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Governo prevê congelamento de despesas em 2024 e abre caminho para nova mudança no teto de gastos

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O presidente eleito em outubro só terá o primeiro ano de mandato para dar reajuste a servidores públicos e aumentar despesas obrigatórias do Orçamento, se mantidas as regras em vigor do teto de gastos, a regra que limita o crescimento das despesas à inflação.

Conforme os parâmetros do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2023, encaminhado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional, as despesas com salários e gastos com Previdência (chamadas de obrigatórias) vão atingir 95% dos gastos totais do Executivo em 2024, comprimindo ainda mais o espaço para custeio da máquina pública, que inclui pagamento da conta de luz dos órgãos públicos, bolsas de iniciação científica, fiscalização ambiental, entre outros gastos, e investimentos (tecnicamente chamadas de discricionárias).

A regra do teto de gastos estabelece que, quando os gastos obrigatórios atingirem esse nível de 95%, o Executivo não poderá criar cargos, dar reajuste salarial, aprovar uma nova despesa obrigatória e nem ampliar os benefícios fiscais a setores da economia.

Na prática, a maior parte do Orçamento ficaria “congelada”, sem possibilidade de aumento, em função dos gatilhos de contenção de gastos da norma fiscal. Atualmente, as despesas obrigatórias somam R$ 1,954 trilhão do Orçamento primário, que desconsidera a despesa com juros, e representam 93% do gasto total do governo.

As projeções do Executivo indicam que esses gastos, que incluem aposentadorias, folha salarial, benefícios sociais e toda despesa prevista em lei, vão somar R$ 1,759 trilhão em 2023 (94%) e atingir R$ 1,851 trilhão em 2024 (95%), quando os gatilhos seriam acionados. No projeto da LDO, o governo colocou uma reserva de R$ 11,77 bilhões para reajustes já no ano que vem, abrindo caminho para um aumento no primeiro ano do próximo mandato.

Pela Constituição, os gatilhos só serão acionados se o índice de 95% for verificado na aprovação do Orçamento pelo Congresso, e não na execução em si, o que abre margem para os parlamentares cortarem despesas obrigatórias, ampliar gastos de emendas e escapar do ajuste, como ocorreu nos últimos anos.

Palácio do Planalt , em Brasília; Orçamento deve ficar ainda mais comprometido com despesas obrigatórias

Dida Sampaio/ Estadão Palácio do Planalt , em Brasília; Orçamento deve ficar ainda mais comprometido com despesas obrigatórias


O que especialistas alertam, porém, é que, antes de o gasto obrigatório chegar a 95%, o governo pode ficar sem espaço para despesas básicas da administração pública necessárias para o funcionamento da máquina e furar o teto – ou mexer no limite mais uma vez. Uma das possibilidades no radar é aproveitar a PEC que estabelece um piso para agentes comunitários de saúde, com custo de até R$ 4 bilhões por ano, e flexibilizar o teto novamente.

“As despesas obrigatórias, ao atingirem o limite de 95%, fariam com que o nível de gastos discricionários ficasse em um patamar insustentável do ponto de vista da manutenção das políticas públicas. Nesse caso, a pressão por uma mudança na regra do teto em si viria antes de os gatilhos serem acionados”, afirmou o diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Daniel Couri, para quem a regra dos 95% é “possivelmente inócua”.

Desde 2016, o Congresso fez quatro grandes alterações no teto: excluiu os repasses do pré-sal para Estados e municípios do limite; deu aval para o orçamento de guerra na pandemia de covid-19; mexeu nos gatilhos ao estabelecer o subteto de 95% nas despesas obrigatórias; e alterou a forma de cálculo limitando o pagamento de precatórios, no ano passado, aumentando a folga para gastos de interesse eleitoral.

Neste ano, os parlamentares articulam a aprovação de uma série de novas despesas obrigatórias, pacote que pode custar R$ 25,5 bilhões. “Dependendo das despesas discricionárias, dá para manter o Orçamento, o problema é a criação de novas despesas obrigatórias que estão sendo discutidas. É possível que isso crie problemas para o funcionamento da máquina e uma nova mexida no teto ocorra ainda este ano”, disse o diretor da Consultoria de Orçamento da Câmara, Wagner Primo Júnior.

Ao apresentar o parecer do Orçamento de 2022 no Congresso, o deputado Hugo Leal (PSD-RJ) propôs uma revisão no teto a cada quatro anos no início de cada mandato presidencial. Para isso, a Constituição deveria ser novamente alterada. “Mudar o teto é inevitável, mas acredito que isso ficará para o próximo mandato. Ninguém conseguiria fazer agora”, afirmou o parlamentar à reportagem.

Hugo Leal defende excluir as despesas com saúde e educação da limitação. Juntas, as duas áreas somam R$ 280 bilhões, dos quais apenas R$ 40 bilhões são despesas não obrigatórias. “Com um orçamento de R$ 4 trilhões, não é possível conviver com as despesas discricionárias nesse valor”, disse.

Enquanto as despesas obrigatórias crescem, o espaço para investimentos federais neste ano é de R$ 43,5 bilhões, o menor da história. Para o economista Raul Velloso, a tendência é que o apetite do governo eleito em outubro esteja mais concentrado em dar reajustes e ampliar benefícios do que alavancar as obras no país.

“No Brasil, a pressão é tudo em cima de gasto corrente, e não do investimento. O gasto previdenciário sozinho está disparando há vários anos de maneira chocante. Estamos na armadilha do crescimento baixo”, disse o economista, que defende a revogação do teto e uma nova regra com base em um limite para o endividamento público.

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PRF no Acre apreende mais de 100 kg de drogas em menos de 48 horas

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Em um dos casos, Km 144 da BR 317, uma equipe da PRF abordou 02 (dois) veículos durante fiscalização, um deles o Jeep/Renegade empreendeu fuga, e só parou após colidir com outro carro que era conduzido por uma gestante.

As ações foram registradas nos municípios de Senador Guiomard, Capixaba e Rio Branco. – Foto: Assessoria

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgou balanço das ocorrências nas rodovias do estado do Acre, onde em menos de 48 horas 8 homens e uma mulher foram presos, e mais de 100 kg de Skunk e 4 veículos foram apreendidos.

A primeira ocorrência foi registrada no Km 65 da BR 364, em Senador Guiomard/AC, por volta das 19h30, da terça-feira (30), quando a equipe da PRF, com o apoio da Polícia Militar, abordou 02 (dois) veículos e encontrou 61 kg de Skunk e 7 trouxas de cocaína.

As ações foram registradas nos municípios de Senador Guiomard, Capixaba e Rio Branco. – Foto: Assessoria

O outro caso aconteceu na capital acreana, por volta das 23h02, dois motoristas de ônibus intermunicipais, pararam na Unidade Operacional da PRF, no Km 115 da BR 364, e informaram terem encontrado um saco preto próximo ao local de embarque dos passageiros, e que não encontraram dono. Dentro do saco havia 1kg de substância análoga a Skunk.

As ações foram registradas nos municípios de Senador Guiomard, Capixaba e Rio Branco. – Foto: Assessoria

Em Capixaba, já na quarta-feira (01), entre o Km 175 e Km 144 da BR 317, uma equipe da PRF abordou 02 (dois) veículos durante fiscalização, um deles o Jeep/Renegade empreendeu fuga, e só parou após colidir com outro carro que era conduzido por uma gestante. No automóvel foram encontrados 41 kg de Skunk. A gestante foi atendida pelo Serviço Móvel de Urgência.

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Tesoureiro do crime, suspeito por extorquir comerciantes de Cruzeiro do Sul, é preso em operação da Polícia Civil

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A Polícia Civil do Acre (PCAC) prendeu nesta semana o tesoureiro de uma organização criminosa, que atua na regional do Vale do Juruá.

Após um minucioso trabalho de investigação dos agentes do Núcleo Especializado em Investigação Criminal (NEIC) foi possível identificar o faccionado em um bairro de Cruzeiro do Sul e, desta forma, os policiais cumpriram o mandado de prisão, expedido pela Justiça do Acre.

O indivíduo era apontado como o principal recebedor das “caixinhas”, uma espécie de extorsão contra comerciantes da região.

Após saber “modus operandi” do criminoso, os policiais colheram elementos de informação, onde foi possível a autoridade policial representar pela prisão preventiva.

O homem passa a responder pelo crime de participação em organização criminosa e extorsão. O mesmo foi apresentado ao Poder Judiciário, onde foi submetido à audiência de custódia, e em seguida encaminhado ao presídio Manoel Néri, em Cruzeiro do Sul.

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MPAC visita Escritório de Proteção de Dados do MPPA e fortalece intercâmbio

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) realizou, no dia 26 de abril, uma visita institucional ao Escritório de Proteção de Dados (EPD) do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA). A iniciativa teve como objetivo fortalecer o intercâmbio de informações e experiências entre as duas instituições na área de proteção de dados pessoais e implementação da conformidade institucional com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

O promotor de Justiça Luis Henrique Rolim, Encarregado de Proteção de Dados do MPAC, esteve em Belém para participar do 22º Congresso da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa) e aproveitou a oportunidade para conhecer a estrutura do EPD-MPPA, suas atividades e desafios na proteção de dados pessoais e implementação da LGPD.

Durante a visita, ele foi recebido pelo promotor de Justiça Lauro Francisco da Silva Freitas Jr, Encarregado da Proteção de dados e gestor do EPD-MPPA, além de diretor de Finanças do Colégio dos Encarregados pelo Tratamento de Dados Pessoais do MP (Cedamp), e pela assessora Alexandra Silva. Criado em 2023, o EPD-MPPA busca fomentar o desenvolvimento da política de proteção de dados no âmbito do MP do Pará e é responsável por assessorar os órgãos e servidores da instituição na proteção dos dados pessoais e implementação da LGPD.

A unidade é composta por uma equipe de servidores e estagiários que atuam no atendimento às demandas dos órgãos e servidores da instituição, na elaboração de relatórios de impacto à privacidade, na capacitação de membros e servidores, no monitoramento da política de privacidade de dados e na assessoria jurídica em geral.

“Essa troca de experiências é essencial para fortalecer a proteção de dados em nossas instituições, especialmente com o fortalecimento da parceria com o promotor Lauro Jr., também membro do Cedamp e uma referência nessa área. Conhecer a estrutura e o funcionamento do EPD do MPPA também foi importante, uma vez que estamos implementando no MPAC a conformidade com a LGPD e fortalecendo nossa política de proteção de dados pessoais na instituição”, afirmou o promotor Luis Rolim.

Fonte: Ministério Publico – AC

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