

O pai do cantor, o produtor musical Bira Haway, se manifestou na manhã deste domingo através de suas redes sociais. “Filho sua alma foi recolhida com nobreza. Me sinto triste por não mais te abraçar, mas meu conforto e meu orgulho é ter sido seu pai e ter te tornado um ícone, um profissional completo, um pai maravilhoso para os seus, um filho sensacional, um amigo extraordinário e principalmente pelo ser humano iluminado e inesquecível. Te amo meu filho, meu amigo, meu companheiro”, escreveu.

Rio de Janeiro (RJ), 28.04.2024 – Familiares, amigos e fãs se despedem do cantor Anderson Leonardo, do Grupo Molejo. Seu corpo foi velado no Cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil Rio de Janeiro (RJ), 28.04.2024 – Familiares, amigos e fãs se despedem do cantor Anderson Leonardo, do Grupo Molejo. Seu corpo foi velado no Cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Familiares, amigos e fãs se despedem do cantor no Cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Anderson enfrentava um câncer diagnosticado em 2022. Aos 51 anos, ele estava internado no Hospital da Unimed-Rio e seu quadro vinha piorando nos últimos dias. Ele faleceu na sexta-feira (26), deixando quatro filhos.

Natural da capital carioca, Anderson fundou o Molejo no fim dos anos 1980. Além dele, o grupo de pagode foi criado por Andrezinho, Claumirzinho, Lúcio Nascimento, Robson Calazans e Jimmy Batera. Eles gravaram músicas que fizeram sucesso em todo o país, como Cilada, Brincadeira de Criança, Paparico e Clínica Geral.

O primeiro álbum do Molejo foi lançado em 1993. Além de vocalista, Anderson também tocava cavaquinho e compôs diversas canções. Ele assina, por exemplo, o hit Dança da Vassoura. Também é autor de músicas que ficaram conhecidas em gravações de outros grupos, como Cohab City, do Negritude Júnior.

Fonte: EBC GERAL

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