fbpx
Conecte-se conosco

Acre

Levantamento aponta que o Estado do Acre apresenta “desequilíbrio” nos gastos com pessoal

Publicado

em

Do ac24horas.com

Ao contrário do que se pode imaginar, os Estados mais desenvolvidos do País – alguns à beira da falência – não são os que mais gastam com a folha de pagamento dos servidores ativos (do Executivo). Alguns deles – como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que frequentemente têm atrasado o pagamento de salários dos servidores – estão entre os que menos comprometem suas receitas com a remuneração dos profissionais do setor de segurança, ensino e saúde.

Entre as 27 unidades da Federação, o governo que menos gasta com pessoal ativo é o do Espírito Santo, seguido por Rio, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (ver quadro ao lado), mostra um estudo feito pelos economistas José Roberto Afonso e Vilma da Conceição Pinto, pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas.

gasto-acr-epessoalO resultado, no entanto, esconde uma equação perversa. Com a escalada dos gastos com aposentados e pensionistas (inativos) e da remuneração dos demais Poderes (Legislativo e Judiciário), os Estados têm tido menos espaço na folha de pagamento para manter sua atividade-fim, que é garantir o funcionamento dos serviços básicos.

O trabalho mostra que, em mais de dois terços das unidades da Federação, o gasto per capita com o pessoal ativo é menor que a média brasileira. O Rio de Janeiro, que vive uma grave crise financeira, por exemplo, tem uma despesa per capita menor que a do Piauí e quase igual à do Rio Grande do Norte. Isso não impede, no entanto, que o Estado atrase sistematicamente o salário do funcionalismo público.

“Esse estudo tenta mostrar a diferença entre o poder público e o governo, entre o Estado como um todo e o pessoal ativo do Poder Executivo. E, ao contrário do que se pensa, o retrato do governo não é o retrato do Estado em várias unidades da Federação”, explica o economista José Roberto Afonso, que também é professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Ele afirma que o peso dos inativos e demais poderes na folha de pagamento dos Estados inibe a atuação dos governos.

Pelos dados do estudo, no total do País, o gasto com pessoal inativo e demais poderes quase se iguala ao dos ativos, R$ 209 bilhões ante R$ 215 bilhões, respectivamente. A situação é ainda pior nos Estados de Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde essas despesas superam a do pessoal que está na ativa.

No caso do Rio Grande do Sul, o gasto com aposentados, pensionistas, Legislativo e Judiciário abocanha 71% da receita. “Há 20 anos, quando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) foi criada, a folha de pagamento dos Estados era de servidores ativos. Os inativos e outros poderes ainda representavam uma fatia pequena da folha”, afirma José Roberto Afonso, um dos autores da LRF.

Pela lei, quando se fere o limite de despesas de pessoal, o Estado tem de cortar até 20% dos cargos comissionados, exonerar os servidores não estáveis e, por fim, o servidores estáveis. “As três regras alcançam os funcionários ativos, e nada de inativos. E outros poderes são os mais criativos na hora de apresentar a conta.”

Um exemplo, diz Afonso, é que no Rio os inativos entram na conta do Executivo. “Um juiz aposentado, um deputado e um procurador aposentado contam na folha do Executivo. Se eles passam a ganhar mais, é um servidor que você precisa demitir. O desajuste do inativo implica ajuste no pessoal ativo.”

O secretário da Fazenda do Estado do Espírito Santo, Paulo Roberto Ferreira, afirma que, por causa dos inativos e demais poderes, o governo teve de fazer um pesado ajuste na folha de pagamento. De 2014 pra cá, reduziu em 12% o gasto com o pessoal ativo. “Estamos enxugando com corte de cargos comissionados, mas o raio de manobra tem diminuído muito.”

No estudo de Afonso e Vilma, o Espírito Santo aparece como o Estado com menor despesa com pessoal ativo em relação às receitas. Mas o Estado ficou com o oitavo menor gasto per capita do País, atrás apenas de Estados do Norte e Nordeste. “No segundo quadrimestre deste ano, tivemos uma queda real de 13,4% na arrecadação.”

O Estado de São Paulo, é o terceiro com menor gasto em relação às receitas, atrás de Espírito Santo e Rio de Janeiro. A despesa per capita está um pouco abaixo da média nacional. Em nota, o governo afirmou que o gasto menor com ativos faz parte de uma “política de controle rígido de reposição de pessoal ativo”.

Novos Estados. Na direção oposta dos Estados mais desenvolvidos do País, que gastam menos com os funcionários ativos do Executivo, os Estados considerados mais novos têm despesas acima da média. Segundo estudo dos economistas José Roberto Afonso e Vilma da Conceição Pinto, pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, estão nessa lista Tocantins, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Roraima, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

Enquanto a média de gasto per capita com a folha do pessoal ativo é de R$ 1.317, o Distrito Federal tem despesa de R$ 3.351; Tocantins, de R$ 2,627; e Roraima, R$ 2.496 (ver ao lado). “Não é mera coincidência que esses sejam os últimos Estados criados no País (inclusive o Distrito Federal que ganhou status de membro federado na Constituição de 1988)”, destaca o estudo.

Segundo Afonso, por serem relativamente mais novos comparado aos demais, eles não herdaram um contingente e uma folha tão pesada de inativos, que acabou sendo repassada para o governo federal ou ficando com o Estado de origem (no caso de separação). Por isso, conseguem gastar mais com pessoal ativo. Num índice criado pelos economistas, que considera o peso da folha com pessoal ativo em relação à receita, ao PIB e à renda familiar, esses Estados têm distâncias grandes em relação à média nacional.

O índice do Tocantins de 2,03, por exemplo, é o dobro da média de 1,00. O Acre tem o segundo maior índice, de 1,94 e Roraima, 1,65. Ou seja, eles gastam muito mais com pessoal ativo comparado aos demais. O secretário de Administração de Roraima, Frederico Linhares, reconhece que o Estado não tem problemas com a Previdência. “Como somos um Estado muito jovem, criado em 1988 e instalado em 1991, temos poucos servidores aposentados. Nossa Previdência local é superavitária.”

Isso não significa, entretanto, que o Estado está livre da crise. Por lá, o que pesa mais na conta é o custo dos demais poderes, especialmente do Legislativo. Em agosto e setembro, os salários foram pagos com dez dias de atraso.

Comentários

Continue lendo

Acre

Jornalista Wanglézio Braga é indicado para lista dos mais admirados da imprensa do Agronegócio 2025

Publicado

em

“neste segundo turno você poderá votar em até 5 opções em cada uma das categorias, indicando os nomes de profissionais e veículos em ordem de 1º a 5º lugar”

Wanglézio Braga tem ampla trajetória nos meios de comunicação do estado. Foi editor-chefe do jornal O Rio Branco por sete anos, além de atuar como repórter político e de meio ambiente. Foto: cedida 

Natural de Rio Branco, no Acre, o jornalista Wanglézio de Lima Braga é um dos 106 profissionais de 86 veículos de comunicação de todo o país listados na edição especial do portal ‘Jornalistas & Cia’. O profissional da mídia acreana foi classificado para a segunda etapa do prêmio “+Admirados da Imprensa do Agronegócio 2025”.

Criada pelo portal ‘Jornalistas & Cia’, a premiação valoriza o trabalho de comunicadores que se destacam na cobertura do setor agropecuário em todo o Brasil. Nesta edição, Wanglézio se destacou pela credibilidade com que trata as pautas do campo, recebendo reconhecimento dos colegas de profissão.

Segundo a publicação, neste ano a quantidade de premiados foi ampliada. “Em vez de Top 30, serão eleitos os Top 50 +Admirados Jornalistas do Brasil”, informa o portal, destacando que “mais da metade (63 nomes) ainda não haviam figurado na lista em anos anteriores”.

Diplomado em Jornalismo e Letras (Português) pela Universidade Federal do Acre (UFAC), Wanglézio Braga tem ampla trajetória nos meios de comunicação do estado. Foi editor-chefe do jornal O Rio Branco por sete anos, além de atuar como repórter político e de meio ambiente. Também teve passagens pelo SBT, onde foi apresentador e repórter, e pela revista Saiba Mais.

Atualmente, é colunista do portal News Rondônia, dos CEOs Fabiano Coutinho e Mauro Brisa, onde publica conteúdos diários com foco nos estados de Rondônia e Acre.

Na lista deste ano, Braga aparece ao lado de grandes nomes da imprensa agro, como Valterno de Oliveira, do Grupo Bandeirantes. Foto Art

Na lista deste ano, o jornalista acreana Wanglézio de Lima Braga aparece ao lado de grandes nomes da imprensa agro, como Valterno de Oliveira, do Grupo Bandeirantes. Para votar, basta acessar: link da votação e seguir as instruções. O nome de Wanglézio Braga está na categoria “jornalistas”.

De acordo com o portal, “neste segundo turno você poderá votar em até 5 opções em cada uma das categorias, indicando os nomes de profissionais e veículos em ordem de 1º a 5º lugar”.

O jornalista Wanglézio de Lima Braga, esteve nos 4 dias festa no município de Epitaciolândia realizando a cobertura do Xll Circuito Country de Epitaciolândia. Foto: oaltoacre

Comentários

Continue lendo

Acre

PM apreende 58 quilos de drogas e arma em operação no bairro Boa União, no Acre

Publicado

em

Equipes do BOPE, Choque e Cães surpreenderam suspeito em residência com grande carga de maconha e pasta base de cocaína

Os militares receberam informações de um endereço que possivelmente teria recebido um grande carregamento de drogas. Foto: cedida  

Policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), incluindo equipes da Companhia de Policiamento com Cães (CPCães), Companhia de Operações Especiais (COE) e Companhia de Choque (CPChoque), apreenderam 58 quilos de entorpecentes e uma espingarda durante uma operação na segunda-feira (5), no bairro Boa União, em Rio Branco.

Os policiais indagaram o indivíduo sobre o material ilícito e ele afirmou que iria entregar para outra pessoa. Em buscas pelo local os militares encontraram uma arma de fogo, tipo espingarda e várias embalagens de entorpecentes supostamente maconha e pasta a base de cocaína, somando ao todo 57, 815kg.

Operação foi deflagrada após denúncia

Os militares agiram com base em informações sobre um grande carregamento de drogas em uma residência. Ao chegarem ao local, encontraram o portão aberto e um homem distraído com o celular. Com ele, foram apreendidos três pacotes de maconha.

Arma e mais drogas escondidas no local

Durante buscas, os policiais encontraram:
– 57,815 kg de drogas (maconha e pasta base de cocaína)
– 1 espingarda

O indivíduo foi levado à Delegacia de Flagrantes (Defla), junto com todo o material apreendido, para as devidas providências. A operação reforça o trabalho integrado das unidades especiais da PMAC no combate ao tráfico de drogas no estado.

Comentários

Continue lendo

Acre

Polícia Civil do Acre lança plataforma digital com dados detalhados sobre mortes violentas entre janeiro e março deste ano

Publicado

em

Ferramenta interativa revela que 40 pessoas foram assassinadas no estado no primeiro trimestre de 2024; maioria das vítimas são homens

Ferramenta visa modernizar a gestão da informação e ampliar a transparência nas ações da Polícia Civil. Imagem: ilustrativa.

A Polícia Civil do Acre disponibilizou uma nova plataforma digital com painéis interativos que detalham informações sobre mortes violentas em todo o estado. Segundo os dados, 40 pessoas foram assassinadas entre janeiro e março deste ano, sendo 38 homens e apenas duas mulheres.

O sistema possibilita a consulta por categorias como homicídio, feminicídio, latrocínio, mortes por intervenção policial e acidentes de trânsito. A análise aponta que 14 dos homicídios registrados estão ligados a disputas entre facções criminosas.

A iniciativa visa aumentar a transparência e auxiliar no planejamento de políticas públicas de segurança. A plataforma está disponível para acesso público e deve ser atualizada periodicamente.

Entre as vítimas, a imensa maioria era do sexo masculino: 38 homens e apenas duas mulheres. A análise dos dados mostra ainda que 14 dos homicídios estão diretamente relacionados à disputa entre facções criminosas.

A capital Rio Branco concentrou a maior parte dos assassinatos no trimestre, com 22 casos. Em seguida aparecem os municípios de Cruzeiro do Sul (5), Brasiléia (2), Feijó (2), Jordão (2), Sena Madureira (2), Assis Brasil (1), Capixaba (1), Porto Acre (1), Rodrigues Alves (1) e Xapuri (1).”

Março foi o mês mais violento do período, com 19 assassinatos registrados. Em janeiro ocorreram 13 mortes e, em fevereiro, 8. Quanto aos instrumentos utilizados nos crimes, 57,5% dos homicídios foram cometidos com arma de fogo, enquanto 10% envolveram armas brancas.

A motivação dos crimes também foi analisada: além dos 14 casos relacionados ao conflito entre facções, outros 12 homicídios ainda estão sob investigação. Doze foram provocados por motivos fúteis, um por legítima defesa e outro teve motivação passional.

O delegado-geral da Polícia Civil, José Henrique Maciel Ferreira, destacou a importância da nova plataforma como ferramenta de apoio à atuação policial. “A visualização desses dados de forma interativa e dinâmica contribui significativamente para o direcionamento das nossas ações. É um recurso que nos permite agir com mais estratégia e assertividade”, ressaltou.

Segundo os dados, 40 pessoas foram assassinadas entre janeiro e março deste ano, sendo 38 homens e apenas duas mulheres. Foto: cedida 

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Acre, José Henrique Maciel Ferreira, a inovação vai permitir que o trabalho policial seja ainda mais direcionado.

“A visualização desses dados de forma interativa e dinâmica contribui significativamente para o direcionamento das nossas ações e para a identificação de padrões que possam ser combatidos com mais eficiência. É um recurso que nos permite agir com mais estratégia e assertividade”, afirmou.

O responsável pelo desenvolvimento dos painéis é o agente de polícia Raurimar Sousa Muniz, coordenador de Tecnologia e Informação (Cotin) da PCAC. Ele explica que o principal objetivo foi tornar os dados mais acessíveis para uso prático no dia a dia da gestão e das investigações.

“Nosso foco foi criar uma ferramenta intuitiva, que facilitasse a leitura dos dados e permitisse identificar rapidamente os principais pontos de atenção. Com esses painéis, é possível perceber tendências, fazer comparativos e identificar áreas de risco com muito mais clareza”, disse o agente.

Para o diretor do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, delegado Nilton Boscaro, os dashboards são uma conquista importante para a Segurança Pública.

“Trabalhar com dados bem organizados e atualizados é fundamental para que possamos antecipar situações críticas e definir prioridades com base em evidências. É uma ferramenta que agrega valor não apenas à investigação, mas também ao planejamento de políticas públicas”, destacou.

A Polícia Civil do Acre reafirma, com essa iniciativa, seu compromisso com a modernização dos processos, o uso responsável da tecnologia e a prestação de um serviço público cada vez mais eficiente e alinhado às necessidades da sociedade.

O delegado-geral da Polícia Civil do Acre, José Henrique Maciel Ferreira, reafirmou que a inovação vai permitir que o trabalho policial seja ainda mais direcionado. Foto: cedida 

Comentários

Continue lendo