Todas as importações e exportações estão paralisadas, e a consequência é a quebra na arrecadação federal, o que atinge também os repasses feitos ao estado e município. Os processos que teriam entrada agora refletem na arrecadação futura, então o prejuízo só será sentido daqui a um ano.
Apenas 30% dos auditores continuam nos postos atendendo emergências, para que a greve não caracterize ilegalidade. A categoria quer a valorização dos cargos, apresentada em Projeto de Lei, conforme foi articulado em acordo com o governo federal em março deste ano. O projeto trata sobre as atribuições e prerrogativas do cargo de auditores fiscais, reconhecendo a classe como autoridade fiscal e aduaneira.
Em tramitação na Câmara Federal, o relator do projeto, deputado federal pela Paraíba, Wellington Roberto, alterou trechos que tratam sobre o reconhecimento, o que para a categoria representa quebra de acordo. A greve é a forma encontrada pela classe para chamar atenção dos demais deputados para a não aprovação das emendas feitas pelo relator, que oferece pareamento do cargo com o de analista fiscal.
Não há filas de caminhões e carretas a espera de atendimento na capital e nem em Brasiléia, porque de acordo com informações da categoria, a maioria das empresas que trabalham com o transporte dos produtos estão instaladas na região, e a carga fica estocada nos galpões das próprias transportadoras.