O índice de produtividade comparada saltou de 62% para 86% no último ano, conforme dados do relatório Justiça em Números 2025, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
O Poder Judiciário do Acre atingiu excelentes dados em 2024 ao registrar um salto significativo no índice de produtividade comparada, subindo de 62% para 86% em apenas um ano. O dado foi divulgado no relatório Justiça em Números 2025, elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que avalia o desempenho dos tribunais de todo o país. Com esse resultado, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) passa a figurar entre os dez mais eficientes do Brasil.
A evolução expressiva é resultado direto de uma gestão estratégica voltada para a eficiência, da integração entre setores e da adoção de metodologias modernas de trabalho. Entre os fatores que contribuíram para o avanço estão o acompanhamento de métricas, o investimento em capacitação e o compromisso institucional com a melhoria contínua dos serviços prestados à população.
Produtividade comparada
A produtividade comparada é um dos principais indicadores usados pelo CNJ para medir a performance do Judiciário. Ela considera a capacidade de um tribunal julgar, movimentar e concluir processos de forma proporcional às melhores práticas adotadas em nível nacional. Em outras palavras, quanto maior o índice, mais próximo o tribunal está do padrão de excelência na gestão de processos.
O Acre já vinha apresentando melhorias gradativas nos últimos anos — saltando de 50% em 2022 para 62% em 2023 — mas o avanço em 2024 foi particularmente notável, posicionando o TJAC como referência de eficiência no cenário brasileiro.
O impacto do salto de produtividade é perceptível em diversas frentes: houve uma redução significativa no volume de processos acumulados (backlog), acompanhada pela diminuição do tempo médio de tramitação das ações. O uso dos recursos humanos e materiais tornou-se mais eficiente, ao mesmo tempo em que foram aprimoradas as condições de trabalho para magistrados e servidores. Esses avanços refletem diretamente na confiança da população no sistema judicial acreano, que passa a ser visto como mais ágil, acessível e eficaz.
“Esse resultado é de todos que fazem o judiciário acreano. Magistrados, servidores, estagiários, terceirizados. Cada um contribuiu para esse salto. Que essa conquista seja lembrada como prova de que, quando há compromisso, alinhamento e trabalho coletivo, a Justiça se torna não só um ideal, mas uma realidade para quem dela depende”, disse o presidente do TJAC, desembargador Laudivon Nogueira.
Segundo ele, apesar do avanço expressivo, o TJAC encara o índice de 86% não como ponto de chegada, mas como estímulo para ir além. De acordo com o desembargador-presidente, a gestão já planeja novas ações para ampliar ainda mais a produtividade, entre elas: capacitações regulares, maior uso de tecnologias judiciais, incentivo a boas práticas nos cartórios e fortalecimento da comunicação institucional.
Outros destaques no Justiça em Números 2025
Além do salto no índice de produtividade comparada, o Tribunal de Justiça do Acre obteve resultados expressivos em outros indicadores avaliados pelo CNJ.
Entre eles, o TJAC conquistou a 6ª posição nacional no Índice de Conciliação, demonstrando seu compromisso com a resolução pacífica de conflitos em ações de grande impacto junto a socieade. O tribunal também figura como o 3º melhor do país no Índice de Conciliação na fase de conhecimento não criminal, nos Juizados Especiais e no primeiro grau, reforçando o incentivo às soluções consensuais.
Outro ponto de destaque é a agilidade na tramitação processual. De acordo com o relatório, o tempo médio entre o recebimento da ação e o julgamento, no primeiro grau, é de 1 ano e 6 meses, enquanto no segundo grau esse prazo é reduzido para apenas 4 meses.
O TJAC ainda alcançou a 6ª melhor média nacional no tempo de tramitação de processos pendentes e baixados, e, no segundo grau, teve o segundo melhor desempenho do país, ficando atrás apenas do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).
Esses números comprovam que o Judiciário acreano não apenas aumentou sua produtividade, mas também elevou a qualidade e a celeridade de seus serviços à sociedade.