Acre
Idosa acreana faz sucesso com receitas e dicas de artesanato na internet: ‘Amo ensinar’
Laíres Mendonça da Rocha, de 61 anos, posta dicas nas redes sociais onde acumula mais de 8 mil seguidores.

Vovó Laíres faz receitas caseiras para os 8 netos — Foto: Reprodução/Rede Amazônica
Há nove anos, a artesã acreana Laíres Mendonça da Rocha, de 61 anos, decidiu criar perfis em redes sociais para postar sobre a chegada do neto. O que, inicialmente, seria um perfil pessoal, acabou se transformando em plataformas com milhares de seguidores que acompanham as dicas de artesanato e de receitas da também doceira nas horas vagas.
A ideia de postar vídeos ensinando como fazer artes de costura começou enquanto cuidava do neto. Desde então, Laíres manteve seu canal e começou a publicar também suas receitas caseiras de bolos e biscoitos. Ela conta que adora ensinar, mas tinha muita vergonha de aparecer nos vídeos. Então a solução era gravar apenas suas mãos trabalhando.
“Eu via as pessoas ensinando, inclusive uma professora que hoje é minha professora de costura. Eu vi ela ensinando e me deu vontade de quem sabe ensinar também. E aí comecei a postar. No começo, só aparecia em minhas mãos porque eu tinha vergonha de aparecer. Depois fui aprendendo, me desenvolvendo e com a pandemia comecei a me envolver. Assisti live no Instagram, comecei a entrar nos grupos de artesanatos, fiz muitas amigas e aí os seguidores foram chegando”, afirma.
Com a chegada da pandemia, a artesã perdeu a vergonha e começou a postar mais sobre o seu trabalho no YouTube e Instagram, ensinando as técnicas para quem deseja aprender. Com crescimento orgânico, a Vovó Laíres, nome das redes sociais da idosa, já acumula mais de 8 mil seguidores nas duas plataformas e diz que conta com muitos admiradores do seu trabalho.
Atualmente, ela posta com frequência e diz que sente prazer no contato com seus seguidores que interagem nas dicas. “No YouTube, os vídeos têm que ser ensinando mais detalhado, às vezes demoro mais. Já no Instagram, posto todos os dias. Gosto muito de postar”, assegura.

Vovó Laíres costuma fazer lives costurando e ensinando a fazer seus famosos tapetes — Foto: Arquivo pessoal
Começar do zero
Laíres explica como a costura chegou à sua vida. Até 2005, ela era dona de uma loja com o marido com quem foi casada há 24 anos e, neste mesmo ano, o matrimônio acabou. Após dois anos separada, ela que morava em Cruzeiro do Sul, decidiu vir para Rio Branco.
Mãe de cinco filhos já adultos, ela precisava de algo para ter uma renda. A mãe de Laíres era uma ótima costureira, porém já estava idosa. Foi aí que ela teve a ideia de aprender com a mãe a costurar para fazer tapetes com retalhos.
“Tive a ideia de fazer os tapetes em tirinhas. Pegava malha nas malharias, fazia e depois fui me aperfeiçoando. Os retalhos que não serviam para os tapetes eu fazia as bolsas. Minha mãe me dava as dicas de costura”, afirma.
Pouco tempo depois, sua mãe faleceu e Laíres encarou o desafio de transformar a costura de tapetes em sua fonte de renda total. Atualmente, ela faz tapetes, bolsas e nécessaires, além de costurar roupas para a família.
“Tive que me virar sozinha. Por muito tempo paguei minhas despesas de aluguel e tudo mais com a renda dos tapetes. Hoje eu costuro roupas também, mas somente para casa, faço roupas somente para mim e minha filha”, explica ela.

Em seu aniversário, Laíres promoveu um desfile com peças de sua confecção — Foto: Arquivo pessoal
Em seu aniversário de 61 anos, a artesã realizou o sonho antigo de sua mãe, que era fazer um desfile com suas confecções, mas não conseguiu realizar antes de sua morte. O evento, que foi chamado de “Um sonho de mãe”, aconteceu no salão de festas de um condomínio e contou com poesias e homenagens feitas por Laíres para a mãe, que foi uma inspiração para ela.
Para que o evento fosse um sucesso, a idosa teve ajuda de suas netas, sobrinhas e amigas que desfilaram com os looks confeccionados por ela.
“Minha mãe desenhava muito bem e ela tinha um sonho de apresentar um desfile de roupas feitas por ela, mas não realizou. Um dia, conversando comigo, ela me contou o início de tudo, de quando ela começou a costurar, e me falou sobre o seu sonho. Depois quando eu estava fazendo uma roupa de festas, lembrei e fiquei com essa vontade no meu coração”, diz.
Artesã do ano e digital influencer
No ano passado, Laíres ganhou o prêmio de artesã do ano na categoria dos tapetes em frufru, que é a sua especialidade. O reconhecimento veio na Mega Artesanal, a maior feira de artesanato da América Latina, que ocorre há mais de 15 anos, com a participação da Indústria, do Comércio, dos Ateliês, Confeiteiros e Artesãos, em São Paulo.

Durante o evento Mega, Laíres fez um de seus tapetes — Foto: Arquivo pessoal
Quando retornou a Rio Branco, a artesã recebeu o contato de uma marca de máquinas de costura industrial que a convidou para ser influencer da empresa. “Em novembro do ano passado, recebi minha máquina e tive contrato assinado em cartório para divulgar a marca. Coisas de Deus, que a gente não explica”, comenta.
Para o futuro, a idosa acreana declara que pretende continuar transmitindo seus conhecimentos para ajudar quem a segue nas redes sociais.
“Para você ter ideia, tem pessoas de longe que já ganham dinheiro fazendo os tapetes que aprenderam comigo. Não pretendo parar. Recebo mensagens de pessoas agradecendo, mandando fotos de seus trabalhos e dizendo ‘Deus lhe abençoe’, eu fico muito feliz”, ressalta.
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Vídeo: Barco colide contra barranco após comandante dormir ao leme em Itacoatiara
Acidente ocorreu no Paraná do Amatarí; condutor, que teria passado a noite em festa de Carnaval, não se feriu, mas caso gera debate sobre segurança na navegação.
Um acidente inusitado chamou a atenção de moradores e internautas na manhã desta quarta-feira (5), quando um barco colidiu contra um barranco no Paraná do Amatarí, próximo ao distrito do Novo Remanso, em Itacoatiara (a 176 km de Manaus). O incidente ocorreu após o comandante da embarcação adormecer ao leme.
O momento foi registrado em vídeo por testemunhas, que observavam a embarcação seguindo sem controle em direção à margem. Nas imagens, é possível ouvir pessoas gritando desesperadamente para alertar e acordar o condutor, mas a tentativa foi em vão. O barco bateu no barranco e parou de avançar. Um homem conseguiu entrar na embarcação e desligar o motor, evitando danos maiores.

Vídeo mostra o comandante dormimmo antes de se chocar contra o barranco.
O comandante, que não sofreu ferimentos, foi auxiliado por moradores locais. Segundo relatos, ele teria passado a noite em uma festa de Carnaval e acabou dormindo enquanto pilotava o barco.
O caso repercutiu nas redes sociais, gerando debates sobre a segurança na navegação e a responsabilidade dos condutores. Até o momento, não há informações sobre eventuais medidas que possam ser tomadas pelas autoridades competentes.
O vídeo do incidente circulou amplamente, destacando a importância de atenção e cuidado durante a condução de embarcações.
Assista ao vídeo:
#Itacoatiara #Acidente #SegurançaNaNavegação #Carnaval #Manaus
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Deracre e Prefeitura de Assis Brasil alinham ações para melhorar ruas e ramais
O governo do Acre, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), representado pela presidente Sula Ximenes, recebeu nesta quarta-feira, 6, a visita institucional do prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, para tratar da manutenção de ruas e ramais no município.
Foram discutidas demandas para melhorar a trafegabilidade nas áreas urbana e rural. A reunião contou com a presença do diretor de Desenvolvimento Regional do Deracre, Celso Souza, reforçando o compromisso do governo em apoiar as prefeituras na execução de obras de infraestrutura.
Sula Ximenes destacou a parceria entre o Estado e os municípios. “Estamos trabalhando juntos para atender às necessidades da população, levando serviços que melhorem a mobilidade e garantam mais segurança”, afirmou.
O prefeito Jerry Correia agradeceu a recepção e o apoio às demandas. “Essa parceria é fundamental para avançarmos com melhorias nas ruas e ramais, garantindo melhores condições de acesso para os moradores”, disse.
O Deracre segue atuando junto aos municípios para fortalecer a infraestrutura viária e a mobilidade no estado.
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PRF encerra Operação Carnaval com redução de mortos e feridos

Foto: Divulgação/PRF
Ao longo dos seis dias de Operação Carnaval, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou redução no número de mortos e feridos e também de sinistros de trânsito quando comparados ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (6) na sede da corporação, em Brasília.
Entre os dias 28 de fevereiro e 5 de março, foram contabilizados 83 óbitos em rodovias federais contra 88 no carnaval de 2024 – uma redução de 5,7%. Em relação ao número de feridos, foram 1.315 este ano contra 1.552 no ano passado – uma queda de 15,3%. Já os sinistros somaram 1.150 em 2025 e 1.243 em 2024 – uma redução de 7,5%.
Álcool e direção
Apesar das campanhas de conscientização e do reforço na fiscalização, 2.732 condutores foram autuados no carnaval deste ano por misturar álcool e direção. Ao todo, 128 foram detidos por embriaguez ao volante – 10,34% a mais que em 2024, quando 116 motoristas foram flagrados dirigindo após ingerir bebida alcoólica.
Condutas irregulares
Outras condutas irregulares também foram alvo da operação, incluindo a falta do uso do cinto de segurança (6.818 infrações), a falta do uso de cadeirinha ou dispositivo para retenção de crianças (1.089 autuações), ultrapassagens indevidas (7.704) e veículos em excesso de velocidade (53.676).
Mudança de comportamento
De acordo com o diretor-geral da PRF, Fernando Oliveira, cerca de 3 mil policiais atuaram, por dia, em rodovias federais durante o período de carnaval deste ano. Segundo ele, foi feito um estudo prévio para determinar pontos de maior ocorrência de acidentes em todo o país – cerca de 150 foram identificados.
“Dentro deles, fizemos o que a gente chama de mobiliar o trecho”, disse, ao explicar que a estratégia consiste em ampliar o número de policiais nessas localidades. Oliveira destacou, entretanto, a necessidade de mudança de comportamento dos condutores, já que, nos trechos onde não há polícia presente, as infrações voltam a acontecer.
“A responsabilidade no trânsito não é exclusiva de nenhum órgão que trabalha com fiscalização. Ela é necessariamente compartilhada”, avaliou.
“Enquanto a gente não tiver uma real mudança de comportamento dos condutores, esse número de letalidade no trânsito não vai ter uma mudança real”, concluiu.
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