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Acre

Hospital da Mulher e da Criança do Juruá é denunciado e diretor pede afastamento

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Diretor técnico do Hospital da Mulher e da Criança do Juruá pede desligamento do cargo e revela situação precária da unidade de saúde

Da redação, com ac24horas

Os problemas na saúde pública se tornaram alvo constante de denúncias por parte de pacientes e seus familiares que procuram atendimento na rede pública, mas, nunca as carências dos hospitais tinham sido expostas de uma forma tão contundente por um profissional da área, como foi feita pelo médico e ex-diretor técnico do Hospital da Mulher e da Criança do Juruá (HMCJ), Ricardo Guzela, que em seu pedido de afastamento do cargo apresentou um relatório esmiuçando a gravidade da situação em Cruzeiro do Sul.

A maternidade do município começou a ser investigada após denúncia da agricultora Maria Alcilene, que ao entrar em trabalho de parto no mês de julho deste ano, procurou por três vezes o hospital, mas a criança morreu antes do parto, já que ela foi orientada no atendimento a retornar para casa. Segundo informações de mulheres de Cruzeiro do Sul, mais de 50 crianças nasceram mortas na unidade de saúde, nos últimos três anos. Existem suspeitas de negligência médica, além de contaminação das instalações.

Antes de pedir para sair da função de diretor técnico, Ricardo Guzela encaminhou seis memorandos à secretária Suely Costa – a assessora de gabinete da Sesacre, Adriana Cristina Evangelista – ao diretor clínico do HMCJ, Gilson Lima de Carvalho e, para a responsável pela Comissão de Controle de Infecção Hospitar (CCIH), Tatiana Panont – detalhando todos os problemas de funcionamento do hospital. Os documentos foram apresentados pela deputada estadual Antonia Sales (PMDB), na tribuna na Assembleia Legislativa.

A deputada peemedebista disse que visitou o prédio da maternidade e pode constatar pessoalmente que os dificuldades persistem. “Encontrei a secretária Suely Melo, e pensei que ela iria resolver esses problemas que que existem há mais de um ano. Soube através da imprensa que a secretária só tinha ido para ver os casos de malária e levar mais uma promessa de instalação do lacem.É vergonhoso um governo do Estado pagar R$ 15 milhões a mídia e não possa comprar uma centrifuga que talvez o preço não chegue a cinco mil”, afirma.

Segundo o relatório situacional que foi entregue aos diretores do hospital e a Sesacre pelo médico Ricardo Guzela, (que solicitou desligamento da direção técnica do HMCJ, no dia 10 de abril deste ano), os problemas atingem toda estrutura e área de pessoal do hospital público. O mais grave seriam os problemas de infecções classificados por ele, de “elevado índice de infecções hospitalares”, ocorridos no ano de 2012. “Considero que as infecções parecem manter-se em número considerado acima da média”, revela o profissional.

No documento, Guzela relata as dificuldades para realização de cirurgias no hospital. De acordo com ele, o centro cirúrgico possui quatro salas. Duas estariam desativadas por não possuir mesa cirúrgica, foco cirúrgico auxiliar, focos cirúrgicos de teto, carrinho de anestesia desativado e monitor multiparâmetros. As duas salas ativas estariam com o monitor multiparâmetro funcionando precariamente. “O centro cirúrgico possui dois aparelhos de bisturi elétrico, ambos estão inativos aguardando reparo”, revela.

A sala de Recuperação Pós-anestésica (RPA) teria quatro boxes de monitorização de pacientes. Dois estariam ativos com monitor multiparâmetro funcionando parcialmente. Os outros dois estariam desativados por não possuir monitor multiparâmetro. Outra falha da sala seria não possuir carrinho de emergência devidamente equipado e montado, segundo Guzela, que destacou que o hospital possui apenas dois leitos de assistência ao recém-nascido. Um dos leitos estaria aguardando reparo desde outubro de 2012.

Estrutura do hospital

O médico Ricardo Guzela fez suas considerações gerais sobre a estrutura do HMCJ e destacou seis pontos que demonstrariam a falta de manutenção na unidade de saúde. Para o ex-diretor técnico, os equipamentos estariam precisando de manutenção, os cabos e conectores de energia apresentam defeito e necessitam de substituição. Ele destaca que as macas estariam deterioradas ou não possuem mais colchonete, as roupas utilizadas pelos funcionários estão em falta, à lavanderia não funciona a contento e os recursos humanos seriam escassos.

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Central de Materiais Esterilizados

Apesar de o governador Sebastião Viana (PT) afirmar que 2013, seria o ano da saúde, as dificuldades no Hospital da Mulher e da Criança do Juruá destoam o discurso oficial. Um dos exemplos seria a Central de Materiais Esterilizados da unidade de saúde, que de acordo com o médico Ricardo Guzela, estaria com a área utilizada para lavagem, secagem e desinfecção de artigos cirúrgicos e de assistência à saúde, contaminada. “Desde a inauguração da unidade não contamos com deonizador de água”, enfatiza.

O médico destaca ainda que na área utilizada para preparo, acondicionamento e embalagem dos artigos cirúrgicos e de assistência à saúde possui duas autoclaves de porte nº 01 e nº 02. A autoclave de nº 01 (Baumer) estaria funcionando parcialmente e apresenta defeitos constantes. A autoclave de nº 01 (Stercom) nunca foi utilizada. O equipamento “está na área externa da Central de Materiais Esterelizados, protegido por sua embalagem original, não instalada”, diz Guzela.

Na área de estocagem de materiais as carências também seriam flagrantes, segundo Ricardo Guzela. “Há carência crônica de campos cirúrgicos e roupas cirúrgicas. Quantidade insuficiente de campos, blusas e calças; déficit de reposição de peças envelhecidas; déficit da capacidade de tratamento da roupa pela lavanderia, principalmente pela falta de dois equipamentos essenciais a este setor: centrifuga e calandra; as roupas e lençóis do HMCJ estariam sendo levados à Santa Casa para centrifugação”, acrescenta.

Clínica Ginecológica

Segundo o ex-diretor técnico do HMCJ, “existe a carência de leitos para internação de pacientes cirúrgicos. A unidade hospitalar não dispõe de ala ou setor destinado a acomodar pacientes que necessitam de procedimentos cirúrgicos, independente da complexidade do procedimento. Esta dificuldade já motivou em outros momentos, o cancelamento de procedimentos cirúrgicos eletivos”. Para Guzela, o HMCJ não suportamais do que dois procedimentos cirúrgicos por dia, independente da complexidade do procedimento.

As mortes de crianças ocorridas no HMCJ podem não ter ocorrido por negligência médica como relatam alguns denunciantes, mas pelas péssimas condições estruturais do hospital. Ricardo Guzela demonstra que existem limitações técnicas como a ausência de colaboradores justificadas com atestados médicos e devido a grande quantidade de plantões extras, falta de insumos de prestação de atendimento a saúde e falta de materiais devido ao grande fluxo de procedimentos cirúrgicos.

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Admitindo os problemas

No dia 18 abril deste ano, a diretora executiva da Sesacre, Celene Maria Prado Maia visitou o Hospital da Mulher e da Criança do Juruá. Em memorando, ela constatou que o número insuficientes de profissionais ginecologistas/obstetra , ocasionando déficit de horas médicas, dificuldade para fechamento das escalas, além do aumento da demanda de atendimento. Para resolver as questões foi autorizada a manutenção de pagamentos de plantão/horas extras aos servidores que foi cortado pela secretária Suely Costa, no início de março deste ano.

A responsável pelo setor de lavanderia do HMCJ, Elane Furtado Braz confirmou ao ex-diretor técnico Ricardo Guzela, que seria de conhecimento da direção do hospital que os funcionários do setor se deslocam à Santa Casa para centrifugação das roupas. A servidora destaca ainda, que a unidade disponibiliza apenas de um carro para transporte (a roupa está sendo colocada em sacos e transportada numa caixa d´água). “Informo ainda que a direção da unidade está ciente da situação. Tornando difícil cumprir com o suprimento de roupas para unidade”.

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Acre

Prefeitos de Assis Brasil e Jordão discutem soluções para destinação do lixo com Bocalom

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Os gestores trataram sobre a criação do consórcio de prefeituras que se unem para dar a destinação correta aos resíduos sólidos de suas cidades

O município de Assis Brasil produz cerca de 40 toneladas de resíduos sólidos por semana, já o município de Jordão, adotará um modelo diferente devido ao seu isolamento geográfico e às restrições ambientais. Foto: Val Fernandes/Secom

Com Ascom

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, recebeu, em seu gabinete, nesta quinta-feira (30), os prefeitos Jerry Coreia, de Assis Brasil e Naudo Ribeiro, do município de Jordão. Os gestores trataram sobre a criação do consórcio de prefeituras que se unem para dar a destinação correta aos resíduos sólidos de suas cidades. A iniciativa busca atender os municípios do Acre, especialmente os mais isolados, que enfrentam dificuldades na gestão de seus lixões a céu aberto.

Jerry: “Nossa gratidão ao prefeito Tião Bocalom pela forma como ele tem priorizado, olhando para os municípios do interior”. Foto: Val Fernandes/Secom

Durante o encontro, o prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, destacou a urgência da solução, já que o município acumula mais de R$ 3 milhões em multas por conta de um lixão irregular. Assis Brasil produz cerca de 40 toneladas de resíduos sólidos por semana e pretende encaminhar parte desse volume para tratamento na Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos (Utre), em Rio Branco.

“A gente acredita que isso é uma solução não permanente, mas que tiraria os municípios que têm condições de chegar até a capital, neste momento da situação dramática que vive aí junto aos órgãos controladores. Aí vem a nossa gratidão ao prefeito Tião Bocalom pela forma que ele tem também priorizado olhando para os municípios do interior” , disse Jerry Correia.

Naudo: “Jordão pretende instalar uma Usina Termoplástica para reciclar até 80% de seus resíduos”. Foto: Val Fernandes/Secom

Por outro lado, o município de Jordão, adotará um modelo diferente devido ao seu isolamento geográfico e às restrições ambientais. Como alternativa, Jordão pretende instalar uma Usina Termoplástica para reciclar até 80% de seus resíduos, transformando-os em materiais reutilizáveis, como meio-fio e tijolos.

“É uma solução mais rápida que a gente encontrou foi a termoplástico, uma usina que a gente está correndo atrás de instalar no município, para que a gente possa reciclar 80% do lixo do nosso município, podendo melhorar essa situação. Essa é a alternativa mais viável que tem para Jordão e a gente está buscando recurso para que a gente possa executar esse projeto e colocar em prática, mudando a realidade daquele município lá no meio da floresta amazônica, podendo ter aí o resíduo 80% reciclado”, explicou Naudo Ribeiro.

“Quando a gente criou o consórcio foi nesse sentido, no sentido de a gente facilitar as coisas, para poder resolver o problema dos 22 municípios, não apenas de Rio Branco como nós temos hoje e é claro, eu imediatamente me dispus. A Prefeitura de Rio Branco está pronta para ajudar os nossos municípios a buscar soluções. Aí criamos o consórcio, graças a Deus está andando muito bem”, enfatizou Bocalom.

Bocalom: “Quando a gente criou o consórcio foi no sentido de facilitar as coisas, para poder resolver o problema dos 22 municípios”. Foto: Val Fernandes/Secom

Uma reunião com os 13 prefeitos que compõem o consórcio está marcada para o final de fevereiro, onde serão discutidas novas estratégias para o gerenciamento de resíduos sólidos. Além disso, Bocalom mencionou que Rio Branco está investindo em uma usina própria para processar materiais recicláveis e produzir produtos termoplásticos, seguindo o modelo que foi observado em uma visita técnica realizada em Santa Catarina.

Veja vídeo:

“Nós vimos lá a indústria funcionando, realmente é uma alternativa muito boa, e que o município de Jordão, por exemplo, já vai adotar esse projeto aqui e Rio Branco também está comprando, com recursos próprios, uma usina pequena, que vai beneficiar a princípio aí alguma coisa em torno de três toneladas e meio/dia, para transformar o lixo reciclado. A gente vai aqui em Rio Branco receber lixo reciclado, para transformar também em produto termoplástico: pode ser um meio fio, um tijolinho para botar no chão. Tem o que você quiser fazer, o que manda é a forma que você manda fazer, porque o restante é só prensar e você ter o produto que você quiser”, concluiu.

Bocalom: “Quando a gente criou o consórcio foi no sentido de facilitar as coisas, para poder resolver o problema dos 22 municípios”. Foto: Val Fernandes/Secom

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Saúde alerta sobre a importância da vacinação contra a COVID-19 após mortes no Juruá

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A Secretaria Estadual de Saúde reafirma o chamado para que a população busque a imunização e permaneça atenta aos sintomas respiratórios, contribuindo para a proteção coletiva contra a COVID-19

Apesar do aumento de casos nesta temporada, o número de internações e agravamentos tem sido baixo, refletindo a adesão da população às vacinas. Foto: assessoria 

A Secretaria Estadual de Saúde reforçou a importância da vacinação contra a COVID-19 após a confirmação de pelo menos sete mortes causadas pela doença na região do Vale do Juruá. Segundo Diane Carvalho, coordenadora regional de saúde, a equipe segue monitorando atentamente a situação local e orientando a população sobre medidas preventivas necessárias.

A vacinação tem mostrado resultados positivos na redução da transmissão e da gravidade da COVID-19. Carvalho destaca que, apesar do aumento de casos nesta temporada, o número de internações e agravamentos tem sido baixo, refletindo a adesão da população às vacinas.

O estado também se preparou para a temporada sazonal de síndromes gripais, com um dia específico de vacinação em outubro do ano passado, o que ajudou a manter os números confortáveis em comparação ao ano anterior. “É importante que as pessoas com comorbidades, como problemas cardíacos e pulmonares, continuem se protegendo, pois ainda estão em risco”, explica Carvalho.

Além da vacinação, recomendações incluem o uso de máscaras em locais públicos e a higienização frequente das mãos. A Secretaria Estadual de Saúde reafirma o chamado para que a população busque a imunização e permaneça atenta aos sintomas respiratórios, contribuindo para a proteção coletiva contra a COVID-19.

 

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Polícia Civil do Acre participa de curso de capelania e celebra formação do primeiro capelão da instituição

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A capelania é um serviço de apoio espiritual e emocional realizado por capelães treinados, que atuam em hospitais, forças de segurança, escolas, presídios e outras instituições, levando conforto e orientação às pessoas que enfrentam momentos difíceis

Polícia Civil do Acre avança no cuidado com seus agentes e com a sociedade através da capelania. Foto: assessoria/ PCAC.

Nesta sexta-feira, 31, a Polícia Civil do Acre (PCAC) participou do curso de capelania promovido no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Rio Branco. Durante a solenidade, 39 formandos de diversas instituições receberam a certificação e a entrega das insígnias, que simbolizam o compromisso dos capelães em prestar assistência espiritual em diferentes contextos.

A capelania é um serviço de apoio espiritual e emocional realizado por capelães treinados, que atuam em hospitais, forças de segurança, escolas, presídios e outras instituições, levando conforto e orientação às pessoas que enfrentam momentos difíceis.

Entre os formandos estava o agente de polícia Gesly Alves da Rocha, que se tornou o primeiro capelão da PCAC. “Esse é um momento histórico na minha vida, pois vejo um mover de Deus em direção às pessoas por meio de um amor genuíno pelo próximo. Encaro esse desafio como ímpar, pois irei levar mensagens de amor aos que mais precisam. Toda a equipe da nossa instituição estará disponível para oferecer apoio espiritual e emocional”, destacou o capelão.

A vice-governadora Mailza Assis prestigiou a solenidade de certificação dos capelães, reforçando o apoio do governo à capelania na segurança pública. Foto: assessoria/ PCAC.

O delegado Adjunto, Cleylton Videira, presente na solenidade, ressaltou a importância desse marco para a Polícia Civil: “A capelania traz um suporte essencial para nossos policiais, que lidam diariamente com desafios intensos. A nomeação do primeiro capelão da PCAC representa um avanço no cuidado com o bem-estar emocional e espiritual de nossos servidores e da população atendida pela instituição.”

Polícia Civil do Acre forma seu primeiro capelão, agente Gesly Alves da Rocha, para prestar apoio espiritual e emocional. Foto: assessoria/ PCAC.

O coronel e diretor do Ministério Pão Diário, responsável pelo curso, Ailton Bastos também enfatizou a relevância do apoio às capelanias em todo o Brasil. “O trabalho dos capelães é fundamental para fortalecer aqueles que enfrentam desafios físicos e emocionais. Nosso compromisso é continuar apoiando e capacitando esses profissionais, garantindo que mais instituições possam contar com esse suporte essencial”, afirmou.

Alegria para o capelão Gesly e seus familiares ao celebrar essa conquista especial na Polícia Civil do Acre. Foto: assessoria/ PCAC.

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