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José Dirceu volta para a Papuda, no DF
Segundo Secretaria de Segurança Pública, ex-ministro chegou às 14h40. Ex-ministro ficará em cela coletiva de 30 metros quadrados.
O ex-ministro José Dirceu se entregou à Polícia Federal na tarde desta sexta-feira (18) e já está na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Dirceu chegou às 14h40 e foi recolhido ao bloco 5 do Centro de Detenção Provisória (CDP).
O espaço reúne internos que, legalmente, possuem direito de custódia em locais específicos, como ex-policiais, idosos, políticos, além de presos com curso superior. A cela onde José Dirceu permanecerá é coletiva, tem aproximadamente 30 metros quadrados, camas do tipo beliche, chuveiro e vaso sanitário.
Ainda de acordo com a secretaria, “assim como todos os outros detentos do sistema prisional, José Dirceu terá direito a quatro refeições diárias – café da manhã, almoço, janta e lanche noturno – e duas horas de banho de sol”.
O ex-ministro se entregou no começo da tarde, após determinação expedida pela Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (VEP/TJDFT). Ele deixou o apartamento onde mora no Sudoeste e seguiu para o Instituto Médico-Legal (vídeo acima). Depois de fazer o exame de corpo de delito, Dirceu foi em um carro da Polícia Federal para a Papuda.
A Comissão Executiva Nacional do PT divulgou nota na qual afirma que o sistema judicial é “manipulado” e que o objetivo da Operação Lava Jato é perseguir o PT e excluir o partido da vida política. “Apesar das mentiras e injustiças, não conseguem nos distanciar do povo, que vê no PT e na candidatura do ex-presidente Lula a única esperança de que o Brasil volte a ser um país de justiça e oportunidades, melhor e mais justo”, diz o texto da nota.
Na quinta-feira (17), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, negou por unanimidade o último recurso de José Dirceu na segunda instância. Neste processo da Lava Jato, Dirceu foi condenado a 30 anos e 9 meses de prisão. A pena dele é a segunda mais alta dentro da Lava Jato até o momento. A primeira é a que foi aplicada a Renato Duque: 43 anos de prisão.

Prédio, no Sudoeste, de onde saiu o ex-ministro José Dirceu para se apresentar à polícia (Foto: TV Globo/Reprodução)
Dirceu ainda pode recorrer da condenação a instâncias superiores. Ele é acusado dos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro em processo que investiga irregularidades na diretoria de Serviços da Petrobras, dentro da Operação Lava Jato.
Dirceu na Lava Jato
O ex-ministro chegou a ficar preso no Paraná entre agosto de 2015 e maio de 2017, quando conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus para aguardar o julgamento dos recursos em liberdade – mas com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Em 19 de abril deste ano, o ministro do STF Dias Toffoli negou liminar em que defesa de Dirceu solicitava que ele não voltasse para a prisão mesmo após concluídos os recursos no TRF-4. Toffoli afirmou que não poderia decidir sobre esse pedido sozinho e encaminhou a decisão final à Segunda Turma, composta por cinco ministros, que ainda não analisou a matéria.
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Terremoto de magnitude 4,4 é registrado em Minas Gerais
Segundo Defesa Civil, não há relatos de feridos nem danos materiais até o momento; Prefeitura de Araxá alertou para a possibilidade de novos tremores

Novos tremores de terra podem ocorrer nas próximas horas em Araxá • Prefeitura de Araxá
A Prefeitura de Araxá, no interior de Minas Gerais, confirmou a ocorrência de um terremoto de magnitude 4,4 na noite dessa sexta-feira (12). O tremor foi registrado por volta das 22h10.
De acordo com a Defesa Civil, até o momento não há registros de danos materiais nem de feridos em decorrência do abalo. As mineradoras que atuam no município foram acionadas, e as barragens instaladas na cidade permanecem estáveis.
O Corpo de Bombeiros foi acionado após moradores relatarem a ocorrência de fortes estrondos, com intervalos de cerca de três segundos entre eles, além da sensação de tremores no solo.
Em nota, a Prefeitura alertou para a possibilidade de novos tremores nas próximas horas e informou que o município segue em monitoramento permanente, em conjunto com órgãos técnicos.
A orientação é para que a população mantenha a calma, evite compartilhar informações de origem duvidosa e siga apenas as recomendações dos órgãos oficiais.
Veja quais são as recomendações
Se você estiver dentro de casa ou de um prédio:
- Mantenha a calma e permaneça no local durante o tremor;
- Afaste-se de janelas, vidros, espelhos, prateleiras e objetos que possam cair;
- Proteja a cabeça e o pescoço e procure abrigo sob uma mesa resistente ou junto a uma parede interna, em local seguro.
- Não utilize elevadores.
*Sob supervisão
Fonte: CNN
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Descoberta de caverna na Lua pode abrigar futuras missões
Evidência direta de um tubo de lava sob a superfície lunar aponta alternativas mais seguras e viáveis para a instalação de futuras bases habitadas

Cientistas encontraram sob esta abertura lunar um conduto subterrâneo intacto, que pode oferecer proteção natural para futuras missões tripuladas. • Pexels
Um dos achados mais importantes da ciência lunar nas últimas décadas pode transformar completamente a forma como imaginamos a presença humana fora da Terra. Pesquisadores confirmaram que existe uma caverna real e acessível logo abaixo da superfície da Lua, na região conhecida como Mare Tranquillitatis.
A revelação, publicada no artigo na revista Nature Astronomy, abre a possibilidade concreta de que futuras bases lunares sejam instaladas não na superfície exposta, mas no subsolo protegido do satélite.
A caverna fica localizada logo abaixo do Mare Tranquillitatis pit, um poço na superfície lunar que intriga cientistas desde que foi identificado pelas câmeras da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter. Durante anos, esse tipo de abertura levantou a hipótese de que não se tratava apenas de um buraco isolado, mas de uma possível entrada para um sistema subterrâneo. Essa hipótese foi finalmente confirmada quando pesquisadores reanalisaram dados de radar coletados em 2010 pelo instrumento Mini-RF.
Segundo o artigo técnicas modernas de processamento permitiram detectar ecos de radar compatíveis com um conduto subterrâneo oco, ligado diretamente à base do poço. O estudo descreve a descoberta como a primeira evidência direta de um tubo de lava lunar acessível, algo jamais confirmado antes. Até então, a existência de cavernas na Lua era sustentada apenas por modelos e analogias com estruturas vulcânicas da Terra.
Como é essa caverna recém-descoberta
A equipe analisou reflexões secundárias do radar, um padrão que só surge quando o sinal encontra uma superfície interna, como o teto ou as paredes de uma caverna. A partir desses dados, os autores do estudo concluíram que o conduto possui dezenas de metros de extensão e cerca de 40 a 50 metros de largura, formando um espaço amplo e potencialmente navegável.
O poço que dá acesso à caverna, por sua vez, tem aproximadamente 100 metros de diâmetro e entre 130 e 170 metros de profundidade, valores descritos igualmente no estudo de 2024. Essa dimensão incomum reforça a interpretação de que o Mare Tranquillitatis pit é uma “claraboia” natural, aberta pelo colapso de um teto vulcânico antigo.
O artigo destaca que a estrutura subterrânea é consistente com um tubo de lava intacto, formado há bilhões de anos, quando fluxos de magma percorreram o interior da Lua, solidificando-se por fora enquanto o material líquido continuava a escoar pelo centro.
Por que essa caverna pode ser um abrigo ideal
As condições ambientais extremas da superfície lunar fazem com que qualquer missão tripulada necessite de blindagens complexas contra radiação, micrometeoritos e temperaturas que variam entre +127 °C e –173 °C. É nesse contexto que a descoberta ganha força como solução.
O artigo ressalta que cavernas lunares oferecem proteção natural contra radiação, já que metros de rocha absorvem partículas solares e raios cósmicos com muito mais eficiência do que qualquer estrutura leve construída à superfície. Além disso, a caverna elimina o risco constante de impacto de micrometeoritos, fragmentos que atingem a Lua com frequência pela ausência de atmosfera.
Embora o estudo de 2024 não modele temperaturas, ele cita pesquisas anteriores que indicam que regiões permanentemente sombreadas de pits mantêm temperaturas próximas a 17 °C, bem mais estáveis do que na superfície. Isso significa que uma caverna pode oferecer um ambiente naturalmente temperado, onde a construção de habitats requer muito menos esforço térmico e energético.
Outro ponto enfatizado pelo artigo é o espaço interno: grandes salões de tubos de lava podem acomodar módulos pressurizados, centrais de suporte à vida, estoques e até laboratórios, sem necessidade de escavação.
O que isso significa para a exploração lunar
A descoberta apresentada surge como uma das peças-chave para a próxima era da exploração espacial. O estudo afirma que o Mare Tranquillitatis pit agora pode ser considerado um local realista para futuras missões robóticas que busquem entrar e mapear uma caverna lunar. Em outras palavras, o que antes era apenas hipótese passa a ser um alvo tecnológico concreto.
O artigo também destaca limitações: o radar consegue identificar o conduto, mas não mapeá-lo completamente. Ainda não se sabe a extensão total, a estabilidade do teto ou a presença de ramificações maiores. Antes de qualquer astronauta pisar ali, seria necessário enviar robôs capazes de descer os quase 150 metros do poço e explorar o interior em 3D.
Mesmo assim, os autores afirmam que essa é uma prova de conceito fundamental. Se uma caverna acessível existe em Mare Tranquillitatis, outras similares podem estar distribuídas pela Lua, inclusive nas regiões polares, onde há gelo. Isso ampliaria ainda mais a possibilidade de instalar bases subterrâneas protegidas, com acesso direto a água congelada, um dos recursos essenciais para habitação.
Fonte: CNN
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Polícia Federal resgata brasileiras mantidas em cárcere privado na Guiana Inglesa
Vítimas haviam sido prometidas com trabalho, mas foram submetidas a condições degradantes.



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