A empresa responsável pela obra de revitalização da Casa Chico Mendes tirou com cuidado cada telha. Elas foram lavadas uma a uma. Os tijolos da calçada vão passar pelo mesmo procedimento.
Essa é apenas umas das etapas para a recuperação da casa onde viveu e morreu Chico Mendes, o líder seringueiro assassinado em dezembro de 1988. Os restauradores querem manter o máximo da madeira original da casa. Serão retiradas as tábuas que estiverem em estado crítico.
Os pilares serão reforçados. As obras começaram na semana passada e vão custar R$ 118 mil. A meta é concluir a restauração em um mês. Desde a enchente que atingiu Xapuri no início do ano passado, a casa está fechada para visitação.
Agora, com recursos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a moradia do líder seringueiro será revitalizada.
Chico Mendes viveu na casa por mais de dois anos até ser assassinato. O Instituto Chico Mendes ainda mantém alguns móveis e livros do seringueiro. Itens que estão guardados e vão retornar para a residência assim que obra estiver concluída e for reaberta aos visitantes.
Do outro lado da rua, onde ficava um museu com documentos e roupas de Chico Mendes, está fechado. Uma disputa em família terminou com o imóvel a venda. Enquanto não aparece comprador, o tempo vai se encarregando de deteriorar a madeira.
Por Adaílson Oliveira (Foto: TV Gazeta)
