Cotidiano

Jovem tem agulha esquecida na perna após atendimento médico em hospital do Acre

Vítima de acidente de trânsito em Mâncio Lima ficou com objeto cravado por mais de 24 horas; família precisou intervir após equipe médica minimizar erro

O jovem sofreu uma lesão na cabeça, com pequeno sangramento, o que motivou sua internação para observação no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul. Foto: cedida 

Um erro médico incomum colocou em risco a saúde de José Laurindo da Silva, 20 anos, após um atendimento no Hospital Dr. Abel Pinheiro, em Mâncio Lima (AC). O jovem, vítima de um acidente de trânsito no domingo (25), descobriu que uma agulha utilizada em seu tratamento havia ficado cravada em sua perna – e permaneceu no local por mais de 24 horas.

Ao perceber o problema, José Laurindo informou a equipe médica, que teria minimizado a situação, classificando o ocorrido como um “pequeno erro”. Sem receber assistência adequada para a remoção do objeto, coube à sua tia, Maria Alciete, retirar a agulha do corpo do jovem.

A sequência dos fatos:
  • O acidente: Colisão entre moto e carro próximo ao estádio Totão deixou Laurindo com lesão na cabeça;

  • O erro médico: Equipe não percebeu que a agulha de medicamento havia ficado na perna do paciente;

  • A negligência: Profissionais teriam classificado o caso como “pequeno erro”, sem ação imediata;

  • A solução caseira: Maria Alciete, tia do jovem, removeu o objeto quando o hospital não agiu.

O paciente foi transferido para o Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, onde segue em observação devido ao trauma craniano. A família exige explicações sobre o descuido no primeiro atendimento.

Órgãos acionados:

A Secretaria de Saúde do Acre foi notificada sobre o caso, que pode ser investigado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-AC). Enquanto isso, Laurindo aguarda alta médica, mas carrega a marca de mais um caso de desassistência na saúde pública acreana.

O incidente ocorre em meio a debates sobre a qualidade dos serviços hospitalares no interior do estado, onde pacientes frequentemente relatam dificuldades no atendimento. O caso deve reforçar cobranças por melhorias no sistema de saúde regional.

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Publicado por
Marcus José