O crime ocorreu na última noite de carnaval de 2017, no dia 25 de fevereiro, quando ele, em companhia de mais três comparsas, tentaram matar um homem de uma facção rival no bairro Cadeia Velha.
Ao abrir fogo contra o inimigo, terminaram acertando a criança com um tiro na perna, mas as balas, duas delas, acertaram um bebê de um ano e 8 meses que estava dormindo em um quarto.
O pai da criança que foi assistir ao julgamento ficou frente a frente com o homem que tirou a vida do seu filho. Emocionado, não quis falar com jornalistas. Apenas testemunhou a dor da família para o júri.
Poucas horas após o crime, Talison foi preso pela Polícia Militar. Ele estava com seis pistolas, possivelmente usadas nos crimes. Um jovem foi apreendido. Também foi acusado de atirar contra a criança.
Thayson dormia em uma rede quando foi baleado na cabeça e morreu no dia 25 de fevereiro do ano passado (Foto: Arquivo pessoal)
O juiz que presidiu o júri, Leandro Leri Gross, disse que levar julgamento às pessoas que cometem esses crimes é o papel do Judiciário, mas é preciso a sociedade se unir para combater a violência entre os jovens.
“Chega de tantas vitimas. É preciso que todos se unam para buscar uma saída para essa violência desenfreada entre os jovens. Infelizmente não vejo nenhum movimento nesse sentido.”, desabafou.
A defesa de Talison pediu a desclassificação dos crimes. Não havia a intenção do acusado de atirar na criança, disse o advogado do réu, que tentava reduzir a pena. Talison era acusado de homicídio qualificado, tentativa de homicídio, corrupção de menores e porte ilegal de arma.
ADAÍLSON OLIVEIRA (FOTO: TV GAZETA)
