O desembargador Samoel Evangelista, da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre, indeferiu um pedido de liminar em habeas corpus impetrado pela defesa de Francivaldo Barroso Chaves, conhecido como “Abacate”. Ele é um dos réus acusados do assassinato do jogador Thiago Tavares, de 18 anos, ocorrido em março deste ano, em Rio Branco.
A defesa solicitava a suspensão da tramitação do processo e a anulação das provas obtidas por meio da extração de dados do celular do réu, alegando quebra de cadeia de custódia. No entanto, o desembargador não identificou qualquer ilegalidade nas provas apresentadas e manteve a decisão da 1ª Vara do Tribunal do Júri, que havia aceitado a denúncia do Ministério Público.
Francivaldo, juntamente com Pablo Rodrigo Farias de Souza e Isaías da Costa, responde pelos crimes de homicídio qualificado, constrangimento ilegal (quatro vezes), corrupção de menores e por integrar organização criminosa. Eles foram denunciados em um segundo processo relacionado à execução do jogador.
Thiago Tavares, que atuava nas categorias de base do Santa Cruz Futebol Clube do Acre, foi sequestrado durante uma festa no bairro Santa Inês, em 31 de março, e executado com vários tiros em uma área isolada. Segundo a investigação, a motivação do crime teria sido uma foto no celular da vítima, em que ele aparece fazendo o gesto de “V” com os dedos — supostamente ligado a uma facção rival da que atua na região.
No último dia 23, três outros réus envolvidos no caso foram condenados. Andrey Borges recebeu pena de 24 anos e 8 meses de prisão; Darcifran de Moraes Eduíno Júnior foi sentenciado a 32 anos e 10 meses; e Kauã Cristian, a 21 anos e 8 meses.
A defesa de Francivaldo aguarda agora o julgamento do mérito do habeas corpus pelos três desembargadores da Câmara Criminal.