O homem que se passou por faccionado para ameaçar o dono frigorífico da empresa Norte Carnes, no município de Brasiléia. Foto: captada
Um homem que havia ameaçado o frigorífico Norte Carnes em Brasiléia, usando o nome do Comando Vermelho, se retratou publicamente após o caso ganhar repercussão em todo o estado. Em novos áudios enviados a grupos de WhatsApp, ele admitiu que a facção criminosa não tem relação com as ameaças e atribuiu sua atitude à revolta pessoal pela apreensão de gado de sua família pelo ICMBio na Reserva Extrativista Chico Mendes.
Nos áudios iniciais, o homem afirmava que iria “metralhar todo mundo” no estabelecimento que realizava o abate de bois apreendidos. Já na retratação, mudou completamente o tom:
Reconheceu o uso indevido do nome do Comando Vermelho
Atribuiu suas declarações ao calor do momento
Direcionou suas críticas ao “Estado opressor”
Pediu desculpas aos envolvidos
Mesmo disse. “Ó galera, eu tô aqui pra retratar esses áudios anteriores que eu passei, entendeu? Falando sobre o frigorífico aí que abateu o gado da minha família e eu tava matando. E eu meti aí a organização do Comando Vermelho no meio. E ele não tem nada a ver, eu falei isso porque eu tava de cabeça quente, entendeu?”, disse.
Disse mais. “O Comando Vermelho não tem nada a ver com isso. Eu falei com cabeça quente porque o Estado ‘filha da puta’ chegou nas terras dos meus parentes e levou tudo, O Estado opressor que só presta pra oprimir, chegaram nas terras dos meus parentes e levaram tudo, entendeu?” justificou. O caso revela a tensão gerada pela Operação Suçuarana do ICMBio na região, que já dura semanas e tem como objetivo retirar gado criado ilegalmente na reserva ambiental.
Ele se retratou por meio de áudios enviados em grupos de WhatsApp e afirmou que a facção criminosa Comando Vermelho não tem nada a ver com o caso. Foto: captada