Líderes de diferentes crenças debatem intolerância religiosa no AC

Padres, pastores, espíritas, daimistas e umbandistas participaram do evento.
Objetivo principal é promover o respeito às crenças.

Do G1 AC

Debate reúne lideranças religiosas (Foto: Rayssa Natani/ G1)

No Dia Mundial da Religião e Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, comemorados nesta terça-feira (21) lideranças de vários segmentos religiosos se reuniram no Teatro Hélio Melo, em Rio Branco, para um debate sobre o tema. Na ocasião, também houve abertura da IV Exposição de Culturas Africana e Umbandista do Acre, que tem como objetivo aproximar a sociedade das religiões de matrizes africanas.

De acordo com a secretária municipal de promoção da igualdade racial Lucia Ribeiro, o Governo Federal, através da Secretaria Nacional de Direitos Humanos conclamou a todos os estados e municípios para desenvolverem ações visando promover o respeito às religiões.

“O objetivo é exatamente esse, unir católicos, evangélicos, umbandistas, pessoas do Candomblé, Santo Daime, espíritas, etc. Tudo para que cada um possa falar sobre o que sua igreja faz, para que a gente possa se conhecer e respeitar umas as outras. Porque todas as religiões têm a sua importância. Elas pregam o amor de Deus, o amor ao próximo e principalmente o respeito aos direitos humanos”, comenta.

Exposição visa aproximar a sociedade das religiões de matrizes africanas (Foto: Rayssa Natani/ G1)

Para  José de Arimateia, representante da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos  e Ogã do Candomblé, o debate não é simplesmente sobre as religiões em si, mas sim de reconhecimento da diversidade religiosa no estado. “A contribuição aqui não é para trazer nem conquistar adeptos, é para que as pessoas reconheçam as religiões de matrizes africanas como reconhecem as outras como elementos que contribuem com a sociedade”.

​Arimateia acredita que somente o Estado pode auxiliar a combater o preconceito reconhecendo a importância destas religiões. “O preconceito tem raízes históricas e é construído deliberadamente pelo estado. Durante mais de quatro séculos, todo o poder do Estado foi usado para esconder ou combater a fé que vinha do escravo, a fé de preto. A partir de agora, estamos em um período de desconstrução desta ideia”, ressalta.

 

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Publicado por
Alexandre Lima