Cotidiano
Justiça aceita denúncia contra dupla que atirou na cabeça de professor de artes marciais durante assalto no Acre
Vítima chegou a passar por neurocirurgia e ficou quatro dias internada na UTI do pronto-socorro de Rio Branco após levar tiro. Crime ocorreu em novembro de 2019.
Por Iryá Rodrigues
A Justiça do Acre recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra dois homens acusados de atirar na cabeça do professor de artes marciais Márcio Urzedo Souza, de 37 anos, durante um assalto no Calçadão da Benjamin Constant, no Centro de Rio Branco. O crime ocorreu no dia 11 de novembro de 2019.
A denúncia foi aceita pela Vara de Delitos de Roubo e Extorsão da Comarca de Rio Branco, onde a dupla agora vai responder por tentativa de latrocínio. A reportagem entrou em contato com o defensor público, Michel Marinho, que faz a defesa dos dois acusados, mas não obteve sucesso até última atualização desta reportagem.
Entre os acusados estão Natalino Gonçalves da Silva Apurinã e Diego Maradona de Brito. Conforme o processo, os dois estão presos no Complexo Penitenciário de Rio Branco.
Apurinã foi preso dias depois do crime contra o professor, em um flagrante por tráfico de drogas no Mercado Aziz Abucater, no Centro da capital. Na delegacia, ele acabou confessando a participação na tentativa de latrocínio.
A vítima passou por uma neurocirurgia no pronto-socorro de Rio Branco e, segundo o processo, permaneceu internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por quatro dias. O professor teve alta do hospital no dia 23 de novembro de 2019.
Vítima lutou com assaltantes
Conforme a polícia informou na época, a vítima chegou a lutar com um dos criminosos e o outro acabou sacando a arma e atirando. O G1 tentou contato com o professor neste sábado (6), mas também não teve sucesso até última atualização.
Imagens de câmeras mostram o momento em que a dupla aborda a vítima e depois o professor aparece já caído no chão. Ainda em vídeos de câmeras de segurança de estabelecimentos no Centro da capital, é possível ver os dois homens correndo pelo calçadão em fuga.
Após a denúncia ser aceita pela Justiça é dado um prazo para que a defesa se pronuncie e depois deve ser marcada audiência. No processo, o defensor público informou que não conseguiu contato com os acusados até então e que, portanto, vai fazer a defesa no decorrer da instrução do processo.
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Alunos e professores da UAP protestam em frente ao prédio do Ministério Público por violação à liberdade de expressão
Os jornalistas relataram que o Ministério Público não só os obrigou a apagar as imagens, mas também os intimidou e agrediu verbalmente, ameaçando confiscar os seus equipamentos de trabalho
Alunos, professores e diretores da Faculdade de Ciências Sociais e Humanísticas (FCSyH) e do curso de Comunicação Social da Universidade Amazônica de Pando (UAP) protestaram diante do Ministério Público rechaçando a atuação do promotor Rolando Sánchez Michel, que Intimidou e obrigou a imprensa da Televisão Universitária a apagar o material audiovisual de uma operação de lenocinia em Cobija.
Da mesma forma, declararam o estado de emergência exigindo que a autoridade judicial pedisse desculpas publicamente pela violação dos direitos da equipa de imprensa da TVU e evidente violação da liberdade de expressão, ocorrido no último domingo, 12 de maio
Na manhã quinta, dezenas de manifestantes, professores e estudantes da UAP, reuniram-se às portas da Procuradoria Departamental de Pando para expressar o seu descontentamento e repúdio à censura prévia sob ameaça e intimidação contra a equipa de imprensa da Televisión Universitaria cometida pelo procurador Sánchez.
Os jornalistas relataram que o Ministério Público não só os obrigou a apagar as imagens, mas também os intimidou e agrediu verbalmente, ameaçando confiscar os seus equipamentos de trabalho. Além disso, ele revisou pessoalmente as gravações para garantir que as imagens do menor foram excluídas.
Durante a operação, o cinegrafista da TVU registrou quando uma jovem, presumivelmente menor e vítima de tráfico de pessoas, tentou fugir e a polícia a perseguiu até capturá-la no meio da escuridão e no meio do mato fechado. Estas imagens foram apagadas devido a ameaças do promotor Rolando Sánchez Michel.
O promotor Rolando Sánchez Michel, admitiu que através de ameaças obrigou uma equipe de imprensa da Televisión Universitaria a apagar as imagens da operação em uma boate de Cobija, onde estava detida uma adolescente vítima de Tráfico de Pessoas e Tráfico de Pessoas.
Numa conferência de imprensa realizada na última segunda-feira, 13 de maio, Sánchez admitiu que mandou apagar o material jornalístico por uma equipa de imprensa que acompanhou a operação, argumentando que se tratava de um menor, vítima de tráfico para fins de exploração sexual. Se eles se recusassem a apagar as imagens, ele ameaçava sequestrar a câmera cinematográfica.
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O incidente ocorreu na madrugada do último domingo, 12 de maio, durante a cobertura jornalística de uma operação de controle em boates e motéis da cidade de Cobija. A atividade teve início às 2h e foi realizada pela Procuradoria Departamental, em coordenação com a Polícia, a Administração Municipal, a Segurança Cidadã e a Ouvidoria da Criança e do Adolescente.
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“Ordenei que essas imagens fossem apagadas, entendendo que a vítima era menor e o colega de imprensa estava filmando o rosto da vítima, deve-se considerar que são vítimas de tráfico de pessoas (…) é imprudente por parte do a imprensa primeiro filmou a vítima e depois filmou os locais onde eram realizadas as operações (…) as investigações são complexas e devem ser mantidas com total sigilo. É verdade que eu disse a ele que se ele não apagasse as imagens eu iria sequestrar sua câmera”, afirmo o promotor.
A Associação Nacional de Jornalistas da Bolívia (ANPB) e a Associação de Jornalistas de Pando (APP) repudiam a censura prévia sob ameaça e intimidação contra a equipe de imprensa da Televisión Universitaria (TVU) Canal 21, cometida pelo promotor Rolando Sánchez.
A ANPB e a APP lamentam a atuação da referida autoridade, uma vez que viola as garantias constitucionais da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa. Da mesma forma, o direito dos cidadãos à comunicação e à informação.
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Bocalom nomeia ídolo acreano “Rei Artur” como novo secretário de Esportes de Rio Branco
A nomeação foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado (DOE).
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), oficializou nesta quitna-feira (16) a nomeação do ex-jogador Artur Oliveira como secretário de Esportes. A nomeação foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado (DOE), solidificando assim a entrada de Artur Oliveira na administração municipal. Com 54 anos de idade e natural da capital acreana, o novo secretário possui um currículo invejável, tendo defendido clubes de renome tanto dentro quanto fora do país.
Sua carreira no futebol inclui passagens marcantes por equipes europeias de prestígio, como o Porto. Além disso, Artur Oliveira contribuiu em tradicionais clubes brasileiros, como Remo, Vitória, Botafogo e Figueirense, demonstrando sua versatilidade e habilidade ao longo dos anos. A confirmação do convite para liderar a recém-criada secretaria de Esportes já havia sido anunciada pelo próprio Artur na semana anterior, o acreano ex-jogador de futebol, nascido na capital acreana, no mundo do futebol, já atuou em times nacionais e internacionais, sendo muito experiente no meio esportivo, conhecido como “Rei Artur”, o ex-jogador de futebol traz consigo uma vasta experiência e uma reputação consolidada no mundo esportivo.
Na última semana ele já havia confirmado o convite para assumir a secretaria recém-criada.