Justiça marca nova audiência de ex-agente que decapitou jovem e levou cabeça na casa da mãe dela no AC

Em janeiro, ele chegou a ser ouvido em audiência e pediu que fosse avaliado sobre sanidade mental.

Foi marcada para o dia 6 de outubro uma nova audiência de instrução e julgamento do ex-agente penitenciário Ivanhoé de Oliveira Lima, acusado de decapitar a companheira Larissa Aurélia da Costa Silva, de 17 anos, e deixar a cabeça na casa da mãe. O crime ocorreu em fevereiro do ano passado.

O processo segue em segredo de Justiça na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar. Em janeiro, o ex servidor público foi ouvido e ao menos quatro testemunhas foram ouvidas. Todas as movimentações do processo são fechadas, porém, a Defensoria Pública, que faz a defesa de Lima disse que nessa primeira audiência, ele mesmo pediu ao juiz laudo de insanidade mental e que esse pedido foi deferido pelo juiz Alesson Braz.

Porém, o resultado e os detalhes deste recurso não podem ser detalhados por conta do sigilo processual. Nesta nova audiência marcada para o próximo dia 6, devem ser ouvidas três testemunhas de defesa e o perito criminal.

A adolescente foi vítima de um crime bárbaro ao ser morta a facadas e depois decapitada, no bairro Jorge Kalume, em Rio Branco, no dia 21 de fevereiro de 2020. Não satisfeito, o homem ainda levou a cabeça da vítima até a casa da mãe dela.

Larissa Aurélia da Costa Silva, de 17 anos, foi decapitada pelo companheiro — Foto: Arquivo da família

Lima foi preso no mesmo dia do crime, no bairro Tangará, também na capital, após denúncias anônimas no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp). Ele foi achado consumindo bebida alcoólica com outras quatro pessoas, sentado na arquibancada de um campo de futebol.

Antes de ser posto em segredo, a imprensa teve acesso ao processo que dizia que, na delegacia, o ex-agente penitenciário confessou o crime, disse que primeiro esganou a menina, depois decapitou e jogou a cabeça na frente da casa da mãe dela.

No celular de Lima tinha ainda imagens dele agredindo a adolescente. Perguntado sobre o que motivou o crime, ele permaneceu em silêncio e disse que ia resguardar o direito de falar apenas em juízo.

O ex-agente tinha sido nomeado no dia 6 de setembro de 2010 ao então cargo de agente penitenciário. Ele acabou demitido em fevereiro de 2013 por improbidade administrativa.

O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) informou que o motivo da demissão foi ele ter entrado no presídio com fermento biológico – que é usado na fabricação de bebida artesanal conhecida como ‘maria louca’.

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Publicado por
G1 Acre