SAIMO MARTINS
O escândalo das ‘rachadinhas’, e o pedido de investigação do Ministério Público, fizeram com que o delegado José Henrique Maciel fosse exonerado pelo governador Gladson Cameli (Progressistas) do cargo de delegado-geral da Polícia Civil do Estado do Acre – PCAC. A exoneração foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (24).
Henrique, que foi nomeado em maio de 2019, chegou a receber uma ligação de apoio do governador , no entanto, um pedido de investigação do Ministério Público acerca das condições da Polícia Civil, fez com que Maciel deixasse o cargo.
O delegado é alvo de denúncia levada por um agente da Polícia Civil para a Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Patrimônio, do Ministério Público do Acre (MPAC), pela prática de “rachadinha”, que se baseia no repasse por parte de um servidor público ou prestador de serviços da administração, de parte de sua remuneração ou lucro ao delegado.
A reportagem apurou que a cúpula da segurança pública e o governador Gladson Cameli teriam sugerido para que Henrique pedisse afastamento do cargo, mas o delegado não considerou essa hipótese por não reconhecer a gravidade da denúncia que tomou conta das páginas dos jornais no início desta semana. Com isso, o governo teve exonerá-lo sumariamente.
Nos bastidores da segurança pública a informação que circula é que a denuncia de “rachadinha” contra Maciel seria apenas a ponta do iceberg. Ele sempre foi questionado pelo seus colegas delegados por ter sido escolhido como chefe da Polícia Civil e também estaria em uma suposta guerra interna com o secretário de segurança Paulo Cézar, que nega qualquer problema com o ex-delegado-geral