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Furto em agência do Bradesco no Centro de Rio Branco expõe falhas na segurança bancária

Sindicato dos Bancários critica demora no atendimento policial e alerta para riscos aos trabalhadores

Um furto registrado na madrugada desta sexta-feira (28) dentro da agência do Bradesco, localizada na rua Arlindo Leal, no Centro de Rio Branco, reacendeu a preocupação sobre a falta de segurança nas instituições bancárias da capital. Representantes do Sindicato dos Bancários do Acre, Janine Lira e César Diniz, estiveram no local e relataram o crescente clima de insegurança entre os trabalhadores.

De acordo com o diretor sindical César Diniz, o crime ocorreu por volta das 23h09. Ele contou que, pela manhã, recebeu uma ligação do diretor do Sindicato que atua na agência informando que o espaço havia sido invadido. Após conversar com o gerente, foi informado que os suspeitos acessaram o interior do banco pelo porta-objeto, de onde furtaram um monitor e um bebedouro — que foi arrancado, deixando o ambiente alagado.

“Eles ficaram assustados e saíram correndo. Na hora da fuga, um vigia da obra ao lado teria falado algo, e os suspeitos deixaram até uma bicicleta para trás”, relatou Diniz.

O sindicalista também criticou a demora no atendimento policial. Segundo ele, o gerente tentou acionar a Polícia Militar diversas vezes entre 6h e 7h, mas não conseguiu contato. “Ligaram para o 190 e ninguém atendeu. Depois disseram que havia um problema no sistema. É complicado. Se um banco no centro da cidade é furtado e não há resposta imediata, imagine a situação dos trabalhadores”, afirmou.

Diniz destacou que a maior preocupação não é o patrimônio — que possui cobertura de seguro — mas sim a integridade dos funcionários. “Os bancários já têm um trabalho desgastante. Muitos desses autores de furtos são pessoas de rua com envolvimento com facções. Se voltam a invadir, quem está lá dentro pode correr risco”, alertou.

Houve ainda dificuldade para registrar o boletim de ocorrência. “Fomos a duas delegacias e disseram que não era lá. Depois fomos orientados a buscar a Polícia Militar. Só depois de muita insistência uma equipe veio, viu as imagens e constatou que se tratava de usuários de rua”, acrescentou.

A secretária-geral do Sindicato, Janine Lira, reforçou o clima de insegurança deixado pela invasão. “Eles arrombaram. Quando retiram o porta-objeto, a agência fica totalmente vulnerável. Agora, o equipamento está sendo recolocado para que a agência possa reabrir com mais segurança”, afirmou.

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Publicado por
Da Redação