Brasil
Guerra e alta dos juros no exterior vão limitar queda da Selic em 2024
Mercado financeiro passa a prever recuos menores dos juros básicos do Brasil nos próximos dois anos em meio a incertezas
O cenário rodeado de incertezas, causadas pelo movimento de alta dos juros no exterior e receios com o avanço da guerra no Oriente Médio, vai impedir que a atual sequência de baixas da taxa básica de juros seja tão efetiva como imaginado anteriormente.
Após o corte de 0,5 ponto percentual da taxa Selic, de 12,75% para 12,25% ao ano anunciado nesta quarta-feira (1º), a percepção do mercado financeiro é de que a taxa básica caia com a mesma intensidade mais cinco vezes, até atingir 9,75% ao ano, em junho de 2024.
Para os dois encontros seguintes do Copom (Comitê de Política Monetária), são esperadas quedas menores da Selic, de 0,25 ponto percentual, para 9,25% até o fim do ano. Até a semana passada, a expectativa era de que a taxa básica encerraria 2024 em 9% ao ano. As expectativas também elevam de 8,5% para 8,75% a estimativa de juros básicos ao fim de 2025.
“O ambiente externo mostra-se adverso, em função da elevação das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos, da resiliência dos núcleos de inflação em níveis ainda elevados em diversos países e de novas tensões geopolíticas”, diz o comunicado que justifica o terceiro corte consecutivo da Selic.
Pedro Oliveira, tesoureiro do Paraná Banco Investimentos, classifica a recente reação do mercado financeiro sobre o ciclo de queda da taxa Selic como um reflexo da piora do ambiente internacional, com a curva de juros americana de dez anos no maior nível desde 2017 e avanço da guerra entre Israel e o Hamas.
“Se a taxa de juros americana continuar alta por muito tempo, a Selic pode não ter espaço para cair abaixo de 10% em um curto espaço de tempo. Outra situação no ambiente externo que deve ser destacada é o conflito geopolítico em Israel, que pode trazer volatilidade ao preço do barril de petróleo, além da aversão ao risco”, diz Oliveira.
Para Bruna Centeno, economista da Blue3 Investimentos, a manutenção da taxa de juros dos Estados Unidos em níveis elevados altera o cenário da taxa Selic, mesmo que os índices de inflação caminhem conforme as expectativas.
“Existe uma correlação externa [entre as taxas de juros] que pressiona a nossa curva de juros para que não seja observada uma fuga de capital. […] Se o investidor vê um movimento de queda da nossa taxa e alta da dos Estados Unidos, ele vai fazer essa análise [de risco], e nós sabemos que a economia deles é muito forte e capta uma preferência muito grande”, avalia ela.
Além dos receios externos, os economistas citam a preocupação com o andamento das contas públicas como outro fator que pesa contra as quedas mais efetivas dos juros. “Com juros altos no longo prazo nas economias desenvolvidas, países emergentes, como o Brasil, serão muito mais pressionados a entregar responsabilidade fiscal para atrair fluxo de capitais”, diz Oliveira.
Pesa contra as reduções da taxa Selic a recente declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que a meta fiscal do país para 2024 “dificilmente” será zero e que não há interesse em “cortar investimentos prioritários” para atingir o objetivo definido pelo novo arcabouço fiscal.
Bruna Centeno reforça que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao ser questionado sobre a fala de Lula não evidenciou quais eram os planos para cumprir a meta. “Isso mostra uma crise institucional, porque coloca uma incredibilidade sobre o arcabouço aprovado e à própria autonomia do Haddad em conduzir essa política”, diz.
A preocupação com o andamento das contas públicas também foi abordada pelo comunicado do Copom. “Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas”, afirmam os diretores da autoridade monetária.
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Brasil
Homem de 79 anos procura noiva e divulga lista de requisitos absurdos
Aristocrata abre campanha para encontrar noiva, oferecendo salário e benefícios. As exigências vão do signo até a nacionalidade
Para as pessoas que estão buscando um par romântico, umas das maneiras de se conectar com alguém é usar aplicativos de namoro. No caso deste aristocrata britânico, de 79 anos, essa foi uma das opções, mas não a última. Sir Benjamin Slade lançou uma campanha anunciando que está em busca de uma noiva e que possui certas exigências — até demais.
O homem falou sobre o assunto no programa “Millionaire Age Gap Love” do Channel 5 — rede de televisão britânica — e comentou que procura por uma noiva que seja uma “boa reprodutora” para lhe dar um herdeiro. Mas não para por aí: os requisitos se estendem até a idade e ao signo do zodíaco da “sortuda”.
Será que é fácil cumprir os requisitos?
As condições do barão descendente de Carlos II envolvem que a nova namorada seja, pelo menos, 20 anos mais jovem. Além disso, é preciso saber dançar dança de salão, jogar bridge e gamão e ainda fazer palavras cruzadas.

A lista possui 11 requisitos
De acordo com informações do jornal Daily Star, Benjamin mencionou algumas outras coisas que restringem ainda mais a lista. As mulheres não podem ser escorpianas e nem ter qualquer tipo de dependência química, seja em substâncias psicoativas ou álcool.
Ele também exige fatores relacionados à nacionalidade. Sua companheira não pode ser de países que comecem com a letra “I” ou que tenham a cor verdenas bandeiras. Escocesas também estão proibidas de se candidatarem a essa “oportunidade imperdível”.
“Não me importo com canadenses, americanas, alemãs e pessoas do norte da Europa, como gosto de chamar pessoas semelhantes. Acho que casar com uma esquimó não é para mim. O que eu preciso é de uma moça simples e simpática do interior, que saiba e entenda as coisas”, disse.
Há recompensas
Com esses inúmeros requisitos, é de se esperar que o aristocrata teria que oferecer algo. Segundo ele, a pretendente escolhida será recompensada com 50 mil libras esterlinas por ano, o que corresponde a mais de R$ 270 mil. O objetivo é que com o dinheiro a mulher administre sua propriedade em Somerset, na Inglaterra.

Essa é uma das propriedades da família Slade
Além disso, a namorada também terá direito a carro, casa, despesas pagas, alimentação e até férias. Não é como se fosse incomum que homens procurem por mulheres bem mais jovens para ter relacionamentos, mas Benjamin quis explicar o motivo.
“O imposto sobre herança é de 40% e a única maneira de eu transferir ela e a coleção de arte é deixá-la para minha esposa, livre de impostos, para que distribua aos meus parentes distantes. Ela também precisaria estar segurada, por isso precisamos de uma senhora pelo menos 20 anos mais jovem do que eu, pois não posso segurar uma esposa mais velha, então quanto mais jovem, melhor. Esta é a única maneira que resta para contornar o imposto sobre herança”, comentou.

O homem já colocou anúncios em jornais, criou perfis em aplicativos de relacionamento e até congelou seu esperma, mantendo a esperança de ter um filho homem
Aos 79 anos, o homem não está a procura somente do amor. Apesar de já ter uma filha com sua ex-esposa, Sahara Sunday Spain, o aristocrata britânico deixou claro que ainda quer ter um herdeiro do sexo masculino. Nesse caso, a exigência é que “tenha semelhança genética com um de seus ancestrais paternos”.
Confira a lista completa
- Deve ser uma “boa reprodutora”
- Pelo menos 20 anos mais jovem
- Nenhuma mulher escocesa
- Deve ser capaz de ter filhos homens (ele quer dois, “um herdeiro e um reserva”)
- Nada de comunistas ou lésbicas
- Nada de mulheres com dependência química
- Nada de mulheres do signo de escorpião
- Precisa ter licença para usar espingarda e para dirigir; licença de helicóptero é um bônus
- Capaz de administrar uma propriedade de 1.300 acres (cerca de 5,2 milhões de m²) e 2 castelos
- Mais de 1,68 m de altura
- Nenhuma mulher de países que começam com a letra I ou que tenham verde na bandeira
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.



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