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Indígenas abandonam suas aldeias e vivem em situação degradante em Assis Brasil
Dezenas de famílias indígenas da etnia jaminawá estão vivendo em situação precária na cidade de Assis Brasil. São homens e mulheres, crianças, jovens e até idosos que decidiram deixar suas aldeias e hoje moram em locais inóspitos.
O Bairro Bela Vista e áreas de invasão são os locais onde a maioria das famílias indígenas estão vivendo. Em outras partes da cidade, principalmente às margens do Rio Acre, também é possível encontrar índios que conseguiram algum espaço para morar.
Os locais onde essas famílias estão vivendo são precários e, na maioria dos casos, não possuem energia elétrica, banheiro e outros itens básicos. Mesmo assim, há vários anos essas famílias vivem em completa situação de risco e invisíveis aos olhos das autoridades competentes.
Os indígenas sobrevivem na cidade basicamente com a renda de programas sociais ou da aposentadoria de algum membro da família. Geralmente são famílias numerosas e, por conta disso, passam muitas necessidades, pois o que ganham não é suficiente para garantir o básico.
Além disso, muitos jovens indígenas estão sendo aliciados pelo mundo do crime e prostituição. Há registros de apreensão de menores indígenas cometendo delitos como furtos, vandalismo e até venda de drogas ilícitas. Por outro lado, algumas jovens e adolescentes jaminawás vendem seus corpos por troca de dinheiro ou favores.
O consumo de bebidas alcoólicas é outro grande problema que envolve os indígenas. É comum ver índios embriagados pelas ruas e bares da cidade. E o mais grave é que muitos deles são adolescentes com menos de 15 anos de idade. Esse tipo de cena tornou-se tão comum em Assis Brasil que já não chama a atenção da população, muito menos das autoridades.
Cerca de 20% da população de Assis Brasil é constituída por indígenas. O município abriga em seu território as etnias jaminawá e manchineri que ocupam duas reservas indígenas com dezenas de aldeias. Mesmo assim, o Governo Federal decidiu fechar o posto de atendimento da FUNAI que operava na cidade. Com isso, houve um visível aumento no número de famílias indígenas que deixaram suas aldeias e hoje moram na zona urbana de Assis Brasil.
Mesmo diante de um problema antigo e que só aumenta a cada dia, o poder público em suas diferentes esferas, pouco ou quase nada tem feito a respeito. Famílias inteiras estão em grave situação de risco social. Jovens e adolescentes indígenas são presas fáceis para o mundo do crime e da prostituição. Idosos são explorados e roubados por comerciantes ou membros da própria família.
Além da falta de condições financeiras para sobreviver, os índios que vivem na cidade enfrentam ainda outro grande problema, o preconceito. Neste caso quem mais sofre são as crianças que já estudam. Elas enfrentam todo tipo de discriminação por parte dos colegas “brancos” e até mesmo de alguns professores.
A escola que reúne o maior número de alunos indígenas é a escola municipal Maria Ferreira, localizada no bairro Bela Vista. A instituição tem se esforçado para se adaptar às necessidades dos alunos indígenas, mas o problema é bem complexo e exige o envolvimento de outros setores da sociedade.
“É muito difícil ver a situação dos índios que estudam aqui em nossa escola. A maioria chega com fome, suja e com medo do ambiente e dos outros colegas. A direção da escola juntamente com toda equipe de servidores tem se dedicado para oferecer o melhor e combater qualquer tipo de preconceito”, afirmou um professor que trabalha no local e pediu para não ser identificado.
O número de famílias indígenas que moram na zona urbana de Assis Brasil só tem crescido nos últimos anos. Além disso, a gravidez precoce de jovens e até adolescentes indígenas é outro grave problema que não tem sido abordado pelas autoridades.
Texto e fotos: Jerry Correia
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Retorno às aulas: Prefeitura de Rio Branco confirma início do ano letivo na rede municipal
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEME), informa que o retorno às aulas na rede municipal de ensino ocorrerá na próxima segunda-feira, 17 de março de 2025.
A abertura oficial do ano letivo será realizada no Centro de Educação Infantil (CEI) Olindina Bezerra da Costa, às 8h. Em nota, a gestão explica detalhes acerca do retorno, levando em consideração que algumas escolas municipais estão sendo usadas como abrigos de assistência aos afetados pela cheia do Rio Acre.
Veja nota na íntegra:
NOTA OFICIAL — RETORNO ÀS AULAS DA REDE MUNICIPAL
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEME), informa à população e comunidade escolar que o retorno às aulas da rede municipal de ensino está confirmado para esta segunda-feira, 17 de março de 2025. Para o início dos trabalhos, o evento marcado para as 8h de segunda-feira, no CEI Olindina Bezerra da Costa, está mantido.
Esclarecemos que, atualmente, o ano letivo inicia com 92,5% das escolas da rede municipal; e com relação às unidades escolares em que as aulas não poderão ser retomadas nesta data, a SEME esclarece que:
1- A título de informação, as escolas Maria Lúcia e Willy Viana são utilizadas, atualmente, como abrigos, enquanto as escolas do Benfica, Chico Mendes, Carmelita e Ana Turan podem ser acionadas via Defesa Civil em caso de necessidade de aumento no quantitativo de abrigos. Nessas, o ano letivo não inicia nesta segunda-feira;
2- A Gerência do Departamento de Educação Infantil e do Departamento de Ensino Fundamental realizarão reuniões com os gestores dessas instituições para ajustar o calendário escolar, garantindo que não haja prejuízo ao ano letivo;
3- As aulas serão devidamente repostas, e a forma mais adequada para essa reposição será definida nessas reuniões, em conjunto com as equipes gestoras das unidades afetadas, e anunciada à comunidade escolar.
A prefeitura reforça seu compromisso com as pessoas, prestando resposta rápida às adversidades, ao mesmo tempo que reitera seu compromisso com a educação de qualidade e com a transparência na comunicação com a comunidade escolar.
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Detento que responde por roubo em Brasiléia foge do Pronto-Socorro em Rio Branco
Alcinei Cunha de Oliveira estava internado na ala psiquiátrica; IAPEN confirmou a fuga e equipes buscam recapturar o preso
O presidiário Alcinei Cunha de Oliveira, que responde a dois processos por roubo na Comarca de Brasileia, fugiu na noite deste sábado (15) do Pronto-Socorro (PS) de Rio Branco. De acordo com informações da polícia, ele estava internado na ala psiquiátrica do hospital, e as circunstâncias da fuga ainda estão sendo apuradas.
Em nota, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN) confirmou o ocorrido e informou que equipes estão realizando diligências para recapturar o detento. Alcinei tornou-se réu em um dos processos no último dia 13, e sua fuga acende um alerta para as autoridades.
O caso reforça a necessidade de revisão dos protocolos de segurança em hospitais que atendem presos, especialmente em situações que envolvem internamentos fora das unidades prisionais.
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Depedente químico ataca PM com facão e é morto a tiro em Cruzeiro do Sul

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Francisco José da Chaga, de 33 anos, avançou contra policiais após tentar agredir moradores; caso será investigado pelas autoridades
Um homem identificado como Francisco José da Chaga, de 33 anos, morreu após um confronto com a Polícia Militar na tarde deste sábado (15), no bairro Miritizal, em Cruzeiro do Sul, Acre. De acordo com relatos de moradores, Francisco, que era usuário de drogas, estava armado com um facão e teria tentado atacar pessoas na região, o que levou ao acionamento da PM.
Ao chegarem ao local, os policiais tentaram abordar o homem, mas ele reagiu e avançou contra a guarnição com o facão. Diante da ameaça iminente, os militares efetuaram disparos, atingindo Francisco, que caiu na via pública.
Equipes de socorro foram acionadas, mas o homem não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O caso será investigado pelas autoridades competentes para esclarecer as circunstâncias da ação policial e os eventos que levaram ao confronto.
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