Lava Jato devolve R$ 1,034 bilhão a Petrobras

Foi a maior devolução judicial da história; o procurador Deltan Dallagnol cobrou eleição de congressistas “alinhados com as medidas anticorrupção”

Deltan Dallagnol: “Por um Congresso alinhado com as medidas anticorrupção.” (Vagner Rosário/VEJA.com)

A força-tarefa da Lava Jato fez nesta quinta-feira, 9, a devolução simbólica de 1,034 bilhão de reais a Petrobras. Esse é o maior valor já devolvido judicialmente no Brasil. O dinheiro é oriundo de acordos de colaboração celebrados com pessoas físicas e jurídicas condenados por crimes de corrupção contra a estatal, como o engenheiro Swi Skornick e a empresa Keppel Fels.

Pelos cálculos da força-tarefa, há ainda 175 acordos de colaboração celebrados em Curitiba e Brasília que preveem a devolução de 12,3 bilhões de reais. Com o repasse desta quinta, o total de recursos já transferidos à estatal chega a 2,5 bilhões de reais. O coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, comemorou a devolução, mas afirmou que a Lava Jato precisa estar atenta para uma contraofensiva da classe política, nos moldes do que ocorreu na Itália, com a Operação Mãos Limpas. “Para evitar isso precisamos do apoio da sociedade. A sociedade brasileira deve assumir o protagonismo e construir um congresso alinhado com as medidas anticorrupção”, disse.

Já o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, afirmou que desde o início da operação, a empresa mudou seus protocolos de controle interno e tem cooperado com a Força Tarefa. “Fomos vítimas sim mas não temos tido atuação passiva e estamos empenhados em receber de volta cada centavo desviado atuando como assistentes da acusação em 51 processos.”

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Assessoria