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Grupo prevê investimentos no Acre e Rondônia para importação e exportação em parceria com a China

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O escoamento seria por portos peruanos ou chilenos, alcançados pela rodovia transoceânica. A ponte do Madeira permitirá o tráfego de caminhões e de produção entre Acre e Rondônia, abrindo para aquele estado aceso facilitado à rodovia do Pacífico

Esse projeto pode representar a redenção econômica para o Norte de Rondônia e para o Acre e é um dos benefícios diretos da conclusão da ponte do Madeira

 

A Tribuna

A inauguração da ponte sobre o rio Madeira vai permitir que Acre e Rondônia se transformem em corredores de importação de matérias primas chinesas para fomentar a indústria da região e, no frete de volta dos caminhões por meio dos portos do Oceano Pacífico, exportar commodities para o ávido mercado chinês.

Essa é a proposta que está sendo discutida por um forte grupo chinês com o governo de Rondônia, uma conversa que deve chegar nos próximos dias ao Acre e que vai usar, no estado, na estrutura da Zona de Processamento de Exportações, ZPE de Senador Guiomard, recentemente adquirida em leilão por grupo com fortes vínculos com a China.

Em Rondônia, o objetivo do grupo é utilizar as facilidades e estrutura da zona franca de Guajará Mirim, para atrair indústrias que transformem matéria prima em produtos para aproveitamento na região,

Segundo o secretário de Finanças de Rondônia, Luiz Fernando Pereira, a ZPE do Acre e a zona franca de Rondônia funcionariam de modo complementar e tanto a entrada de importações da China como a exportação de commodities usariam a infraestrutura da rodovia para o Pacífico no prolongamento da BR-317 no Acre.

Secretário de Finanças de Rondônia, Luiz Fernando Pereira.

Os empresários chineses são da importante província costeira de Shandong, ou Xantung, situada no norte oriental da China, com mais de 100 milhões de habitantes, centro tradicional do Taoismo e do Confucionismo, com templos e montanhas sagradas e uma forte atividade agrícola e industrial. Shandong é a segunda província mais populosa da China e sua economia é a terceira maior entre as províncias daquele país, com um PIB de ¥ 7,65 trilhões de Yuans em 2018 ou US $ 1,156 trilhão (1,15 trilhões de dólares).

Importação e exportação

Pelo desenho de negócios que está sendo formulado, Rondônia importaria de Shandong material como tecidos, lâminas de produtos agrícolas, material usinado e outras matérias primas para suprir um parque industrial a ser montado nas proximidades da cidade de Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia, dentro da zona franca existente ali. Esta ZF teve já um ápice de atividades até 1993 e hoje está desativada, mas com autorização de funcionamento. Pelas regras, matéria prima para zona franca é isenta de imposto de importação, como acontece em Manaus.

Com essa matéria prima será possível montar um diversificado parque industrial que remeta a produção para o sul do país ou que exporte para a Bolívia, do outro lado do rio. Essa seria uma das vertentes do intercâmbio.

A outra face do projeto usaria a zona de processamento de exportação do Acre para promover a concentração, estocagem e preparo de commodities como soja, milho, arroz, carne suína e bovina, produzidas no Acre e Rondônia e que ocupariam o frete de retorno dos caminhões que trouxessem o material para as indústrias instaladas em Rondônia. Desse modo, Rondônia seria o polo importador e o Acre o exportador, usando as diferentes e complementares estruturas de benefícios fiscais e isenção de impostos.

Tal arranjo permitiria a grande expansão do agronegócio acreano, com um mercado certo na Ásia. O escoamento seria por portos peruanos ou chilenos, alcançados pela rodovia transoceânica. A ponte do Madeira permitirá o tráfego de caminhões e de produção entre Acre e Rondônia, abrindo para aquele estado aceso facilitado à rodovia do Pacífico.

Assim, a ZPE acreana seria viabilizada como centro de convergência da produção agropecuária de toda a Amazônia Ocidental para o intercâmbio com a China. Acre e Rondônia poderão ter economias complementares e dinâmicas.

Os últimos detalhes estão sendo acertados no estado vizinho e, depois, os debates serão transferidos para o Acre, com a facilidade de já estar definido o processo de venda dos ativos da ZPE de Senador Guiomard. A previsão é de investimentos iniciais, nos dois estados, é da ordem de R$ 150 milhões por ano. Esse montante servirá para o financiamento das indústrias que ofertarão emprego e renda em Rondônia. Também vai ajudar a implantar os armazéns e silos na ZPE acreana, que promoverão empregos e fortalecimento da estrutura de mão de obra para a produção no meio rural acreano e no desenvolvimento de parcerias para a criação de suínos e mercado internacional para a carne do estado, beneficiada com a certificação de livre de aftosa, sem vacina.

Esse projeto pode representar a redenção econômica para o Norte de Rondônia e para o Acre e é um dos benefícios diretos da conclusão da ponte do Madeira, como explica o secretário de Finanças de Rondônia, Luiz Fernando Pereira, encarregado pelo governador Marcos Rocha de negociar em nome do governo.

Shandong é potência econômica e centro de tradições culturais do norte da China

A província costeira chinesa da Shandong, de onde provém o grupo chinês interessado no projeto com o Acre e Rondônia, também chamada em Português de Xantum, situa-se no norte oriental da China. É importante centro cultural e religioso e foi fundamental para as religiões e doutrinas do taoísmo , o budismo chinês e o confucionismo. O Monte Tai de Shandong é a montanha mais venerada do Taoísmo e um dos locais do mundo com a mais longa história de adoração religiosa contínua. Os templos budistas nas montanhas ao sul da capital da província, Jinan, já estiveram entre os principais locais budistas da China. A cidade de Qufué o local de nascimento de Confúcio e mais tarde foi estabelecido como o centro do confucionismo.

Shandong experimentou um rápido crescimento nas últimas décadas.

Com mais de 100 milhões de habitantes, é a sexta entidade subnacional mais populosa do mundo e a segunda mais populosa da China . A economia de Shandong é a terceira maior economia provincial da China com um PIB de CNY ¥ 7,65 trilhões em 2018 ou US $ 1,156 trilhão.

Shandong ocupa o primeiro lugar entre as províncias na produção de uma variedade de produtos, incluindo algodão , trigo e alho, bem como metais preciosos como ouro e diamantes. Outras culturas importantes incluem sorgo e milho. Possui extensos depósitos de petróleo, no delta do Rio Amarelo. Também produz bromo de poços subterrâneos e sal da água do mar. É o maior exportador agrícola da China.

É uma das províncias mais ricas da China e seu desenvolvimento econômico se concentra em grandes empresas com marcas conhecidas. É o maior produtor industrial e uma das principais províncias de manufatura da China. A parte mais rica da província é a Península de Shandong, onde a cidade de Qingdao é o lar de três das marcas mais conhecidas da China: Tsingtao Beer , Haier e Hisense.

A produção de vinho é a segunda maior indústria, perdendo apenas para a agricultura. Atualmente, existem mais de 140 vinícolas na região, que produz mais de 40% do vinho de uva da China.

A região concentra várias zonas de desenvolvimento económico e tecnológico, como a Zona de desenvolvimento industrial de alta tecnologia de Jinan, a capital, centro tecnológico que poderia dar subsídios para a implantação do centro de TI e Comunicação Digital em estudos para o Acre.

Lá estão instaladas empresas como LG, Panasonic, Volvo e Sanyo. Jinan ainda tem sua própria zona de processamento de exportação, que pode atuar de modo complementar com a ZPE acreana.

Na cidade de Qingdao está instalada zona de Livre Comércio que pode atuar junto com estrutura semelhante em Guajará Mirim, em Rondônia. Em Weihai está instalado o Torch Hi-Tech Science Park, voltado para cultura, educação e ciência.

A Ferrovia de alta velocidade (trem bala) Jingjiu ( Pequim – Kowloon ) e a Ferrovia Jinghu ( Pequim – Xangai ) são as principais ferrovias arteriais que passam pela parte oeste de Shandong,

Shandong tem uma das redes de vias expressas mais densas e de alta qualidade entre todas as províncias chinesas.
A Península de Shandong , com suas baías e portos, possui muitos portos importantes, incluindo Qingdao , Yantai , Weihai , Rizhao , Dongying e Longkou . Muitos desses portos têm significado histórico e locais de antigas bases navais estrangeiras ou batalhas históricas. As balsas ligam as cidades na costa norte da península com a península de Liaodong , mais ao norte através do mar.

Esta é província que pode se tornar parceira preferencial do Acre na China com impacto determinante na economia do estado e de Rondônia.

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Em Brasília, Prefeito de Rio Branco participa de reunião geral da FNP e é destaque

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Com o objetivo de discutir os principais desafios fiscais enfrentados pelas cidades brasileiras e o papel dos municípios na governança tributária do país, entre outras pautas, é que a Frente Nacional dos Prefeitos e Prefeitas ( FNP) realiza a 87ª Reunião Geral. O evento que teve início nessa segunda-feira (7), acontece em Brasília e reúne prefeitos dos mais de 5 mil municípios.

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom também está participando do encontro que discute acerca da aplicabilidade tributária, isenção de impostos e segurança.

Durante a sua participação, o prefeito destacou acerca dos investimentos realizados em Rio Branco sempre priorizando a segurança e o bem estar da população.

“Um dos temas em discussão foi sobre Segurança Pública, onde falei sobre as ações que a nossa gestão implementou em Rio Branco, entre elas o programa Rio Branco Mais Segura com a implantação de mais de 300 câmeras de segurança em pontos estratégicos da nossa capital, e que são interligadas com a central da Polícia Militar. Além de 100% da cidade com iluminação em led e também acesso nos ramais urbanos, e outros”, destacou o prefeito, que após seu discurso foi citado de forma positiva e como exemplo de gestão por prefeitos presentes, entre eles Silvio Barros, de Maringá-PR, Rildo Amaral – Imperatriz MA, Paulo Sérgio- Uberlândia MG.

A gestão de Tião Bocalom também foi destaque por ações de desenvolvimento na agricultura e produção em Rio Branco, o que resultou na sua eleição como Vice-presidente para o Agronegócio na Frente Nacional dos Prefeitos e Prefeitas (FNP).

Ainda sobre o tema Segurança Pública, Bocalom se destacou também ao chamar a atenção da FNP sobre a falta de cobrança da instituição ao Judiciário sobre mais efetividade no tocante à audiência de custódia.

“A FNP precisa cobrar à Justiça um trabalho diferenciado sobre a audiência de custódia, a polícia prende um cidadão e na audiência, muitas vezes, ele é liberado. Isso desestimula o policial a trabalhar. A FNP precisa fazer essa cobrança”, avaliou o gestor.

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Brasiléia se destaca no Novo PAC 2025 com 10 projetos aprovados e R$ 25 milhões em recursos federais

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Município ficou atrás apenas da capital Rio Branco em número de propostas aprovadas; prefeito Carlinhos do Pelado comemora resultado de equipe técnica

Brasiléia teve 10 propostas aprovadas e ficou atrás apenas de Rio Branco que consegui admissão em 14 propostas. Foto: assessoria 

O município de Brasiléia emergiu como um dos principais destinos de investimentos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 2025 no Acre, com a aprovação de 10 projetos que totalizam mais de R$ 25 milhões em recursos federais.

O anúncio foi feito pelo Governo Federal na última sexta-feira (4), destacando o desempenho da gestão municipal, que ficou atrás apenas de Rio Branco (com 14 propostas) em número de iniciativas aprovadas no estado.

Sob a coordenação da secretária Goreth Bibiano, a equipe de planejamento do prefeito Carlinhos do Pelado trabalhou intensamente para elaborar propostas em áreas estratégicas como saúde, educação, infraestrutura urbana e inclusão social. O resultado foi comemorado pelo gestor, que destacou o potencial transformador dos recursos para a população.

Dos 151 projetos acreanos aprovados, 139 partiram de prefeituras e 12 do governo estadual. Os investimentos prometem impulsionar o desenvolvimento regional, com obras e serviços que devem impactar diretamente a qualidade de vida nos municípios beneficiados. A expectativa agora é pela liberação dos recursos e início da execução das ações previstas.

Para o engenheiro Romulo Gondin, responsável pelo cadastramento, a ação é motivo de comemorar. “Feliz em ver nosso empenho sendo destaque no estado. Foram vários dias buscando alternativas e viabilidade para que nossas propostas fossem cadastradas, porque entendemos que, para Brasiléia, o PAC representa uma oportunidade de obter recursos para a realização de obras e aquisição de equipamentos que promovam melhorias significativas na qualidade de vida da população”, enfatizou ele.

Os investimentos prometem impulsionar o desenvolvimento regional, com obras e serviços que devem impactar diretamente a qualidade de vida nos municípios beneficiados. Foto: assessoria 

A seleção teve participação de todos os 22 municípios do Acre. Rio Branco lidera com 14 propostas, seguida de Brasiléia (10), Marechal Thaumaturgo (8) e Tarauacá (8).

O programa federal deve investir R$ 49,2 bilhões em 19 modalidades, divididas entre os eixos: Saúde; Educação, Ciência e Tecnologia; Cidades Sustentáveis e Resilientes; e Infraestrutura Social e Inclusiva.

Na área da saúde, o estado pleiteia recursos para 21 kits de teleconsulta, 20 unidades odontológicas móveis, 18 pacotes de equipamentos para Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de solicitar a criação de 10 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), oito novas UBS e uma ambulância para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O prefeito Carlinhos do Pelado parabenizou sua equipe pelo envolvimento e garantiu que todo esse esforço será de fundamental importância para Brasiléia. “Fico feliz pelo trabalho de nossa secretaria de planejamento, recursos são sempre bem vindos, por que o povo espera de nós enquanto gestores, que façamos a nossa parte e é o que temos feito desde o dia em que assumimos a prefeitura de Brasiléia. Hoje conseguimos a garantia através do novo PAC 2025, de mais de R$ 25 milhões, que serão investidos em infraestrutura, esportes, saúde e outras áreas”, pontuou o gestor.

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Aleac promove audiência pública sobre metas fiscais a partir de requerimento do deputado Tadeu Hassem

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A Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) realiza nesta terça-feira, 8, às 8h, uma audiência pública para discutir o cumprimento das metas fiscais do último quadrimestre, em atendimento ao que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000). O evento cumpre o §4º do art. 9º da LRF, que prevê a obrigatoriedade de prestação de contas periódica por parte do Poder Executivo ao Legislativo e à sociedade.

A convocação parte do requerimento nº 42/2025, de autoria do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos), presidente da Comissão de Orçamento e Finanças (COF) da Aleac. À frente de um dos colegiados mais estratégicos da Casa, Hassem tem se dedicado a fortalecer a cultura de responsabilidade fiscal e promover espaços de controle social sobre as contas públicas.

Segundo o parlamentar, a audiência representa um importante instrumento de transparência e equilíbrio institucional. “Essa audiência não é apenas uma formalidade. É uma forma de garantir que o cidadão tenha acesso às informações sobre como os recursos públicos estão sendo aplicados. Estamos falando de saúde, educação, infraestrutura e tantos outros setores que impactam diretamente a vida da população. Nosso papel é fiscalizar e garantir que o planejamento orçamentário esteja alinhado às necessidades reais do povo acreano”, destacou Tadeu Hassem.

A audiência será realizada no plenário da Aleac e contará com a presença de representantes do Executivo estadual, técnicos da Secretaria da Fazenda, membros do Tribunal de Contas, Ministério Público e demais instituições envolvidas na fiscalização e planejamento das finanças públicas.

Planejamento participativo: audiências públicas reforçam transparência orçamentária

Em dezembro de 2023, a Comissão de Orçamento e Finanças, sob a presidência de Hassem, promoveu uma audiência pública para discutir a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 e o Plano Plurianual (PPA) 2024-2027. A atividade contou com a participação de gestores municipais, lideranças comunitárias, secretarias de Estado, entidades de classe e outros setores da sociedade civil organizada.

Na ocasião, o deputado defendeu a importância de envolver a população na construção das metas orçamentárias: “Ouvir órgãos, entidades e toda sociedade se faz necessário para uma execução orçamentária eficaz”.

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